"Não se preocupe em gritar. Não há ninguém para ouvir você... exceto
seu assassino.”
“Cinco lindas mulheres estão presas em uma luxuosa mansão à mercê de um
louco sádico. Elas não podem vê-lo. Até ele atacar!"
Com direção de Joseph A.
Mazzuca, com poucos trabalhos como cineasta e mais conhecido como Gerente de
Produção em animações para a televisão, “Sisters of Death” (EUA, 1977) é
um filme de horror e mistério que explora a ideia de um grupo de pessoas presas
em um ambiente lutando por suas vidas contra o ataque de um assassino vingativo,
conforme os chamativos slogans promocionais do cartaz de divulgação.
Disponível no “Youtube” com a opção de legendas em português, a história é sobre
uma sociedade secreta de mulheres, as “irmãs da morte” do título original, onde
numa sessão de iniciação ocorre a morte trágica da jovem Liz (Elizabeth Bergen)
num teste de coragem com um jogo de rolete russa.
Los Angeles, sete anos depois,
cinco mulheres da seita recebem cartas com um convite para um encontro numa
casa de campo luxuosa, organizado por um misterioso anfitrião, o pai da jovem
morta e músico flautista Edmond Clybourn (Arthur Franz), atormentado pelo
assassinato da filha e em busca de vingança.
O grupo de moças é formado por Judy Peak (Claudia
Jennings), Sylvia Woodworth (Cheri Howell), Diane (Sherry Boucher), Francie
(Sherry Alberoni) e Penny (Roxanne Albee). Elas são recepcionadas num
ponto de encontro por Mark (Paul Carr) e Joe (Joe Tata), que foram contratados
para leva-las até o local da festa, e acabam permanecendo clandestinamente no
casarão, interessados nas belas moças.
A partir daí o clima de
suposta diversão gratuita com piscina, bebidas, comidas e o conforto da
hospedagem transforma-se em mistério, medo, violência e luta pela sobrevivência
num ambiente sem fuga com cercas elétricas, depois que o sinistro anfitrião
começa a colocar em prática seu plano maquiavélico de vingança.
O ator Arthur Franz, de
tranqueiras divertidas como “Voando Para Marte” (1951) e “O Monstro
Sanguinário” (1958), teve sua carreira mais voltada para trabalhos na
televisão. Ele é um destaque no elenco, convincente no papel do pai enlouquecido
vingativo contra os responsáveis pela morte da filha. Sua vida não tem mais
sentido, suas expressões faciais e atitudes evidenciam a amargura e perda de
sanidade, tentando encontrar paz interior apenas com vingança.
A história é bem simples e sem
novidades, com elementos do sub-gênero “slasher”, apostando no tradicional argumento
com um grupo de pessoas presas numa casa com um assassino. Com muitos clichês e
mortes discretas sem sangue, frustrando quem esperava por mais violência e
criatividade nos assassinatos. Por outro lado, para os apreciadores do cinema
de baixo orçamento com horror e mistério, o filme tem um pouco daquela esperada
atmosfera sinistra na mansão isolada, com o jogo entre o assassino e suas
vítimas e uma reviravolta no desfecho, com alguma diversão em seus 87 minutos.
Curiosamente, foi filmado em
1972 e somente lançado bem depois em 1977.
(RR
– 04/06/25)