Replicante (2001)


Em 11/05/2001 estreou nos cinemas brasileiros mais uma aventura de ficção científica e clonagem (a exemplo de “O Sexto Dia” com Arnold Schwarzenegger) amparada por modernos efeitos especiais. “Replicante” (Replicant) traz na liderança do elenco o ator belga nascido em 1960 e especialista em artes marciais, Jean-Claude Van Damme, que até esteve no Brasil para promover seu filme, participando de vários programas de televisão e demonstrando ser um sujeito simples, divertido e bastante simpático com o público e seus fãs em geral.
Ele interpreta um papel duplo, sendo um violento psicopata chamado Torch, conhecido por incendiar suas vítimas, normalmente jovens mães que supostamente não cuidavam bem de seus filhos, e também o seu clone que foi criado secretamente em laboratório pelo Serviço de Segurança Nacional através de uma experiência genética com uma amostra do DNA do criminoso, retirada do sangue encontrado numa das vítimas. Com o objetivo de combater o terrorismo, a experiência na criação de um replicante foi utilizada como teste pela polícia para tentar deter os crimes do serial killer incendiário.
Particularmente, não sou fã dos filmes de Van Damme, principalmente por parecerem todos iguais mostrando apenas lutas e pancadarias o tempo inteiro. O único filme dele que gostei realmente foi “Legionário”, que apresentou uma história interessante e onde o ator teve a oportunidade de interpretar um personagem mais dramático e com emoções, em meio à violência de guerra na época da invasão colonialista da Legião Estrangeira na África.
Porém, nesse “Replicante”, Van Damme parece atingir um outro bom momento em sua carreira, mostrando algumas qualidades como ator, ao lado do experiente Michael Rooker (de “Risco Total” e “O Colecionador de Ossos”), que com sua voz rouca interpreta o policial que acompanha a aprendizagem do clone e tenta dele obter as informações para capturar o psicopata. O filme é uma aventura futurista com muitos momentos de ação e lutas, além também de um pouco de humor, e que no final até garante um entretenimento razoável sem muita exigência.
Curiosamente, após o lançamento de “Replicante”, o ator Jean-Claude Van Damme, a exemplo de outros companheiros de profissão também marcados por seus filmes de pancadarias como Sylvester Stallone e Chuck Norris, passou a enfrentar um inevitável declínio em sua carreira, sendo que seus últimos filmes não ofereceram mais grande interesse comercial para serem lançados nos cinemas, tanto que foram distribuídos diretamente no mercado de vídeo.

Observação: O filme foi exibido pela primeira vez na televisão aberta em 15/08/05 (Domingo), pela TV Record, às 20:30 horas, e curiosamente, na segunda exibição pela emissora, num Domingo também no mesmo horário, em 30/10/05, o nome do filme passou para “Experiência Mortal – O Replicante” (apenas para complicar ainda mais a já difícil tarefa dos pesquisadores em catalogar os filmes que são exibidos no Brasil pelos diversos nomes escolhidos).

“Replicante” (Replicant, 2001) – avaliação: 5 (de 0 a 10)
site: www.bocadoinferno.com / blog: www.juvenatrix.blogspot.com (postado em 30/05/06)