Um ator de teatro em excursão pela Inglaterra, Lawrence Talbot (Benicio del Toro), recebe uma carta da bela Gwen Conliffe (Emily Blunt), noiva de seu irmão, que está desaparecido há vários dias, solicitando sua ajuda para encontrar seu paradeiro. Chegando à mansão onde passou uma infância turbulenta com a tragédia da morte de sua mãe, Lawrence reencontra o pai, Sir John Talbot (Anthony Hopkins), e descobre que o cadáver de seu irmão fôra encontrado na floresta dilacerado por uma fera. Decidido a descobrir o que realmente aconteceu, ele entra em contato com uma lenda terrível sobre um lobisomem que está atacando os aldeões, enquanto paralelamente um inspetor da “Scotland Yard”, Aberline (Hugo Weaving), é enviado para investigar o mistério.
Remake do clássico de 1941, com Lon Chaney Jr., Bela Lugosi e Claude Rains, a nova versão de “O Lobisomem” (The Wolfman, 2010), em tempos modernos de tecnologia digital, acertou na homenagem ao filme original, com uma bela recriação da Inglaterra do final do século XIX, procurando resgatar aquele clima sombrio característico dos próprios filmes da “Universal” das décadas de 30 e 40 e até das produções coloridas da “Hammer” dos anos 60, com mansões góticas esquecidas pelo tempo, florestas fantasmagóricas, uma família amaldiçoada por uma tragédia, aldeões revoltados e inquisidores sedentos por vingança, entre outros detalhes típicos dos filmes de horror desse período.
Mas, por outro lado, o excesso de liberdade de criação artística, contribuiu para afastar o remake do original, podendo até funcionar para aqueles que não conhecem o filme de 1941, e desapontando um pouco os fãs do clássico do passado com Lon Chaney Jr. Alguns exemplos que justificam essa idéia: a mudança radical das características de Sir John Talbot, dono de um segredo inexistente no original; as presenças significativas para a condução da história do remake, tanto da noiva do irmão de Lawrence Talbot como do inspetor Aberline, e ambos descartados no filme de 1941; a não utilização do bastão com a ponta de prata, objeto fundamental no clássico, e dispensado na refilmagem; o confronto forçado e deslocado entre pai e filho, em condições bastante selvagens (maiores informações sobre essa cena em particular seria um “spoiler”), num arranjo do roteiro tipicamente “hollywoodiano” e totalmente dispensável; e entre outras coisas mais, o desfecho previsível e até patético envolvendo a criatura e sua “amada”.
Por outro lado, analisando “O Lobisomem” de 2010 como um filme independente de horror explorando o mito da licantropia e seus efeitos devastadores para o portador da maldição da lua cheia, temos um lobisomem predator e extremamente violento em ótimas cenas de ação e horror sangrento como no tribunal inquisitório da junta médica tentando explicar cientificamente a “doença” de Lawrence Talbot, e no massacre do acampamento cigano.
“O Lobisomem” (The Wolfman, EUA / Inglaterra, 2010) # 545 – data: 16/02/10
www.juvenatrix.blogspot.com.br (postado em 16/02/10)
Remake do clássico de 1941, com Lon Chaney Jr., Bela Lugosi e Claude Rains, a nova versão de “O Lobisomem” (The Wolfman, 2010), em tempos modernos de tecnologia digital, acertou na homenagem ao filme original, com uma bela recriação da Inglaterra do final do século XIX, procurando resgatar aquele clima sombrio característico dos próprios filmes da “Universal” das décadas de 30 e 40 e até das produções coloridas da “Hammer” dos anos 60, com mansões góticas esquecidas pelo tempo, florestas fantasmagóricas, uma família amaldiçoada por uma tragédia, aldeões revoltados e inquisidores sedentos por vingança, entre outros detalhes típicos dos filmes de horror desse período.
Mas, por outro lado, o excesso de liberdade de criação artística, contribuiu para afastar o remake do original, podendo até funcionar para aqueles que não conhecem o filme de 1941, e desapontando um pouco os fãs do clássico do passado com Lon Chaney Jr. Alguns exemplos que justificam essa idéia: a mudança radical das características de Sir John Talbot, dono de um segredo inexistente no original; as presenças significativas para a condução da história do remake, tanto da noiva do irmão de Lawrence Talbot como do inspetor Aberline, e ambos descartados no filme de 1941; a não utilização do bastão com a ponta de prata, objeto fundamental no clássico, e dispensado na refilmagem; o confronto forçado e deslocado entre pai e filho, em condições bastante selvagens (maiores informações sobre essa cena em particular seria um “spoiler”), num arranjo do roteiro tipicamente “hollywoodiano” e totalmente dispensável; e entre outras coisas mais, o desfecho previsível e até patético envolvendo a criatura e sua “amada”.
Por outro lado, analisando “O Lobisomem” de 2010 como um filme independente de horror explorando o mito da licantropia e seus efeitos devastadores para o portador da maldição da lua cheia, temos um lobisomem predator e extremamente violento em ótimas cenas de ação e horror sangrento como no tribunal inquisitório da junta médica tentando explicar cientificamente a “doença” de Lawrence Talbot, e no massacre do acampamento cigano.
“O Lobisomem” (The Wolfman, EUA / Inglaterra, 2010) # 545 – data: 16/02/10
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