O cinema de entretenimento adotou por questões comerciais (ou seja, lucros para os produtores), a idéia de realizar continuações sempre que um filme original garantir algum sucesso de bilheteria, e tem se tornado até bem popular a produção de trilogias. E normalmente as continuações não conseguem se superar aos seus filmes de origem, às vezes nem ao menos conseguem se igualar, apresentando uma qualidade bem inferior, sem novidades e com histórias banais. Porém, existem logicamente as exceções e analisando rapidamente os últimos anos podemos citar três casos de continuação que superou o original: “Premonição 2”, “Olhos Famintos 2” e “Scooby-Doo 2: Monstros à Solta” (Scooby-Doo 2: Monsters Unleashed), onde este último entrou em cartaz nos cinemas americanos em 26/03 e logo em seguida no Brasil em 02/04/04.
O filme é uma sequência de uma produção de 2002 que inaugurou a franquia no cinema, e é baseado na famosa e popular série homônima de desenho animado da televisão criada em 1969 pela dupla William Hanna (1910/2001) e Joseph Barbera (nascido em 1911 e ainda ativo). A série animada apresentava um divertido cachorro falante que acompanha um grupo de jovens detetives reunidos na agência “Mistério S.A.”, que se envolviam na solução de mistérios com supostos casos sobrenaturais, casas assombradas e aparecimento de fantasmas e monstros, mas que revelavam-se depois apenas encenações de criminosos oportunistas. Transformado em filme, o grupo é formado pelo líder Fred Jones (Freddie Prinze Jr., de “Eu Sei o que Vocês Fizeram no Verão Passado”), a bela Daphne Blake (Sarah Michelle Gellar, da série de TV “Buffy – A Caça Vampiros”), a intelectual Velma Dinkley (Linda Cardellini), o desastrado e comilão Shaggy “Salsicha” Rogers (Matthew Lillard, de “Pânico” e “13 Fantasmas”), e pelo cachorro Scooby-Doo (voz de Neil Fanning), totalmente criado por efeitos especiais de computador.
“Scooby-Doo 2” tem novamente a direção de Raja Gosnell e é escrito por James Gunn, um roteirista lançado pela produtora de filmes bagaceiros “Troma” e autor do roteiro de “Madrugada dos Mortos”, refilmagem do clássico de zumbis “Dawn of the Dead”, de George Romero. Além de contar com o mesmo elenco do filme original, acrescido de outros nomes importantes como Seth Green (da trilogia “Austin Powers”), Tim Blake Nelson (do perturbador drama “Cinzas da Guerra”, 2001), a bela Alicia Silverstone e o veterano Peter Boyle (que foi o monstro na paródia “O Jovem Frankenstein”, 1974, de Mel Brooks).
Nesse novo filme, o jovem grupo de detetives da “Mistério S.A.”, Fred, Daphne, Velma, Salsicha e o cão Scooby-Doo, desfrutam uma enorme popularidade em sua cidade, Coolsville, tanto que são convidados para a inauguração do importante e enorme museu de criminologia administrado pelo curador Richard Wisely (Seth Green), onde estão expostas todas as roupas e disfarces dos supostos monstros e fantasmas que os jovens detetives desmascararam nos últimos anos. Porém, para estragar a festa surge um novo vilão mascarado acompanhado de um pterodáctilo fantasma que além de arruinarem a inauguração, ainda fazem os heróis passarem-se por incompetentes, prejudicando significativamente suas imagens perante os fãs, ajudado ainda pela manipulação desonesta de uma reportagem de televisão da repórter investigativa Heather Jasper-Howe (Alicia Silverstone), que cobria o evento.
Sentindo-se especialmente culpados pela trapalhada ocorrida no museu, Salsicha e Scooby-Doo decidem iniciar uma investigação sozinhos para tentar se redimirem perante seus amigos do grupo, e passam a procurar pistas que os levam ao sinistro Jeremiah Wickles (o experiente Peter Boyle, com cara de vilão), que no passado foi desmascarado pelos jovens ao fingir ser o “Fantasma do Cavaleiro Negro”, fato que levou-o à prisão por muitos anos, e onde conheceu o misterioso Dr. Jonathan Jacobo (Tim Blake Nelson), um cientista renegado pela comunidade científica por tentar criar vida artificial, e dado como desaparecido ao tentar fugir da prisão numa máquina voadora.
A partir daí, os jovens detetives passam a enfrentar seus medos interiores, conhecer melhor suas próprias personalidaes, e a testar o espírito de equipe para recuperarem a popularidade em Coolsville e solucionar seu principal mistério até então, quando se deparam com uma série de monstros que invadiram a cidade e instauraram o terror entre seus habitantes, criados pelo vilão mascarado através de uma máquina movimentada por gás “randomonium” e que dá vida aos antigos disfarces que estavam sendo expostos no museu. Surgiram então o “Fantasma de 10.000 Volts” (que eletrocuta tudo em seu caminho e se desloca através de circuitos elétricos), “Pterodáctilo Fantasma” (animal pré-histórico com enormes asas e grito agudo), “Fantasma do Cavaleiro Negro” (com sua imponente armadura), “Skelemen” (uma dupla de esqueletos desastrados e que possuem um único olho enorme), “Fantasma do Capitão Cutler” (um mergulhador que usa um pesado escafandro), “Zumbi” (que vomita um líquido verde), “Monstro de Piche” (que aprisiona suas vítimas num mar de lama preta pegajosa), “Monstro do Algodão Doce” (que não teve um final muito feliz nas mãos de Salsicha e Scooby-Doo), “Fantasma de 49” (um minerador que solta fogo pela boca), entre outros. Alguns dos monstros foram criados totalmente por computação gráfica e outros foram manipulados também por atores vestindo complexas fantasias.
Filmado em dois meses e meio entre Abril e Julho de 2003 com locações na cidade canadense de Vancouver, “Scooby-Doo 2: Monstros à Solta” é bem superior que seu antecessor, principalmente por apresentar uma história muito mais interessante e com a inteligente idéia de resgatar vários elementos vindos diretamente do desenho animado, como principalmente os diversos monstros e fantasmas, além do uso de cores vivas e exageradas nos cenários e vestuário (fato que também foi utilizado no primeiro filme).
A participação do veterano Peter Boyle pode ser encarada como uma homenagem a esse grande ator, que com quase os seus setenta anos de idade, ainda está firme e na ativa, recebendo em “Scooby-Doo 2” o papel de um sujeito misterioso, proprietário de uma mansão daquelas tipicamente assombradas, e com um passado nebuloso.
Entre os destaques, está a complexa e bem trabalhada seqüência inicial dos créditos, onde acompanhamos o vôo rasante do pterodáctilo fantasma em meio aos prédios e becos escuros de Coolsville, até chegar à entrada do museu de criminologia. Outros bons momentos incluem uma bela mansão com estilo gótico e assustador, repleta de livros antigos e quadros bizarros, e o quartel general da “Mistério S.A.”, todo colorido e repleto de equipamentos modernos e sofisticados para auxiliar os jovens detetives em suas investigações. Uma cena em particular bem engraçada é aquela explorando a característica bizarra de Scooby-Doo em soltar poderosos gases, os quais se tornaram providenciais no confronto com um dos monstros. E todos os momentos em que apareciam a dupla atrapalhada de esqueletos cíclopes, sempre desastrados e muito divertidos, também são impagáveis. Sem contar as cenas quando o Salsicha resolve beber alguns líquidos coloridos encontrados numa geladeira, e os quais tem a capacidade de alterar fisicamente quem os ingere, transformando o atrapalhado “detetive” num belíssimo corpo de mulher ou com enormes músculos de dar inveja a Arnold Schwarzenegger ou Sylvester Stallone.
De negativo, não posso deixar de citar as duas insuportáveis e dispensáveis cenas de dança e cantorias no bar “The Faux Ghost”, visitado pelos vilões que foram desmascarados pela “Mistério S.A.”, envolvendo os freqüentadores e os jovens detetives. E se o filme tem o mérito de possuir três belíssimas mulheres no elenco (Sarah Michelle Gellar, Linda Cardellini e Alicia Silverstone), também não posso omitir o fato que todos esses atores jovens, vindo de filmes e séries de TV para adolescentes, são muito fracos no quesito interpretação, principalmente o descartável Freddie Prinze Jr., que até recebeu uma indicação para o prêmio “Framboesa de Ouro” de pior ator coadjuvante pelo primeiro filme da franquia “Scooby-Doo”.
Como curiosidade, o museu de criminologia de Coolsville abrigava uma infinidade de disfarces que foram monstros falsos no desenho animado, e além dos fantasmas já citados e que ganharam vida pela máquina do vilão mascarado, várias outras fantasias lá se encontravam, cuidadosamente preparadas pela equipe de figurinos do filme. Alguns dos monstros expostos eram “Chickenstein”, “Palhaço Fantasma”, “The Creeper”, “Fantasma do Dr. Coffin”, “Fantasma Highlander”, “Sereia”, “Mortician”, “Bruxa de Ozark”, “Phantom”, “Pumpkinhead”, “Fantasma Errante”, “Fantasma do Barba Ruiva”, “Spooky Space Ghost”, “Chefe Viking”, “Feiticeiro”, “Rainha Guerreira”, “Lobisomem”, “Mago” e “Zen-Tuo”.
A Warner já anunciou que pretende produzir a terceira parte de “Scooby-Doo”, e que o projeto só depende de um bom desempenho de bilheteria do segundo filme. Inclusive a intenção é substituir o roteirista James Gunn (que realmente escreveu uma história bem ruim para o primeiro filme da série) por uma dupla de novatos, Dan Forman e Paul Foley, que haviam escrito um roteiro bem recebido pelos produtores, para transformar o também desenho animado futurista “Os Jetsons” em filme.
E a atriz Sarah Michelle Gellar fez parte do elenco do filme de horror “O Grito” (The Grudge), uma refilmagem do sucesso japonês “Ju-on”. A direção do remake americano é também do mesmo do original, Takashi Shimizu, e a produção é de Sam Raimi, criador da trilogia “The Evil Dead”. O elenco ainda conta com Clea DuVall e Bill Pullman. A história é sobre uma maldição sobrenatural que surge quando uma pessoa morre guardando rancor, e que se transmite como um vírus para outras vítimas.
“Scooby-Doo 2: Monstros à Solta” (Scooby-Doo 2: Monsters Unleashed, 2004) # 234 – data: 01/04/04 – avaliação: 6 (de 0 a 10) – site: www.bocadoinferno.com / blog: www.juvenatrix.blogspot.com (postado em 24/02/06)
Scooby-Doo 2: Monstros à Solta (Scooby-Doo 2: Monsters Unleashed, Estados Unidos, 2004). Warner Bros. Duração: 88 minutos. Direção de Raja Gosnell. Roteiro de James Gunn, a partir de personagens do desenho animado criado por William Hanna e Joseph Barbera. Produção de Charles Roven e Richard Suckle. Produção Executiva de Brent O’Connor, Kelley Smith-Wait e Joseph Barbera. Fotografia de Oliver Wood. Música de David Newman. Edição de Kent Beyda. Desenho de Produção de Bill Boes. Figurinos de Leesa Evans. Efeitos Especiais de Louis Craig. Elenco: Freddie Prinze Jr. (Fred Jones), Sarah Michelle Gellar (Daphne Blake), Matthew Lillard (Shaggy “Salsicha” Rogers), Linda Cardellini (Velma Dinkley), Seth Green (Patrick Wisely), Peter Boyle (Jeremiah Wickles), Tim Blake Nelson (Dr. Jonathan Jacobo), Alicia Silverstone (Heather Jasper-Howe), Neil Fanning (Voz de Scooby-Doo).
O filme é uma sequência de uma produção de 2002 que inaugurou a franquia no cinema, e é baseado na famosa e popular série homônima de desenho animado da televisão criada em 1969 pela dupla William Hanna (1910/2001) e Joseph Barbera (nascido em 1911 e ainda ativo). A série animada apresentava um divertido cachorro falante que acompanha um grupo de jovens detetives reunidos na agência “Mistério S.A.”, que se envolviam na solução de mistérios com supostos casos sobrenaturais, casas assombradas e aparecimento de fantasmas e monstros, mas que revelavam-se depois apenas encenações de criminosos oportunistas. Transformado em filme, o grupo é formado pelo líder Fred Jones (Freddie Prinze Jr., de “Eu Sei o que Vocês Fizeram no Verão Passado”), a bela Daphne Blake (Sarah Michelle Gellar, da série de TV “Buffy – A Caça Vampiros”), a intelectual Velma Dinkley (Linda Cardellini), o desastrado e comilão Shaggy “Salsicha” Rogers (Matthew Lillard, de “Pânico” e “13 Fantasmas”), e pelo cachorro Scooby-Doo (voz de Neil Fanning), totalmente criado por efeitos especiais de computador.
“Scooby-Doo 2” tem novamente a direção de Raja Gosnell e é escrito por James Gunn, um roteirista lançado pela produtora de filmes bagaceiros “Troma” e autor do roteiro de “Madrugada dos Mortos”, refilmagem do clássico de zumbis “Dawn of the Dead”, de George Romero. Além de contar com o mesmo elenco do filme original, acrescido de outros nomes importantes como Seth Green (da trilogia “Austin Powers”), Tim Blake Nelson (do perturbador drama “Cinzas da Guerra”, 2001), a bela Alicia Silverstone e o veterano Peter Boyle (que foi o monstro na paródia “O Jovem Frankenstein”, 1974, de Mel Brooks).
Nesse novo filme, o jovem grupo de detetives da “Mistério S.A.”, Fred, Daphne, Velma, Salsicha e o cão Scooby-Doo, desfrutam uma enorme popularidade em sua cidade, Coolsville, tanto que são convidados para a inauguração do importante e enorme museu de criminologia administrado pelo curador Richard Wisely (Seth Green), onde estão expostas todas as roupas e disfarces dos supostos monstros e fantasmas que os jovens detetives desmascararam nos últimos anos. Porém, para estragar a festa surge um novo vilão mascarado acompanhado de um pterodáctilo fantasma que além de arruinarem a inauguração, ainda fazem os heróis passarem-se por incompetentes, prejudicando significativamente suas imagens perante os fãs, ajudado ainda pela manipulação desonesta de uma reportagem de televisão da repórter investigativa Heather Jasper-Howe (Alicia Silverstone), que cobria o evento.
Sentindo-se especialmente culpados pela trapalhada ocorrida no museu, Salsicha e Scooby-Doo decidem iniciar uma investigação sozinhos para tentar se redimirem perante seus amigos do grupo, e passam a procurar pistas que os levam ao sinistro Jeremiah Wickles (o experiente Peter Boyle, com cara de vilão), que no passado foi desmascarado pelos jovens ao fingir ser o “Fantasma do Cavaleiro Negro”, fato que levou-o à prisão por muitos anos, e onde conheceu o misterioso Dr. Jonathan Jacobo (Tim Blake Nelson), um cientista renegado pela comunidade científica por tentar criar vida artificial, e dado como desaparecido ao tentar fugir da prisão numa máquina voadora.
A partir daí, os jovens detetives passam a enfrentar seus medos interiores, conhecer melhor suas próprias personalidaes, e a testar o espírito de equipe para recuperarem a popularidade em Coolsville e solucionar seu principal mistério até então, quando se deparam com uma série de monstros que invadiram a cidade e instauraram o terror entre seus habitantes, criados pelo vilão mascarado através de uma máquina movimentada por gás “randomonium” e que dá vida aos antigos disfarces que estavam sendo expostos no museu. Surgiram então o “Fantasma de 10.000 Volts” (que eletrocuta tudo em seu caminho e se desloca através de circuitos elétricos), “Pterodáctilo Fantasma” (animal pré-histórico com enormes asas e grito agudo), “Fantasma do Cavaleiro Negro” (com sua imponente armadura), “Skelemen” (uma dupla de esqueletos desastrados e que possuem um único olho enorme), “Fantasma do Capitão Cutler” (um mergulhador que usa um pesado escafandro), “Zumbi” (que vomita um líquido verde), “Monstro de Piche” (que aprisiona suas vítimas num mar de lama preta pegajosa), “Monstro do Algodão Doce” (que não teve um final muito feliz nas mãos de Salsicha e Scooby-Doo), “Fantasma de 49” (um minerador que solta fogo pela boca), entre outros. Alguns dos monstros foram criados totalmente por computação gráfica e outros foram manipulados também por atores vestindo complexas fantasias.
Filmado em dois meses e meio entre Abril e Julho de 2003 com locações na cidade canadense de Vancouver, “Scooby-Doo 2: Monstros à Solta” é bem superior que seu antecessor, principalmente por apresentar uma história muito mais interessante e com a inteligente idéia de resgatar vários elementos vindos diretamente do desenho animado, como principalmente os diversos monstros e fantasmas, além do uso de cores vivas e exageradas nos cenários e vestuário (fato que também foi utilizado no primeiro filme).
A participação do veterano Peter Boyle pode ser encarada como uma homenagem a esse grande ator, que com quase os seus setenta anos de idade, ainda está firme e na ativa, recebendo em “Scooby-Doo 2” o papel de um sujeito misterioso, proprietário de uma mansão daquelas tipicamente assombradas, e com um passado nebuloso.
Entre os destaques, está a complexa e bem trabalhada seqüência inicial dos créditos, onde acompanhamos o vôo rasante do pterodáctilo fantasma em meio aos prédios e becos escuros de Coolsville, até chegar à entrada do museu de criminologia. Outros bons momentos incluem uma bela mansão com estilo gótico e assustador, repleta de livros antigos e quadros bizarros, e o quartel general da “Mistério S.A.”, todo colorido e repleto de equipamentos modernos e sofisticados para auxiliar os jovens detetives em suas investigações. Uma cena em particular bem engraçada é aquela explorando a característica bizarra de Scooby-Doo em soltar poderosos gases, os quais se tornaram providenciais no confronto com um dos monstros. E todos os momentos em que apareciam a dupla atrapalhada de esqueletos cíclopes, sempre desastrados e muito divertidos, também são impagáveis. Sem contar as cenas quando o Salsicha resolve beber alguns líquidos coloridos encontrados numa geladeira, e os quais tem a capacidade de alterar fisicamente quem os ingere, transformando o atrapalhado “detetive” num belíssimo corpo de mulher ou com enormes músculos de dar inveja a Arnold Schwarzenegger ou Sylvester Stallone.
De negativo, não posso deixar de citar as duas insuportáveis e dispensáveis cenas de dança e cantorias no bar “The Faux Ghost”, visitado pelos vilões que foram desmascarados pela “Mistério S.A.”, envolvendo os freqüentadores e os jovens detetives. E se o filme tem o mérito de possuir três belíssimas mulheres no elenco (Sarah Michelle Gellar, Linda Cardellini e Alicia Silverstone), também não posso omitir o fato que todos esses atores jovens, vindo de filmes e séries de TV para adolescentes, são muito fracos no quesito interpretação, principalmente o descartável Freddie Prinze Jr., que até recebeu uma indicação para o prêmio “Framboesa de Ouro” de pior ator coadjuvante pelo primeiro filme da franquia “Scooby-Doo”.
Como curiosidade, o museu de criminologia de Coolsville abrigava uma infinidade de disfarces que foram monstros falsos no desenho animado, e além dos fantasmas já citados e que ganharam vida pela máquina do vilão mascarado, várias outras fantasias lá se encontravam, cuidadosamente preparadas pela equipe de figurinos do filme. Alguns dos monstros expostos eram “Chickenstein”, “Palhaço Fantasma”, “The Creeper”, “Fantasma do Dr. Coffin”, “Fantasma Highlander”, “Sereia”, “Mortician”, “Bruxa de Ozark”, “Phantom”, “Pumpkinhead”, “Fantasma Errante”, “Fantasma do Barba Ruiva”, “Spooky Space Ghost”, “Chefe Viking”, “Feiticeiro”, “Rainha Guerreira”, “Lobisomem”, “Mago” e “Zen-Tuo”.
A Warner já anunciou que pretende produzir a terceira parte de “Scooby-Doo”, e que o projeto só depende de um bom desempenho de bilheteria do segundo filme. Inclusive a intenção é substituir o roteirista James Gunn (que realmente escreveu uma história bem ruim para o primeiro filme da série) por uma dupla de novatos, Dan Forman e Paul Foley, que haviam escrito um roteiro bem recebido pelos produtores, para transformar o também desenho animado futurista “Os Jetsons” em filme.
E a atriz Sarah Michelle Gellar fez parte do elenco do filme de horror “O Grito” (The Grudge), uma refilmagem do sucesso japonês “Ju-on”. A direção do remake americano é também do mesmo do original, Takashi Shimizu, e a produção é de Sam Raimi, criador da trilogia “The Evil Dead”. O elenco ainda conta com Clea DuVall e Bill Pullman. A história é sobre uma maldição sobrenatural que surge quando uma pessoa morre guardando rancor, e que se transmite como um vírus para outras vítimas.
“Scooby-Doo 2: Monstros à Solta” (Scooby-Doo 2: Monsters Unleashed, 2004) # 234 – data: 01/04/04 – avaliação: 6 (de 0 a 10) – site: www.bocadoinferno.com / blog: www.juvenatrix.blogspot.com (postado em 24/02/06)
Scooby-Doo 2: Monstros à Solta (Scooby-Doo 2: Monsters Unleashed, Estados Unidos, 2004). Warner Bros. Duração: 88 minutos. Direção de Raja Gosnell. Roteiro de James Gunn, a partir de personagens do desenho animado criado por William Hanna e Joseph Barbera. Produção de Charles Roven e Richard Suckle. Produção Executiva de Brent O’Connor, Kelley Smith-Wait e Joseph Barbera. Fotografia de Oliver Wood. Música de David Newman. Edição de Kent Beyda. Desenho de Produção de Bill Boes. Figurinos de Leesa Evans. Efeitos Especiais de Louis Craig. Elenco: Freddie Prinze Jr. (Fred Jones), Sarah Michelle Gellar (Daphne Blake), Matthew Lillard (Shaggy “Salsicha” Rogers), Linda Cardellini (Velma Dinkley), Seth Green (Patrick Wisely), Peter Boyle (Jeremiah Wickles), Tim Blake Nelson (Dr. Jonathan Jacobo), Alicia Silverstone (Heather Jasper-Howe), Neil Fanning (Voz de Scooby-Doo).