Primeiro veio o perturbador clássico de baixo orçamento “A Noite dos Mortos Vivos” (Night of the Living Dead, 68); depois após dez anos foi a vez do sangrento “Despertar dos Mortos” (Dawn of the Dead); seguido por “O Dia dos Mortos” (Day of the Dead, 85). E agora finalmente, depois de vinte anos, o principal mestre dos filmes de zumbis comedores de carne humana George Romero, retorna às telas com “Terra dos Mortos” (Land of the Dead), o quarto filme da mais famosa série desse fascinante subgênero do cinema de horror e que entrou em cartaz nos cinemas brasileiros em 22/07/05.
O mundo está dominado por mortos vivos e os remanescentes da humanidade tentam sobreviver protegidos numa cidade isolada e protegida dos ataques dos zumbis. Entre os sobreviventes, existe um grupo de mercenários, entre eles o líder Riley (Simon Baker), seu companheiro Charlie (Robert Joy), que tem o rosto deformado por queimaduras, a bela Slack (Asia Argento), uma mulher que foi salva por Riley quando foi obrigada a lutar contra dois zumbis num jogo, e Cholo (John Leguizamo), um mexicano insubordinado. Eles fazem missões nos locais dominados por mortos vivos para recuperarem alimentos, bebidas e outras coisas úteis abandonadas após o início do caos gerado por um vírus que levantou os mortos de seus túmulos e contagiou todos por eles mordidos.
Na cidade dos sobreviventes humanos existe uma grande diferença de classes, onde o rico e poderoso Kaufman (Dennis Hopper), é o dono de um prédio luxuoso e seguro, cercado de privilégios, e os pobres vivem nas ruas em meio à violência urbana.
Mas, o maior problema a ser enfrentado pelos remanescentes da raça humana é a ameaça de uma invasão dos zumbis, que sob a liderança de aparentemente um simples frentista de um posto de gasolina (que na verdade é uma espécie de versão mais evoluída de Bub de “Dia dos Mortos”), encontraram condições de evoluírem de forma crescente e planejam um ataque mais organizado contra a cidade dos humanos, tentando consolidar seu espaço como espécie dominante no planeta.
Confesso que estava bem ansioso em ver um filme genuíno de horror em cartaz nos cinemas, principalmente depois do péssimo “Amaldiçoados” (Cursed), que estreou no Brasil na semana anterior, em 15/07, um filme muito ruim com uma história contemporânea de lobisomens sem interesse, num grande vacilo do diretor Wes Craven, o criador da franquia “A Hora do Pesadelo” e responsável no passado por filmes perturbadores e não comerciais como “Aniversário Macabro” e “Quadrilha de Sádicos”. Os apreciadores do gênero precisavam de um filme mais intenso nos cinemas, depois de vários exemplos ruins no primeiro semestre de 2005 como “O Filho de Chucky”, “O Chamado 2” e “O Pesadelo”. E felizmente, essa tarefa ficou nas mãos do mestre George Romero, que nos brindou novamente com mais um filme de sua sangrenta série sobre zumbis.
Porém, para confirmar a característica de ser classificado com um filme violento e bem menos comercial, a distribuição de “Terra dos Mortos” nas salas de exibição foi irregular, tendo como referência a famosa rede de cinemas “Cinemark”, onde pelo menos na cidade de São Paulo e mais especificamente na região de Interlagos, em dois Shopping Centers de grande movimento o filme esteve disponível em sua primeira semana de exibição apenas em horários noturnos.
“Terra dos Mortos” segue a linha dos episódios anteriores quanto ao seu argumento básico, ou seja, uma mensagem pessimista do futuro da humanidade, que luta com as últimas forças pela sobrevivência num mundo caótico dominado por uma legião de mortos vivos carnívoros. Porém, uma diferença notável é que agora, além de serem violentos e comedores de carne humana, os zumbis estão evoluindo e conseguindo encontrar formas de se comunicarem e organizarem, mesmo que precariamente, tornando-se cada vez mais ameaçadores para os últimos sobreviventes da raça humana.
Se em “A Noite dos Mortos Vivos” percebemos no argumento uma crítica social contra o racismo, em “Despertar dos Mortos” contra o consumismo desenfreado da sociedade, e em “Dia dos Mortos” observamos um alerta sobre a intransigência militar, agora em “Terra dos Mortos” a história evidencia uma imensa diferença de classes sociais, com os ricos vivendo num prédio luxuoso cercado de mordomias e mais distantes da ameaça dos zumbis, e o resto da população pobre lutando pelas sobras e migalhas numa cidade dominada pela violência urbana, jogos e vícios.
Analisando rapidamente todos os quatro filmes da série, ainda prefiro os dois primeiros. O filme original em preto e branco de 1968 ganha uma nota 10 principalmente pela ousadia de Romero em chocar o público com cenas de extrema violência há aproximadamente quarenta anos atrás. “Despertar dos Mortos”, que continuou a saga dos zumbis com fotografia colorida, também vale uma nota máxima, com o diretor mantendo a exposição de violência com o vermelho vivo do sangue derramado e vísceras destroçadas. Já “Dia dos Mortos”, apesar de também privilegiar cenas fortes de mortos vivos devorando suas vítimas, não conseguiu manter a mesma intensidade dos anteriores, talvez porque a idéia básica da história já havia se transformado em algo repetitivo e com impacto menor sobre o público, ou seja, um mundo dominado completamente pelos zumbis, que tentam atacar os poucos sobreviventes humanos. E, finalmente com “Terra dos Mortos”, a volta de George Romero à saga depois de vinte anos, igualmente apesar de caprichar nas cenas de violência não poupando o espectador de ver muito sangue sendo jorrado, e também de apresentar elementos novos como a evolução dos zumbis, o filme não conseguiu atingir plenamente seu objetivo talvez porque o cinema de horror atual está tão envolvido com violência que corpos despedaçados, cabeças estouradas e vísceras expostas já não impressionam tanto. E nesse caso, seria necessário um investimento maior no conteúdo da história, algo que não pareceu ser muito diferente do convencional e dos clichês de filmes de zumbis. Porém, pelo fato de ser George Romero o homem por trás das câmeras, pelos zumbis carnívoros que são a grande atração, pela carnificina e banquete de sangue, pela presença de Asia Argento que nos presenteou com sua beleza, e pela pequena aparição nostálgica de Tom Savini, “Terra dos Mortos” merece no mínimo uma nota 8.
A saga dos mortos vivos de George Romero gerou uma franquia bem extensa, pois além dos quatro filmes dirigidos por ele próprio, ainda houve as refilmagens dos dois primeiros episódios da série. Em 1990 tivemos “A Noite dos Mortos Vivos” com direção de Tom Savini e mais recentemente a nova versão de “Despertar dos Mortos”, que recebeu o nome no Brasil de “Madrugada dos Mortos” (2004), de Zack Snyder, sendo que ambos os filmes são dignos da franquia e de toda a mitologia dos zumbis criada por George Romero, apesar da liberdade de criação artística no trabalho de Snyder, que transformou seus zumbis em criaturas de grande agilidade e por isso mesmo ainda mais ameaçadoras, abandonando a tradicional lentidão de movimentos dos mortos vivos originais.
Algumas curiosidades e notas: A filha do diretor George Romero, Tina Romero, aparece no filme como uma militar, assim como o famoso técnico em maquiagem Tom Savini, um habitual colaborador do cineasta, que teve uma participação bem rápida, mas bastante efetiva, como um violento zumbi. Aliás, a repórter de um jornal americano, chamada Susan Wloszczyna, também apareceu como figurante interpretando uma morta viva. A atriz Asia Argento, que faz o papel de Slack, além de ser uma bela mulher, é filha do diretor italiano Dario Argento, que produziu juntamente com Romero o segundo filme da série, “Despertar dos Mortos”, sendo um importante cineasta especialista no gênero, conhecido por vários filmes significativos como “Suspiria” (77), “A Mansão do Inferno” (80) e “Dois Olhos Satânicos” (90), entre outros. Alguns títulos alternativos originais haviam sido imaginados anteriormente para “Terra dos Mortos” como “Dead City”, “Twilight of the Dead”, e “Dead Reckoning”, que é o nome original do imenso caminhão blindado carregado de armas pesadas utilizado pelos humanos na luta contra os zumbis, chamado na legenda brasileira de “Destruidor”. O cineasta George Romero tinha inicialmente a intenção de utilizar locações na cidade em que viveu a maior parte de sua vida, Pittsburgh, na Pensylvania, local das filmagens dos outros três filmes anteriores da saga, mas os realizadores de “Terra dos Mortos” optaram por filmar em Toronto, no Canadá, devido aos menores custos de produção, sendo que o orçamento do filme ficou em torno de US$ 18 milhões.
“Terra dos Mortos” (Land of the Dead, 2005) – # 327 – data: 23/07/05 – avaliação: 8 (de 0 a 10)
site: www.bocadoinferno.com / blog: www.juvenatrix.blogspot.com (postado em 24/11/05)
Terra dos Mortos (Land of the Dead, Estados Unidos / França / Canadá, 2005). Universal / Atmosphere. Duração: 93 minutos. Direção e roteiro de George Romero. Produção de Mark Canton, Bernie Goldmann e Peter Grunwald. Produção Executiva de Steve Barnett, Neil Canton, Dennis E. Jones e Ryan Kavanaugh. Música de Reinhold Heil e Johnny Klimek. Fotografia de Miroslaw Baszak. Edição de Michael Doherty. Desenho de Produção de Arvinder Grewal. Direção de Arte de Douglas Slater. Elenco: Simon Baker (Riley), John Leguizamo (Cholo), Dennis Hopper (Kaufman), Asia Argento (Slack), Robert Joy (Charlie), Eugene Clark, Joanne Boland, Tony Nappo, Jennifer Baxter, Boyd Banks, Jasmin Geljo, Max McCabe.
O mundo está dominado por mortos vivos e os remanescentes da humanidade tentam sobreviver protegidos numa cidade isolada e protegida dos ataques dos zumbis. Entre os sobreviventes, existe um grupo de mercenários, entre eles o líder Riley (Simon Baker), seu companheiro Charlie (Robert Joy), que tem o rosto deformado por queimaduras, a bela Slack (Asia Argento), uma mulher que foi salva por Riley quando foi obrigada a lutar contra dois zumbis num jogo, e Cholo (John Leguizamo), um mexicano insubordinado. Eles fazem missões nos locais dominados por mortos vivos para recuperarem alimentos, bebidas e outras coisas úteis abandonadas após o início do caos gerado por um vírus que levantou os mortos de seus túmulos e contagiou todos por eles mordidos.
Na cidade dos sobreviventes humanos existe uma grande diferença de classes, onde o rico e poderoso Kaufman (Dennis Hopper), é o dono de um prédio luxuoso e seguro, cercado de privilégios, e os pobres vivem nas ruas em meio à violência urbana.
Mas, o maior problema a ser enfrentado pelos remanescentes da raça humana é a ameaça de uma invasão dos zumbis, que sob a liderança de aparentemente um simples frentista de um posto de gasolina (que na verdade é uma espécie de versão mais evoluída de Bub de “Dia dos Mortos”), encontraram condições de evoluírem de forma crescente e planejam um ataque mais organizado contra a cidade dos humanos, tentando consolidar seu espaço como espécie dominante no planeta.
Confesso que estava bem ansioso em ver um filme genuíno de horror em cartaz nos cinemas, principalmente depois do péssimo “Amaldiçoados” (Cursed), que estreou no Brasil na semana anterior, em 15/07, um filme muito ruim com uma história contemporânea de lobisomens sem interesse, num grande vacilo do diretor Wes Craven, o criador da franquia “A Hora do Pesadelo” e responsável no passado por filmes perturbadores e não comerciais como “Aniversário Macabro” e “Quadrilha de Sádicos”. Os apreciadores do gênero precisavam de um filme mais intenso nos cinemas, depois de vários exemplos ruins no primeiro semestre de 2005 como “O Filho de Chucky”, “O Chamado 2” e “O Pesadelo”. E felizmente, essa tarefa ficou nas mãos do mestre George Romero, que nos brindou novamente com mais um filme de sua sangrenta série sobre zumbis.
Porém, para confirmar a característica de ser classificado com um filme violento e bem menos comercial, a distribuição de “Terra dos Mortos” nas salas de exibição foi irregular, tendo como referência a famosa rede de cinemas “Cinemark”, onde pelo menos na cidade de São Paulo e mais especificamente na região de Interlagos, em dois Shopping Centers de grande movimento o filme esteve disponível em sua primeira semana de exibição apenas em horários noturnos.
“Terra dos Mortos” segue a linha dos episódios anteriores quanto ao seu argumento básico, ou seja, uma mensagem pessimista do futuro da humanidade, que luta com as últimas forças pela sobrevivência num mundo caótico dominado por uma legião de mortos vivos carnívoros. Porém, uma diferença notável é que agora, além de serem violentos e comedores de carne humana, os zumbis estão evoluindo e conseguindo encontrar formas de se comunicarem e organizarem, mesmo que precariamente, tornando-se cada vez mais ameaçadores para os últimos sobreviventes da raça humana.
Se em “A Noite dos Mortos Vivos” percebemos no argumento uma crítica social contra o racismo, em “Despertar dos Mortos” contra o consumismo desenfreado da sociedade, e em “Dia dos Mortos” observamos um alerta sobre a intransigência militar, agora em “Terra dos Mortos” a história evidencia uma imensa diferença de classes sociais, com os ricos vivendo num prédio luxuoso cercado de mordomias e mais distantes da ameaça dos zumbis, e o resto da população pobre lutando pelas sobras e migalhas numa cidade dominada pela violência urbana, jogos e vícios.
Analisando rapidamente todos os quatro filmes da série, ainda prefiro os dois primeiros. O filme original em preto e branco de 1968 ganha uma nota 10 principalmente pela ousadia de Romero em chocar o público com cenas de extrema violência há aproximadamente quarenta anos atrás. “Despertar dos Mortos”, que continuou a saga dos zumbis com fotografia colorida, também vale uma nota máxima, com o diretor mantendo a exposição de violência com o vermelho vivo do sangue derramado e vísceras destroçadas. Já “Dia dos Mortos”, apesar de também privilegiar cenas fortes de mortos vivos devorando suas vítimas, não conseguiu manter a mesma intensidade dos anteriores, talvez porque a idéia básica da história já havia se transformado em algo repetitivo e com impacto menor sobre o público, ou seja, um mundo dominado completamente pelos zumbis, que tentam atacar os poucos sobreviventes humanos. E, finalmente com “Terra dos Mortos”, a volta de George Romero à saga depois de vinte anos, igualmente apesar de caprichar nas cenas de violência não poupando o espectador de ver muito sangue sendo jorrado, e também de apresentar elementos novos como a evolução dos zumbis, o filme não conseguiu atingir plenamente seu objetivo talvez porque o cinema de horror atual está tão envolvido com violência que corpos despedaçados, cabeças estouradas e vísceras expostas já não impressionam tanto. E nesse caso, seria necessário um investimento maior no conteúdo da história, algo que não pareceu ser muito diferente do convencional e dos clichês de filmes de zumbis. Porém, pelo fato de ser George Romero o homem por trás das câmeras, pelos zumbis carnívoros que são a grande atração, pela carnificina e banquete de sangue, pela presença de Asia Argento que nos presenteou com sua beleza, e pela pequena aparição nostálgica de Tom Savini, “Terra dos Mortos” merece no mínimo uma nota 8.
A saga dos mortos vivos de George Romero gerou uma franquia bem extensa, pois além dos quatro filmes dirigidos por ele próprio, ainda houve as refilmagens dos dois primeiros episódios da série. Em 1990 tivemos “A Noite dos Mortos Vivos” com direção de Tom Savini e mais recentemente a nova versão de “Despertar dos Mortos”, que recebeu o nome no Brasil de “Madrugada dos Mortos” (2004), de Zack Snyder, sendo que ambos os filmes são dignos da franquia e de toda a mitologia dos zumbis criada por George Romero, apesar da liberdade de criação artística no trabalho de Snyder, que transformou seus zumbis em criaturas de grande agilidade e por isso mesmo ainda mais ameaçadoras, abandonando a tradicional lentidão de movimentos dos mortos vivos originais.
Algumas curiosidades e notas: A filha do diretor George Romero, Tina Romero, aparece no filme como uma militar, assim como o famoso técnico em maquiagem Tom Savini, um habitual colaborador do cineasta, que teve uma participação bem rápida, mas bastante efetiva, como um violento zumbi. Aliás, a repórter de um jornal americano, chamada Susan Wloszczyna, também apareceu como figurante interpretando uma morta viva. A atriz Asia Argento, que faz o papel de Slack, além de ser uma bela mulher, é filha do diretor italiano Dario Argento, que produziu juntamente com Romero o segundo filme da série, “Despertar dos Mortos”, sendo um importante cineasta especialista no gênero, conhecido por vários filmes significativos como “Suspiria” (77), “A Mansão do Inferno” (80) e “Dois Olhos Satânicos” (90), entre outros. Alguns títulos alternativos originais haviam sido imaginados anteriormente para “Terra dos Mortos” como “Dead City”, “Twilight of the Dead”, e “Dead Reckoning”, que é o nome original do imenso caminhão blindado carregado de armas pesadas utilizado pelos humanos na luta contra os zumbis, chamado na legenda brasileira de “Destruidor”. O cineasta George Romero tinha inicialmente a intenção de utilizar locações na cidade em que viveu a maior parte de sua vida, Pittsburgh, na Pensylvania, local das filmagens dos outros três filmes anteriores da saga, mas os realizadores de “Terra dos Mortos” optaram por filmar em Toronto, no Canadá, devido aos menores custos de produção, sendo que o orçamento do filme ficou em torno de US$ 18 milhões.
“Terra dos Mortos” (Land of the Dead, 2005) – # 327 – data: 23/07/05 – avaliação: 8 (de 0 a 10)
site: www.bocadoinferno.com / blog: www.juvenatrix.blogspot.com (postado em 24/11/05)
Terra dos Mortos (Land of the Dead, Estados Unidos / França / Canadá, 2005). Universal / Atmosphere. Duração: 93 minutos. Direção e roteiro de George Romero. Produção de Mark Canton, Bernie Goldmann e Peter Grunwald. Produção Executiva de Steve Barnett, Neil Canton, Dennis E. Jones e Ryan Kavanaugh. Música de Reinhold Heil e Johnny Klimek. Fotografia de Miroslaw Baszak. Edição de Michael Doherty. Desenho de Produção de Arvinder Grewal. Direção de Arte de Douglas Slater. Elenco: Simon Baker (Riley), John Leguizamo (Cholo), Dennis Hopper (Kaufman), Asia Argento (Slack), Robert Joy (Charlie), Eugene Clark, Joanne Boland, Tony Nappo, Jennifer Baxter, Boyd Banks, Jasmin Geljo, Max McCabe.