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O Passo do Monstro (The Monster Walks, EUA, 1932, PB)

  


O Passo do Monstro” (The Monster Walks, EUA, 1932) é um filme de horror de baixo orçamento situado no subgênero “casa velha sombria”, dirigido por Frank R. Strayer, com fotografia em preto e branco e metragem curta de apenas 60 minutos, disponível no Youtube, tanto a versão original em PB quanto a colorizada por computador, ambas com a opção de legendas em português na função de tradução simultânea.

 

Um rico cientista trabalhava em experiências com macacos, mantendo um chimpanzé preso numa jaula no porão de sua casa imensa. Após morrer, sua jovem filha Ruth Earlton (Vera Reynolds) é chamada de volta para a mansão da família para a leitura do testamento, acompanhada de seu noivo, o médico Dr. Ted Clayton (Rex Lease). Na casa vive o seu tio paralítico Robert (Sheldon Lewis), doente e preso numa cadeira de rodas. Ele é amparado pela governanta Sra. Krug (Martha Mattox) e seu filho, o sinistro Hanns (Mischa Auer).

Para a leitura do testamento é convocado o advogado Herbert Wilkes (Sidney Bracey) e depois que é revelado que a fortuna do cientista falecido deverá ser transferida para sua filha, inicia-se uma série de fatos estranhos, com Ruth sentindo-se desconfortável e ameaçada, culminando com misteriosos assassinatos na casa, que é repleta de túneis e passagens secretas, e com suspeitas de envolvimento do violento macaco do porão ou alguém interessado na herança do falecido.    

 

O filme é rápido, com produção simples e as ações são todas ambientadas somente no interior da casa, com poucos personagens (apenas sete) e uma história típica do período, muito previsível e bastante ingênua. Mas, que certamente assustavam as plateias da época, atraindo e despertando a atenção do público, justificando a realização de uma infinidade de filmes com roteiros explorando casas sombrias com mortes suspeitas, mistérios, atmosfera de tristeza e sons perturbadores de ventanias e tempestades.

As atuações do elenco são teatrais e sem destaques, exceto pelo ator russo Mischa Auer, cujo nome estampa o poster de divulgação, interpretando o sinistro serviçal filho da governanta, com imponentes 1,88 m de altura e um rosto de poucos amigos, revoltado pela pouca atenção recebida no testamento do antigo patrão.

Uma característica dos filmes similares do período era apresentar algum alívio cômico nas histórias e aqui a missão ficou com o motorista Exodus (Willie Best), com pequena participação, mas sempre fazendo algum tipo de comentário com intenção de soar engraçado no meio de uma história sombria. Provavelmente funcionava para aliviar a tensão dos espectadores, e para mim especificamente sempre foi um motivo de tédio, atrapalhando qualquer tentativa de interação com a história.     

 

(RR – 25/08/25)