Lançado no Brasil nos tempos das fitas de vídeo VHS, ainda inédito em DVD, mas disponível para download na internet, “Demônios da Mente” (Demons of the Mind, 1972) é um filme menor da consagrada lista da produtora inglesa “Hammer”. Tem os tradicionais elementos que tornaram-se marca registrada do estúdio como a ambientação antiga com direito a carruagens, vilarejos escondidos em florestas escuras, aldeões supersticiosos e sempre ávidos por vingança com tochas nas mãos, além de castelos imponentes e sinistros, explorando o interessante tema da “maldição familiar”. Mas, a quase ausência de sangue somada à narrativa lenta contribuem significativamente para um resultado apenas mediano, principalmente em comparação com o memorável legado de excelentes filmes que a “Hammer” deixou na história do cinema de horror.
Uma jovem moça, Elizabeth (Gillian Hills), está fugindo desesperada pela floresta quando é resgatada por Carl Richter (Paul Jones), um jovem estudante que mora sozinha numa cabana. Porém, poucos dias depois ela é recapturada por Klaus (Kenneth Warren, de “O Soro Maldito”, 1971 e “A Essência da Maldade”, 1973), o capataz troglodita do Barão Zorn (Robert Hardy), o pai da moça e que vive num castelo, mantendo tanto a filha como o outro filho, Emil (Shane Briant), presos em seus quartos e sem contato entre si. O motivo alegado é que sua família carrega uma maldição, com histórias de incestos, insanidade, pesadelos perturbadores, com o mal no sangue em uma desordem hereditária. A situação piorou gradativamente após o suicídio da mãe dos jovens, que não suportou sua existência de loucura. Eles vivem encarcerados no castelo, sob os cuidados da tia Hilda (Yvonne Mitchell).
Tentando obter a cura de seus filhos, o barão convocou o psiquiatra Dr. Falkenberg (o irlandês Patrick Magee, de vários filmes divertidos como “Dementia
Paralelamente, enquanto belas mulheres são brutalmente assassinadas na floresta, instigando a supertição local que demônios estariam agindo na região, um padre fanático (Michael Hordern) está vagando pelos arredores pregando a necessidade de lutar contra o mal, orientando os aldeões a fazer justiça em nome de Deus, trazendo mais problemas ainda para o Barão Zorn.
O diretor australiano Peter Sykes, de carreira curta, não estava inspirado em “Demônios da Mente”, mas em compensação ele corrigiu a mão no trabalho seguinte para a “Hammer”, a história de conspiração satânica “Uma Filha Para o Diabo” (To the Devil a Daughter, 1976), estrelada pelo ícone Christopher Lee ao lado de Richard Widmark, Denholm Elliot e a belíssima Nastassja Kinski.
“Demônios da Mente” (Demons of the Mind, Inglaterra, 1972) # 561 – data: 07/02/11
www.juvenatrix.blogspot.com (postado em 07/02/11)