“Desde que o mundo começou, até mesmo o homem inventivo avançou
constantemente rumo ao desconhecido. Uma por uma, as fronteiras da ciência
foram caindo diante dele: a ciência da velocidade, das viagens, do rádio. Agora
ele está no limiar de uma nova era. Uma era terrível...”
Temos
um “cientista louco” e suas experiências “rumo ao desconhecido” com a criação
de campos magnéticos com resultados trágicos, e o ataque de “monstros cósmicos”
ou insetos gigantes transformados pela exposição de raios vindos do espaço, uma
contribuição inglesa para o sub-gênero dos “Big Bugs”, muito explorado na época.
E ainda temos também a presença de um alienígena humanoide pacifista, com boas
intenções ao alertar o mundo dos perigos das experiências.
Com
direção de Gilbert Gunn, fotografia em preto e branco e duração de 75 minutos,
o filme está disponível no Youtube com a opção de legendas em português traduzidas
automaticamente.
Um
importante projeto científico e militar envolvendo a manipulação de campos
magnéticos e alteração da estrutura molecular de materiais está sendo
desenvolvido num laboratório localizado numa região rural da Inglaterra.
Liderado pelo cientista Dr. Laird (Alec Mango) e contando com o auxílio dos
assistentes Gil Graham (Forrest Tucker) e Michele Dupont (Gaby André), o
projeto está recebendo grande pressão do Brigadeiro Cartwright (Wyndham Goldie)
com corte de verbas, enquanto o representante do governo Gerard Wilson
(Geoffrey Chater) demonstra apoio.
Enquanto
isso, o Dr. Laird continua as experiências com campos magnéticos em seu
laboratório bizarro repleto de aparelhos elétricos, alavancas de acionamento,
botões, luzes piscando e mostradores analógicos, abrindo um buraco na ionosfera
permitindo a entrada de raios cósmicos nocivos que transformam os humanos em
loucos e os insetos em monstros gigantes, despertando a atenção da polícia para
as estranhas ocorrências na região, através do Inspetor Burns (Richard Warner),
e principalmente obrigando um alienígena preocupado com as consequências
destrutivas das experiências, O Sr. Smith (Martin Benson), a intervir no
processo para evitar uma catástrofe de proporções globais (lembrando o
personagem similar Klaatu, do clássico “O Dia Em Que a Terra Parou, 1951).
Como a
maioria dos filmes pequenos de horror e FC lançados em meados do século
passado, com roteiros que exploram a humanidade enfrentando os temores do
desconhecido, produções com poucos recursos, efeitos toscos, metragem mais
curta e cartazes com ilustrações e slogans promocionais exagerados na fantasia,
“O Monstro Cósmico” também se situa dentro desse mesmo universo.
Apesar
dos temas abordados serem sempre interessantes para os apreciadores do cinema
fantástico bagaceiro, incluindo na história um cientista louco com seu
laboratório bizarro e experiências descontroladas, insetos gigantes e
ameaçadores, um alienígena humanoide não hostil, e uma nave espacial tosca no
melhor estilo de um tradicional disco voador, os primeiros dois terços do filme
são bem arrastados, com excesso de enrolação e diálogos entediantes sobre
questões científicas, além dos velhos clichês cansativos como o inevitável
romance do casal de assistentes do cientista.
Mas,
felizmente, os tão esperados monstros do título finalmente aparecem no terço
final, quando os raios cósmicos vindos do espaço desconhecido transformam
simples insetos em monstros gigantes devoradores de homens, através de precários
e divertidos efeitos com filmagens de insetos reais numa perspectiva para
torná-los imensos, com o exército tentando combatê-los e obrigando a
interferência de um alienígena bem-intencionado para evitar o caos no planeta.
(RR
– 17/09/25)
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