Comentários de cinema - Parte 9 (22/09 a 14/12/13)

Filmes abordados:

Carrie, A Estranha (Carrie, EUA, 2013)
Chernobyl – Sinta a Radiação (Chernobyl Diaries, EUA, 2012)
Elysium (Elysium, EUA, 2013)
Gravidade (Gravity, EUA, 2013)
Hobbit: A Desolação de Smaug, O (The Hobbit: The Desolation of Smaug, EUA / Nova Zelândia, 2013)
Infectados (Stranded, Canadá / Inglaterra, 2013)
Monstro de Duas Cabeças, O (The Thing With Two Heads, EUA, 1972)
Queda da Casa de Usher, A (La chute de la maison Usher, França, 1928)
R.I.P.D. – Agentes do Além (R.I.P.D., EUA, 2013)
Riddick 3 (Riddick, EUA / Inglaterra, 2013)
Thor – O Mundo Sombrio (Thor – The Dark World, EUA, 2013)
Viagem à Lua de Júpiter (Europa Report, EUA, 2013)


* Carrie, A Estranha (Carrie, 2013) – O livro “Carrie”, de Stephen King, recebeu quatro adaptações para o cinema, sendo o primeiro filme em 1976 ganhando o título nacional de “Carrie, A Estranha” e dirigido por Brian De Palma. Foi seguido por uma continuação em 1999, “Carrie 2 – A Maldição de Carrie” (produção para a TV), e outras duas refilmagens com o mesmo nome do original, em 2002 e agora em 2013, que estreou nos cinemas em 06 de Dezembro. A adolescente Carrie White (Chloë Grace Moretz) é tímida e recebeu uma educação rígida da mãe Margaret (Julianne Moore), uma fanática religiosa. Por causa disso, ela é vítima constante de provocações e brincadeiras de mau gosto na escola. Porém, a jovem descobre ter poderes telecinéticos sobrenaturais e passa a utilizá-los para se defender tanto da mãe paranóica quanto para se vingar dos colegas desafetos, principalmente após um incidente “sangrento” num baile da escola. A primeira parte do filme dedica-se a explorar o drama de um relacionamento tenso entre a mãe exagerada em conceitos religiosos equivocados e a filha “estranha”, mas que gostaria de ser normal. E a parte final deslancha para o horror puro na vingança violenta da jovem com poderes de movimentar objetos, contra seus algozes e merecedores de sua fúria. Tanto a bela garota Moretz quanto a já experiente Moore estão bem em seus respectivos papéis, passando credibilidade para os personagens. E o filme de uma forma geral até garante algum entretenimento, principalmente para quem não conhece ainda a história original de Stephen King ou alguns dos filmes anteriores da franquia (pois é inevitável que o impacto seja bem menor para quem já conhece a história). (RR – 07/12/13)

* Chernobyl – Sinta a Radiação (Chernobyl Diaries, 2012) – Utilizando como campanha promocional de marketing o fato de um dos roteiristas de “Chernobyl”, Oren Peli, ser o criador da bem sucedida franquia “Atividade Paranormal”, esse filme lançado em nossos cinemas em 20/07/12 mostra um grupo de seis turistas visitando as ruínas de uma cidade próxima à usina nuclear de Chernobyl, na Ucrânia. Após o grave acidente já conhecido na vida real, os níveis perigosos de radiação obrigaram os habitantes a saírem da região afetada, deixando para trás uma cidade fantasma. Liderados por um guia local, os turistas estrangeiros, a maioria americanos, não contavam com um problema mecânico no carro, impedindo-os de sair da cidade, e nem imaginavam que não estavam sozinhos ali. O filme tem bons momentos de tensão, principalmente nas cenas noturnas, convidando o espectador a participar junto com os personagens de sua luta para fugir de um lugar tétrico e perturbador e salvar suas vidas. Porém, alguns problemas contribuem para afastar o filme de algo mais verossímil como a ideia central que especula a existência de mutantes vivendo nas sombras da cidade abandonada, e que conseguem se manter ocultos sob uma lenda urbana, e também as várias decisões equivocadas do grupo de turistas em momentos de grande ameaça, onde ações mais lógicas deveriam ser tomadas para a preservação de suas vidas. Mas, como um filme de horror despreocupado com a lógica, até consegue divertir, apresentando um desfecho pessimista envolto em conspiração governamental. (RR – 08/12/13)

* Elysium (Elysium, 2013) – Ficção científica dirigida e escrita por Neill Blomkamp (do ótimo “Distrito 9”) e que entrou em cartaz nos cinemas em 20/09/13, trazendo no elenco os atores brasileiros Wagner Moura e Alice Braga, que contracenam com os badalados Matt Damon e Jodie Foister. Em 2154, a Terra está superpovoada e habitada por seres humanos pobres e em condições precárias de sobrevivência. Porém, os ricos vivem num paraíso construído numa estação espacial chamada Elysium. Após o operário Max (Damon) sofrer um acidente numa máquina radioativa restando-lhe poucos dias de vida, ele se vê obrigado a fugir para Elysium à procura da cura numa máquina especial. Utilizando a ajuda de um mercenário especialista em informática e viagens clandestinas para a tão cobiçada estação no espaço, Spider (Moura), Max desencadeia um conflito de grandes proporções, enfrentando a retaliação da tirana dirigente de Elysium, Delacourt (Foster), e contando com o apoio da enfermeira Frey (Braga), antiga paixão e amiga de infância. Superprodução de FC com um roteiro centrado numa crítica social que sempre caminhou ao lado da humanidade em toda sua história, desde o passado longínquo, passando pelo presente e pelo inevitável futuro: a divisão desigual de classes. Os efeitos especiais são belíssimos e não faltam todos os clichês esperados em filmes dessa temática, com muita ação, tiroteiros e conspirações num ambiente de naves espaciais e tecnologia avançada. Wagner Moura está muito bem em sua estréia nos Estados Unidos, representando de forma honrada o Brasil na terra do cinema milionário de entretenimento. (RR – 22/09/13)

* Gravidade (2013) – O filme de Ficção Científica estrelado pelos famosos Sandra Bullock e George Clooney estreou nos cinemas daqui em 11/10/13, com a opção de exibição em 3D. A engenheira médica Dra. Ryan Stone (Bullock) e o astronauta experiente Matt Kowalski (Clooney) estão no espaço fazendo reparos no telescópio Hubble. Porém, após a destruição de um satélite por um míssil russo, os destroços atingem sua nave e eles ficam à deriva no espaço. Visualmente belo e com efeitos especiais convincentes, porém com uma história clichê e previsível. Vale pelas imagens fascinantes, principalmente em 3D, mas o roteiro sem inspiração volta a abordar o típico personagem americano que supera as dificuldades em busca da sobrevivência em sutuações tão desfavoráveis que na realidade significariam chances quase nulas de êxito. Mas, é claro que já sabemos o destino da personagem heróica de Sandra Bullock. (RR – 29/10/13)

* Hobbit: A Desolação de Smaug, O (The Hobbit: The Desolation of Smaug, 2013) – “Eu sou o Fogo! Eu sou a Morte” – “Smaug”. Baseado no livro “O Hobbit”, de J. R. R. Tolkien, o diretor Peter Jackson apresenta a sequência de “Uma Aventura Inesperada” (2012), com os eventos precedendo a trilogia “O Senhor dos Anéis”, filmada entre 2001 e 2003. Dessa vez, continua a incrível jornada do grupo de anões liderados por Thorin (Richard Armitage) e com a ajuda indispensável do mago Gandalf (Ian McKellen) e do hobbit Bilbo Baggins (Martin Freeman). O objetivo é seguir rumo à cidade de Erebor, construída dentro de uma montanha com grande quantidade de ouro, e que foi tomada dos anões pelo imenso dragão Smaug. No caminho, eles enfrentam uma legião de terríveis orcs que os perseguem constantemente, lutam contra aranhas gigantes que querem comê-los vivos e passam pela cidade dos elfos, conhecidos pelas habilidades com o arco e flecha, contando depois com o auxílio de dois de seus guerreiros, Legolas (Orlando Bloom) e Tauriel (Evangeline Lilly). Nessa árdua trajetória, o hobbit Bilbo tem que lidar com a cada vez mais forte influência e poder de um anel encontrado no caminho (no filme anterior). Com efeitos especiais eficientes e muito bem produzidos, a história mantém um ritmo acelerado de aventura com elementos de horror e fantasia sombria o tempo todo em suas quase três horas de projeção, contando com a opção de exibição nos cinemas em 3D. São perseguições, correrias e lutas de tirar o fôlego, com destaque para a fuga dos anões dentro de barris na correnteza de um rio, chegando à cidade do Lago, de onde conseguiriam finalmente partir para Erebor, o destino final da missão. Os anões continuam sendo o centro da história, mas agora os elfos também recebem grande atenção pela sua importância na trama, e o ápice certamente está reservado para todas as cenas envolvendo o enorme dragão Smaug, no desfecho com o gancho para o próximo filme da saga, gerando grande expectativa e ansiedade para “Lá e de Volta Outra Vez” em 2014. Diversão garantida e altamente recomendável. (RR – 14/12/13)     

* Infectados (2013) – Estreou nos cinemas do Brasil em 29/11/13 o thriller de Ficção Científica “Infectados”, estrelado por Christian Slater, e com opção de exibição em 3D. Quatro astronautas têm sua rotina numa base lunar totalmente alterada após uma chuva de meteoritos danificar as instalações. Mas o pior ainda estaria por vir quando uma forma de vida alienígena e hostil trazida por um meteoro se hospeda na única mulher do grupo, Ava Cameron (Amy Matysio). A criatura utiliza seu corpo para crescer e clonar outro astronauta, Bruce Johns (Michael Therriault), obrigando-os juntamente com o médico Dr. Lance Krauss (Brendan Fehr) e o comandante da estação Coronel Gerard Brauchman (Slater), a lutarem por suas vidas. “Infectados” não é um filme exatamente ruim, pois para os menos exigentes ele até pode ser considerado uma diversão rápida e passageira em seus 90 minutos de duração. O maior problema é que a história é um clichê já tão explorado, que fica difícil criar uma empatia com o filme, pois estamos saturados das mesmas ideias, com um grupo de pessoas confinadas no espaço, enfrentando um sentimento de claustrofobia de um ambiente sem saída e ameaçado por um alienígena assassino. Também é um clichê enorme o desfecho com gancho para continuação. Não tem potencial para exibição em cinema, ainda mais em 3D, mas é assistível em outras mídias, esquecendo-se logo depois. (RR – 01/12/13)

* Monstro de Duas Cabeças, O (1972) – Filme bagaceiro de “cientista louco” do início dos anos 70 do século passado. Um famoso e bem sucedido cirurgião médico, Maxwell Kirshner (Ray Milland), está doente terminal e vê num ousado plano de transplante de sua cabeça e cérebro brilhante no corpo de outra pessoa, como a única forma de manter a sobrevivência. Porém, extremamente racista, com a piora rápida de sua saúde, ele não imaginaria que a única opção disponível era um homem negro presidiário no corredor da morte e que alega inocência, Jack Moss (Rosey Grier, primo da bem mais conhecida Pam Grier). A ideia após o transplante é adaptar o corpo para a nova cabeça e depois eliminar a original. A cirurgia tem sucesso e um “monstro de duas cabeças” foi criado, causando uma série de transtornos após fugir do hospital, sendo perseguido pelos médicos que realizaram a operação e pela polícia incompetente. Divertida tranqueira com elementos de horror e ficção científica e um roteiro tão absurdo que seus realizadores tiveram que flertar com o humor em diversas situações para não ficar tão ridículo, devido às cenas inevitavelmente hilárias. O excelente ator Ray Milland é conhecido por estrelar preciosidades do cinema fantástico como “Obsessão Macabra” (1962), “Pânico no Ano Zero” (1962), “O Homem dos Olhos de Raio-X” (1963), “A Invasão das Rãs” (1972) e “Galáctica – Astronave de Combate” (1978), entre outras. Destaque para uma enorme sequência de perseguição de quatorze carros da polícia contra a “coisa de duas cabeças” fugindo pilotando uma moto numa área descampada fora da cidade. Curiosamente, o famoso técnico em maquiagem Rick Baker (de “Nasce um Monstro”, “O Incrível Homem Que Derreteu”, “Grito de Horror”, “Pague Para Entrar, Reze Para Sair”, “Um Lobisomem Americano em Londres” e “Videodrome – A Síndrome do Vídeo”, entre outros), faz uma ponta vestindo a roupa de um gorila que serviu de cobaia para um transplante de cabeça. Mais uma curiosidade é que um ano antes, em 1971, tivemos outro filme com temática similar, “O Incrível Transplante de Duas Cabeças” (The Incredibre Two-Headed Transplant), com Bruce Dern e Pat Priest. (RR – 01/12/13)

* Queda da Casa de Usher, A (1928) – Produção francesa muda e com fotografia em preto e branco, dirigida por Jean Epstein. É uma das versões cinematográficas do famoso conto homônimo de Edgar Allan Poe, que conta também com um ótimo filme americano de Roger Corman, “A Casa de Usher” / “O Solar Maldito” (House of Usher, 1960), estrelado pelo ícone do horror Vincent Price. Na história, um casal amaldiçoado formado por Sir Roderick Usher (Jean Debucourt) e sua esposa gravemente doente Madeleine (Marguerite Gance), vive num imenso castelo decadente, juntamente com um médico particular (Fournez-Goffard). Após a chegada de Allan (Charles Lamy), amigo pessoal de Roderick, o ambiente torna-se ainda mais mergulhado numa atmosfera sombria com a degradação constante da saúde de Madeleine. Interessante adaptação do conto de Poe, mantendo um clima mórbido durante todo o tempo, enfatizando uma mansão prestes a ruir, habitada por um perturbador sentimento de melancolia, envolta numa névoa sinistra e floresta fantasmagórica. Filme curto (apenas 66 minutos de duração), que foi lançado em DVD em Novembro de 2013, narrado em inglês e com legendas em português, sendo material extra de “A Casa de Usher”, de Corman, através da Coleção Folha “Grandes Livros no Cinema”. (RR – 23/11/13)

* R.I.P.D. – Agentes do Além (2013) – Comédia de ação com elementos de horror cuja estreia em nossos cinemas ocorreu em 27/09/13, com a exibição em 3D. O policial Nick (Ryan Reynolds) morre numa missão de rotina contra traficantes e surpreende-se ao chegar no céu e ser logo recrutado para o “Departamento Descanse em Paz” (das iniciais do título original). Seu parceiro é o veterano Roy (Jeff Bridges), um ex-xerife do velho oeste americano, e a função deles é resgatar os “finados”, mortos que conseguiram ilegalmente retornar para a Terra. Sua principal missão no novo emprego é investigar e impedir um plano maquiavélico liderado por Hayes (Kevin Bacon) que consiste em reunir pedaços de um instrumento mágico de ouro que uma vez juntos poderiam criar um portal dimensional que liberaria uma invasão dos mortos. Talvez a única coisa que merece um registro seja a atuação do veterano Jeff Bridges, que rouba todas as cenas para si, divertindo-se bastante no papel de um agente do além no estilo do velho oeste americano. No mais, a história é bem fraquinha e recheada com CGI exagerado, ofuscando a diversão num filme que prioriza os efeitos e cenas de ação em detrimento de um roteiro melhor, utilizando uma temática similar ao universo ficcional de “Homens de Preto”, onde em vez de alienígenas vivendo paralelamente entre nós, seriam mortos que precisariam retornar ao céu para serem julgados. Dispensável. (RR – 02/10/13)

* Riddick 3 (2013) – Depois do ótimo “Eclipse Mortal” (2000) e do fraco e dispensável “A Batalha de Riddick” (2004), o anti-herói Riddick (interpretado por Vin Diesel) retornou agora com o terceiro filme da franquia, estreando nos cinemas brasileiros em 11/10/13. Deixado para morrer num planeta desolado e habitado por criaturas predadoras extremamente violentas, Riddick luta para se manter vivo utilizando-se de seu instinto selvagem para sobreviver num ambiente completamente desfavorável. Após descobrir uma base que serve de ponto de apoio compartilhado por caçadores de recompensa, ele ativa um sensor que identifica sua presença, chamando a atenção de mercenários em busca de sua cabeça. A partir daí, inicia-se um jogo violento entre Riddick e dois grupos interessados em capturá-lo, e que não imaginavam que também teriam que enfrentar uma tempestade que desperta a fúria de terríveis feras interessadas em suas carnes. Nesse terceiro filme do universo ficcional das crônicas de Riddick, felizmente o diretor e roteirista da série David Neil Twohy, preferiu retomar a exploração de elementos similares do filme original, com a ambientação da história num planeta hostil e a luta contra criaturas monstruosas. Minimizando as relações com o segundo filme, bem menos interessante ao retratar uma raça de seres imperialistas e sombrios conhecidos como “necromongers”. Inevitavelmente, “Riddick 3” apresenta situações exageradas (Riddick parece imortal) e previsíveis (é fácil imaginar o destino dos personagens e quem deverá viver), mas ainda assim é um filme que diverte com boas cenas de ação e confrontos entre Riddick e seus algozes, e contra os monstros dominantes do planeta. (RR – 26/10/13)

* Thor – O Mundo Sombrio (2013) – Em 01/11/13 entrou em cartaz em nossos cinemas “Thor – O Mundo Sombrio”, com opção de exibição em 3D, sendo sequência direta de “Thor” (2011), além de trazer relações com eventos ocorridos em “Os Vingadores” (2012). Na história, o herdeiro do trono do rei de Asgard Odin (Anthony Hopkins), o herói Thor (Chris Hemsworth) retorna à Terra para resgatar a cientista Jane Foster (Natalie Portman), que está em perigo depois de entrar em contato com uma poderosa fonte destrutiva de energia, a qual é desejada pelo vilão Malekith (Christopher Eccleston), líder dos elfos negros, que tem a intenção de destruir o universo. Para tentar impedi-lo, Thor é obrigado a se juntar ao seu irmão Loki (Tom Hiddleston), que estava preso depois dos acontecimentos ocorridos nos filmes citados anteriormente. O filme tem um ritmo acelerado de ação e cenas exageradas de confrontos que prendem a atenção, além de caprichados efeitos especiais com destaque para as imagens deslumbrantes do imponente Reino de Asgard, que acaba ficando próximo da Terra por causa de portais dimensionais. E atenção: vale a pena acompanhar todos os créditos até o último minuto após o filme, pois aparecem duas cenas, uma logo após a exibição dos nomes dos atores principais, e outra no final dos últimos créditos. (RR – 02/11/13)

* Viagem à Lua de Júpiter (2013) – Produção americana de Ficção Científica lançada em DVD no Brasil pela “Paris Filmes”, com direção do equatoriano Sebastián Cordero. Um grupo de seis astronautas, quatro homens e duas mulheres, parte numa missão espacial de longa duração rumo à Europa, uma lua de Júpiter (daí vem o título original “Europa Report” e o nacional, sempre exagerado). O objetivo é pesquisar a possibilidade de existência de vida em tão longínquo ponto no espaço. Porém, durante o demorado percurso e ao chegarem ao destino, uma série de incidentes desfavoráveis diminuiu a tripulação e cortou a comunicação com a Terra, além de enfrentarem uma descoberta incrível. Num primeiro contato, apesar do belíssimo cartaz original, a ideia que vem à mente é a de apenas mais um filme inexpressivo de exploração espacial. Mas ao contrário, trata-se de uma grata surpresa, com a tentativa de inserir elementos bem menos fantasiosos e efeitos especiais mirabolantes que tornam as situações mais inverossímeis na maioria dos filmes comuns. No caso de “Viagem à Lua de Júpiter”, é indicado para quem aprecia menos barulho e ritmo frenético, e prefere temas que valorizam histórias mais genuínas de FC, especulando uma longa viagem pelo espaço em busca de conhecimento científico. (RR – 02/12/13)