Trilha de Sangue (Blood Trails, 2006)



Uma mensageira ciclista, Melanie Anne Phillips (Rebecca Palmer), é abordada por um policial também ciclista, Chris (Ben Price), que em vez da multa anota seu telefone no braço dela. Não resistindo à tentação, apesar de estar comprometida com o namorado Michael (Tom Frederic), ela se envolve com o policial num único encontro traumático. Arrependida pelo ato impensado, a jovem ciclista aceita o convite do namorado para passear de bicicleta nas montanhas, longe do agito da cidade. Porém, ela não imaginava que o policial se revelaria um psicopata assassino que iria persegui-la e espalhar trilhas de sangue pela floresta e estradas montanhosas, eliminando violentamente todos que cruzarem o caminho ou atrapalhassem seu plano de capturar a moça.

Trilha de Sangue” (Blood Trails, 2006) tem direção de Robert Krause, roteiro dele em parceria com Florian Puchert, e foi lançado em DVD no Brasil pela “Europa”. O elenco é reduzido, limitado aos três personagens principais apresentados na sinopse acima, e mais alguns outros que existem no roteiro apenas para servir de vítimas do assassino. Aliás, a história tem poucos diálogos e um excesso de situações inverossímeis ou não convincentes. Basta citar o encontro de Anne com dois trabalhadores que cortavam árvores. Os homens estranharam o comportamento abalado dela, mas não tentaram se comunicar ou entender o que estava acontecendo. Ou muito pior ainda, próximo ao final, na seqüência envolvendo o psicopata e dois policiais armados, que de tão absurda, teve um desfecho off screen (para facilitar o trabalho preguiçoso dos roteiristas). Os atores também não convenceram, nem a vítima principal (Anne estava longe de representar uma mulher realmente perturbada por estar sendo caçada por um assassino que quer sangrá-la até a morte), nem o psicopata, que não tem o perfil imponente exigido para o personagem (ele deveria ser mais “animalesco” em suas ações e atitudes). É verdade que tem cenas fortes de violência, com cortes profundos de faca e machado, mas em pequena quantidade e nada que não se tenha visto muito pior numa infinidade de outros similares. Ou seja, “Trilha de Sangue” é apenas mais um filme óbvio, comum, cheio de clichês, com um jogo psicológico entre assassino e vítima, numa história básica com perseguições e mortes. É para ver e se esquecer logo depois.

“Trilha de Sangue” (Blood Trails, Alemanha, 2006) # 436 – data: 30/04/07 – avaliação: 4,5 (de 0 a 10)
site: www.bocadoinferno.com / blog: www.juvenatrix.blogspot.com (postado em 03/05/07)