Comentários curtos de cinema - Parte 5 (12/03 a 03/05/13)

Filmes abordados:

Croods – Uma Aventura nas Cavernas, Os (The Croods, EUA, 2013)
Homem de Ferro 3 (Iron Man 3, EUA / China, 2013)
Hospedeira, A (The Host, EUA, 2013)
Jack – O Caçador de Gigantes (Jack the Giant Slayer, EUA, 2013)
Mama (Mama, Espanha / Canadá, 2013)
Morte do Demônio, A (Evil Dead, EUA, 2013)
Oblivion (Oblivion, EUA, 2013)
Oz: Mágico e Poderoso (Oz the Great and Powerful, EUA, 2013)
The Pact (EUA, 2012)



* Croods – Uma Aventura nas Cavernas, Os (The Croods, 2013) – Animação da “DreamWorks” que estreou nos cinemas brasileiros em 22/03/13. Uma família pré-histórica que vive literalmente em cavernas, com medo de tudo e lutando unicamente pela sobrevivência, é formada pelo pai protetor, Grug (voz de Nicolas Cage), que tenta com todos os seus esforços manter a segurança da esposa, da sogra e dos três filhos. Porém, depois que a filha adolescente Eep (voz de Emma Stone) conhece o jovem Guy (voz de Ryan Reynolds), e a família é obrigada a abandonar a caverna após um terremoto, eles partem para uma aventura em busca de um novo mundo conhecendo criaturas fantásticas. Divertida animação voltada especialmente para o público infantil (mas também para todas as idades), mostrando os desafios de uma família para sobreviver num mundo hostil, e com os obstáculos tornando-se oportunidades de estreitar os relacionamentos, descobrindo cada vez mais a importância de uns para os outros. (RR – 23/03/13)

* Homem de Ferro 3 (Iron Man 3, 2013) – O terceiro filme da franquia “Homem de Ferro” entrou em cartaz nos cinemas brasileiros em 26/04/13, com a opção de exibição em 3D. Dessa vez, o milionário Tony Stark (Robert Downey Jr.), que criou uma armadura altamente tecnológica e a utiliza para ser o cultuado herói “Homem de Ferro”, tem que enfrentar agora os ataques e ameaças de um terrorista chamado Mandarin (Ben Kingsley). Porém, uma série de eventos e reviravoltas mostrará a verdade dos fatos. Ação exagerada, correrias desenfreadas, tiroteios ensurdecedores, destruição, efeitos especiais notáveis, roteiro com algumas piadas. Indicado para quem procura esse tipo de diversão sem compromisso no cinema, passando duas horas desligado do mundo real. Curiosamente, tem uma cena após os créditos finais que sempre vale a pena conferir. (RR – 03/05/13)

* Hospedeira, A (The Host, 2013) – Com roteiro baseado em livro de Stephenie Meyer, a mesma autora da saga “Crepúsculo”, “A Hospedeira” é um drama com elementos de ficção científica que estreou nos cinemas em 29/03/13. A raça humana, devido suas características naturais de violência entre si e histórico de destruição contínua do meio ambiente, tornou-se alvo de uma invasão alienígena, com criaturas extraterrestres se hospedando nos corpos dos humanos, levando a espécie rumo à extinção. Porém, um grupo de humanos resistentes vive escondido no interior de um vulcão extinto no deserto e tenta sobreviver mantendo-se livre da invasão. Apesar dos inevitáveis momentos tediosos de romance adolescente entre os protagonistas, a história tem uma ideia central interessante, mesmo sendo o tema de invasão alienígena um sub-gênero do cinema fantástico já muito utilizado, com menos cenas barulhentas de ação desenfreada e mais momentos de drama psicológico explorando os conflitos entre os personagens. (RR – 30/03/13)

* Jack – O Caçador de Gigantes (Jack the Giant Slayer, 2013) – Somando-se ao time das adaptações mais sombrias de clássicos contos de fadas, que já tinha “A Garota da Capa Vermelha” (2011), “Branca de Neve e o Caçador” (2012) e “João e Maria: Caçadores de Bruxas” (2013), entrou em cartaz nos cinemas brasileiros em 29/03/13, a história dos feijões mágicos que em contato com água brotam árvores imensas que levam para um mundo acima das nuvens, habitado por gigantes que apreciam a carne humana. Jack (Nicholas Hoult, de “Meu Namorado é um Zumbi”), é um jovem camponês que recebe alguns feijões misteriosos de um monge em fuga, não imaginando que eles pudessem tornar reais as antigas lendas sobre um perigoso e ameaçador mundo de gigantes. E que ele teria que lutar numa batalha dessas criaturas imensas contra com os humanos, e ainda proteger uma princesa (Eleanor Tomlinson), por quem se apaixonou. Diversão passageira típica do “cinema pipoca”, numa aventura com alguns elementos de horror e história exagerada na fantasia, com opção de exibição em 3D. O destaque do elenco fica para Ewan McGregor, que interpreta o líder da elite dos soldados do rei. Curiosamente, a produtora picareta “The Asylum”, conhecida pelas incríveis tranqueiras de seu catálogo, aproveitou a oportunidade e lançou em paralelo a sua versão, chamada “Jack, o Matador de Gigantes” (Jack, the Giant Killer), exibida no canal de TV a cabo “SyFy”. O filme é muito ruim, o roteiro é extremamente patético, o elenco é medíocre e os efeitos de CGI são tão vagabundos, que o destino inevitável  dessa tosquice é o limbo eterno. (RR – 06/04/13)

* Mama (Mama, 2013) – Um ótimo e cultuado curta metragem espanhol de 2008, de apenas 3 minutos, serviu de inspiração para esse longa dirigido por Andy Muschietti e produzido por Guillermo del Toro, e que estreou nos cinemas em 05/04/13. Transtornado pela falência de sua empresa, um pai mata a esposa e sequestra as duas filhas pequenas. Após um acidente com o carro pela estrada escorregadia de neve e cercada por uma floresta, eles encontram uma cabana aparentemente abandonada. Após cinco anos de sumiço das crianças, elas são encontradas misteriosamente nessa cabana e após resgatadas, vão morar com o tio e a namorada. Porém, além da difícil adaptação no retorno à civilização, as coisas se complicam com a presença ameaçadora de um fantasma perturbado intimamente ligado às garotas. História interessante que prende a atenção do espectador, destacando-se boas cenas de sustos, que apesar de utilizar-se do velho clichê do aumento de som repentino, ainda soam eficientes. Porém, a escolha de um final fantasioso e exagerado demais, prejudicou o clima sinistro construído na história, e fez de “Mama” apenas mais um filme comum entre tantos com a temática de fantasmas vingativos. (RR – 07/04/13)

* Morte do Demônio, A (Evil Dead, 2013) – O diretor uruguaio Fede Alvarez, que passou a ser conhecido após o sucesso de seu curta “Ataque de Pánico!” (2009), onde robôs gigantes atacam a cidade de Montevideo, foi o escolhido por Sam Raimi para dirigir e escrever o novo “Evil Dead”. Não sendo exatamente nem uma refilmagem nem uma continuação, mas sim um filme inspirado na história original do clássico do início dos anos 1980, a marca da franquia continua de certa forma honrada. Sem fazer comparações, que são desnecessárias, pois o filme original é intocável, essa nova releitura do universo ficcional de “Evil Dead” é extremamente violenta, com sangue para todos os lados e a todo momento, como não se via há tempos no cinema comercial. Estreando nas telonas brasileiras em 19/04/13 com cópias legendadas (ainda bem), o roteiro mostra um grupo de cinco jovens, duas moças e três rapazes, que vão passar alguns dias numa cabana isolada na floresta, com o objetivo principal de ajudar uma das meninas a largar as drogas, as quais quase a levaram à morte. Porém, após descobrirem um misterioso livro de magia negra no porão da cabana, e terem inadvertidamente invocado palavras proibidas de suas páginas, um poderoso demônio é libertado e passa a possuir os corpos de suas vítimas, com direito a uma overdose de violência explícita entre mutilações, desmembramentos e banhos literais de sangue. O novo “Evil Dead” não tem humor, numa decisão acertada de Fede Alvarez, e assim como no original, a calmaria do início logo é substituída pelo horror sangrento, e a porradaria e o clima depressivo quase não dão trégua, mantendo a tensão até o desfecho. E, curiosamente, vale uma conferida até o final dos créditos, reservado para uma apoiada homenagem. Altamente recomendável. (RR – 21/04/13)

* Oblivion (Oblivion, 2013) – Dirigido por Joseph Kosinski, baseado em graphic novel de sua autoria e estrelado por Tom Cruise e Morgan Freeman, “Oblivion” é uma FC ambientada em 2077 que entrou em cartaz nos cinemas em 12/04/13. Alienígenas interessados em tomar a Terra, explodem nossa lua, e com isso uma sucessão de eventos da natureza como terremotos e tsunamis causam grande destruição em boa parte do planeta, preparando o campo para uma invasão. A única solução encontrada pela humanidade é atacar com armas nucleares, expulsando os alienígenas e destruindo quase tudo na Terra. Humanos sobreviventes vivem numa estação espacial preparando-se para colonizar uma das luas de Saturno, porém eles precisam recolher a água dos oceanos como fonte de energia através de imensas plataformas de sucção. Para fazer a manutenção de robôs bélicos que protegem as plataformas de ataques de alienígenas remanescentes que vagam à noite pelo planeta destruído, uma das equipes é fomada pelo casal Jack (Tom Cruise) e Victoria (Andrea Riseborough). Após Jack, numa missão de averiguação da queda de uma nave do espaço, encontrar uma mulher misteriosa, Julia (Olga Kurylenko), que sempre apareceu em seus sonhos, os eventos passam a tormar um rumo diferente, com questionamentos constantes sobre a realidade dos fatos. Tom Cruise está muito bem fazendo o tradicional papel em que ele é especialista, numa história cheia de reviravoltas e muita ação num ambiente de ficção científica, com impressionantes efeitos visuais. O veterano Morgan Freeman, cujo nome já é um convite para ver qualquer filme com ele, tem uma participação pequena, mas de fundamental importância. (RR – 14/04/13)

* Oz: Mágico e Poderoso (Oz the Great and Powerful, 2013) – Aventura infanto-juvenil com exagerados elementos de fantasia e um pouco de horror sutil, dirigida por Sam Raimi (o criador do sangrento e cultuado “The Evil Dead” em 1982), e que estreou nos cinemas brasileiros em 08/03/2013, com a opção de exibição em 3D. O ator James Franco interpreta Oscar Diggs (também conhecido apenas como “Oz”), um mágico pouco convincente e charlatão de um circo decadente, que a bordo de um balão em fuga, acaba entrando no interior de um violento tornado que o leva para um mundo alternativo, povoado por seres de um típico universo de fantasia. Nesta misteriosa “Terra de Oz”, há uma luta por liberdade, num eterno duelo entre o Bem e o Mal, com a liderança de três bruxas rivais, e onde o mágico terá que escolher seu lado no conflito. O filme é uma diversão descompromissada, apresentando uma história com liberdade de criação, especulando eventos que antecedem o conhecido clássico “O Mágico de Oz” (1939), baseado no universo ficcional de L. Frank Baum. (RR – 12/03/13)

* The Pact (2012) – A jovem Annie (Caity Lotz) retorna para a casa onde passou a infância devido à morte de sua mãe, com quem mantinha um relacionamento conturbado. Após o desaparecimento misterioso de sua irmã e prima, e do detetive policial que investigava o sumiço das mulheres, a jovem decide tentar descobrir a verdade por conta própria e se depara com eventos sobrenaturais e segredos obscuros de sua família. Thriller ligeiramente acima da média com algumas boas cenas de suspense passageiro, entre aparições de fantasmas perturbados e assassinatos misteriosos. Curiosamente, tem a presença de Casper Van Dien como o policial Creek, ele que foi o soldado Johnny Rico do ótimo “Tropas Estelares” (1997). (RR – 03/05/13)