“Volte Ammie, Volte!” (The House That Would Not Die, EUA,
1970) é mais um filme com elementos de horror apresentado no programa “ABC
Movie of the Week” da rede de TV “ABC”, que exibiu semanalmente nos anos 70 do
século passado uma grande quantidade de filmes com orçamentos pequenos que
ficaram nas memórias de quem teve o privilégio de ver nas telinhas como “A
Fazenda Crowhaven”, “Escravos da Noite”, “Encurralado”, “Trama Diabólica”, “A
Força do Mal”, “Pânico e Morte na Cidade”, “Os Demônios dos Seis Séculos”, “A
Morte Numa Noite Fria”, “O Triângulo do Diabo”, entre vários outros.
Sendo o filme # 31 de um total de 183 do programa, “Volte Ammie,
Volte!” foi exibido pela primeira vez em 27/10/1970 como o número 6 da
temporada 2, e está situado no subgênero de casas assombradas por fantasmas
perturbados, disponível dublado no “Youtube” com as vozes clássicas daquela época saudosa para a diversão de quem lembra dos velhos filmes exibidos nas televisões
de tubo.
Com um elenco reduzido com apenas seis atores, o destaque é a
presença de Barbara Stanwyck (1907 / 1990) e a estreia de Kitty Winn, que foi a
secretária Sharon no clássico “O Exorcista” (1973).
Dirigido por John Llewellyn
Moxey (de “A Última Criança” e “Trama Diabólica”, ambos de 1971 e também do
programa “ABC Movie of the Week”), produzido pelo especialista da TV Aaron
Spelling, e com roteiro baseado no livro “Ammie, Come Home”, de Barbara
Michaels, a história é sobre a veterana Ruth Bennett (Barbara Stanwyck) que vai
morar com a sobrinha Sara Dunning (Kitty Winn) numa antiga casa rural, herança
de família, que esconde segredos terríveis de um passado sinistro.
Elas conhecem o vizinho e professor de antropologia Pat McDougal
(Richard Egan), que dá as tradicionais boas vindas às novas moradoras da
região, e apresenta para elas seu aluno Stan Whitman (Michael Anderson Jr.),
além de sua tia Sra. McDougal (Mabel Albertson) e a amiga dela, que é médium e
comanda sessões de espiritismo, Sylvia Wall (Doreen Lang).
E é após uma dessas sessões que dois fantasmas atormentados passam
a assombrar a casa e possuir os vivos, com a jovem Sara (sempre assustada) e o
professor Pat (sempre frio e com o olhar intenso) sendo as vítimas. Procurando
respostas e informações sobre o passado dos antigos moradores da casa, Ruth e
sua sobrinha, além de Pat e Stan, decidem investigar o sótão, onde encontram
documentos de 1780, época da guerra revolucionária, que revelam problemas familiares
com o General Douglas Campbell e sua filha Amanda (ou Ammie), que saiu de casa
para se casar com o Capitão Anthony Doyle, sem a aprovação do pai.
Depois de vários momentos envolvendo a manifestação
dos fantasmas atormentados, com vozes de desespero e cenas de possessão, eles
exploram o porão da casa, que guarda segredos enterrados que podem trazer a paz
definitiva ou o caos eterno para os espíritos amargurados e os novos moradores.
Com
apenas 74 minutos, metragem adequada para exibição na televisão com comerciais,
“Volte Ammie, Volte!” é um filme de horror sobrenatural sugerido que investe
mais em momentos tensos com fantasmas aflitos à procura de descanso e na
atmosfera sombria de uma casa assombrada. Sendo uma produção para a televisão a
violência das possessões é apenas moderada, com alguns sustos leves, ritmo mais
lento, rajadas de vento, e certa previsibilidade na revelação dos fantasmas e
origem dos conflitos.
Com
o foco no drama psicológico de uma “casa que não morreria” (do título original)
por causa de uma família atormentada por uma tragédia histórica, o filme tem
seus momentos de diversão rápida, a presença sempre significativa de Barbara
Stanwyck (a matriarca da série de TV de western “The Big Valley”), e é um
exemplo do cinema de horror feito para a televisão na década de 1970.
(RR – 16/10/25)
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