Rei Arthur (2004)


Em 17/09/04 chegou aos cinemas brasileiros o épico “Rei Arthur” (King Arthur), uma produção milionária dirigida por Antoine Fuqua (o mesmo de “Dia de Treinamento”).
Independente do roteiro ter sido baseado em eventos que realmente aconteceram ou de ter o acréscimo de novas versões e elementos para a famosa lenda do “Rei Arthur e os Cavaleiros da Távola Redonda”, o filme tem grandes cenas de batalhas campais, onde a violência dos combates reina absoluta e a lâmina ensangüentada das espadas define o destino dos vencedores e derrotados. Excluindo o inevitável desfile daqueles clichês típicos de um cinema mais convencional e popular, “Rei Arthur” ainda consegue transmitir cerca de duas horas de entretenimento para os cinéfilos, onde a principal idéia que vem à mente do espectador ao término da exibição é a evidência da incrível barbárie histórica da raça humana, sempre em guerras sangrentas por liberdade ou questões religiosas. E que no final a única vencedora invariavelmente é a Morte, soberana e invencível.
Essa história de preconceito na diferença entre as raças e fé religiosa, sempre acompanhou a trajetória da humanidade até os dias de hoje, e é o maior exemplo de sua fraqueza e irracionalidade, sempre procurando resolver os conflitos com a prática de guerras selvagens, sendo que talvez isso só acabe mesmo quando conseguirmos a extinção de nossa espécie.
“Rei Arthur”, além das filmagens de batalhas, será lembrado também por uma das cenas mais forçadas e inverossímeis que já tive a oportunidade de ver nos cinemas: um dos cavaleiros de Arthur, um habilidoso arqueiro, acerta mortalmente de uma longa distância o peito de um bretão traidor que estava fornecendo informações para os inimigos saxões, e que estava escondido no alto de uma árvore.

“Rei Arthur” (King Arthur, 2004) # 374 – avaliação: 6 (de 0 a 10)
site: www.bocadoinferno.com / blog: www.juvenatrix.blogspot.com (postado em 30/05/06)