Um
rico cientista trabalhava em experiências com macacos, mantendo um chimpanzé preso
numa jaula no porão de sua casa imensa. Após morrer, sua jovem filha Ruth
Earlton (Vera Reynolds) é chamada de volta para a mansão da família para a
leitura do testamento, acompanhada de seu noivo, o médico Dr. Ted Clayton (Rex
Lease). Na casa vive o seu tio paralítico Robert (Sheldon Lewis), doente e
preso numa cadeira de rodas. Ele é amparado pela governanta Sra. Krug (Martha
Mattox) e seu filho, o sinistro Hanns (Mischa Auer).
Para a
leitura do testamento é convocado o advogado Herbert Wilkes (Sidney Bracey) e
depois que é revelado que a fortuna do cientista falecido deverá ser
transferida para sua filha, inicia-se uma série de fatos estranhos, com Ruth
sentindo-se desconfortável e ameaçada, culminando com misteriosos assassinatos
na casa, que é repleta de túneis e passagens secretas, e com suspeitas de
envolvimento do violento macaco do porão ou alguém interessado na herança do
falecido.
O
filme é rápido, com produção simples e as ações são todas ambientadas somente
no interior da casa, com poucos personagens (apenas sete) e uma história típica
do período, muito previsível e bastante ingênua. Mas, que certamente assustavam
as plateias da época, atraindo e despertando a atenção do público, justificando
a realização de uma infinidade de filmes com roteiros explorando casas sombrias
com mortes suspeitas, mistérios, atmosfera de tristeza e sons perturbadores de
ventanias e tempestades.
As
atuações do elenco são teatrais e sem destaques, exceto pelo ator russo Mischa
Auer, cujo nome estampa o poster de divulgação, interpretando o sinistro
serviçal filho da governanta, com imponentes 1,88 m de altura e um rosto de
poucos amigos, revoltado pela pouca atenção recebida no testamento do antigo
patrão.
Uma característica dos filmes
similares do período era apresentar algum alívio cômico nas histórias e aqui a
missão ficou com o motorista Exodus (Willie Best), com pequena participação,
mas sempre fazendo algum tipo de comentário com intenção de soar engraçado no
meio de uma história sombria. Provavelmente funcionava para aliviar a tensão
dos espectadores, e para mim especificamente sempre foi um motivo de tédio, atrapalhando
qualquer tentativa de interação com a história.
(RR
– 25/08/25)