O lendário ator inglês Boris Karloff (1887 / 1969) é um dos nomes mais associados à história do cinema de horror em todos os tempos, aliado com outros ícones como Bela Lugosi, Vincent Price, Peter Cushing e Christopher Lee, principalmente. A simples presença dele num filme, mesmo que num papel menor e sem ser o vilão, já é garantia de uma diversão indiscutível para aqueles que apreciam o cinema do passado. E em 1952 foi lançada uma produção de baixo orçamento com fotografia em preto e branco chamada “O Castelo do Pavor” (The Black Castle), tendo Boris Karloff e Lon Chaney Jr. (outro nome muito ligado ao cinema “B” de Horror), em papéis coadjuvantes. A direção é do então estreante Nathan Juran, um cineasta conhecido no gênero fantástico por inúmeras bagaceiras divertidas como “The Deadly Mantis” (1957), “20 Million Miles to Earth” (1957), “The Brain From Planet Arous” (1958), “Attack of the 50 Foot Woman” (1958), “The 7th Voyage of Sinbad (1958), “Jack the Giant Killer” (1962), “First Men in the Moon” (1964), “The Boy Who Cried Werewolf” (1973), além de vários episódios de séries dos anos 60 como “Viagem ao Fundo do Mar”, “O Túnel do Tempo”, “Terra de Gigantes” e “Perdidos no Espaço”.
No século XVIII, um renomado aventureiro inglês, Sir Ronald Burton (Richard Greene), consegue através de influência com o Imperador da Inglaterra, um convite para uma caçada na Áustria na propriedade do Conde Karl von Bruno (Stephen McNally), um homem rico e sem escrúpulos, que travou conflitos com os ingleses na África por causa dos nativos locais e os interesses com o marfim. O objetivo de Burton é investigar o desaparecimento de dois amigos numa região conhecida como “Floresta Negra”, nas imediações do castelo do conde, e para isso ele viaja até lá disfarçado com outro nome, o caçador Richard Beckett. No caminho, ele é obrigado a enfrentar dois aliados de von Bruno num combate de espadas, os também condes Steiken (John Hoyt) e Ernst von Melcher (Michael Pate), para defender um criado, Fender (Henry Corden). E após chegar ao castelo ele conhece a Condessa Elga von Bruno (Paula Corday), uma bela mulher, mas infeliz no casamento forçado com o conde. Entre os outros moradores do castelo, temos também o médico Dr. Meissen (Boris Karloff), um ancião bem intencionado que inventou uma fórmula capaz de manter um ser humano desacordado por dez horas simulando a morte, e um serviçal mudo e violento na figura de Gargon (Lon Chaney Jr.). A partir daí, o nobre inglês intensifica a investigação do misterioso sumiço de seus amigos, inevitavelmente se apaixona pela carente condessa e desperta a desconfiança mortal e fúria vingativa do Conde von Bruno.
Em “O Castelo do Pavor” temos todos os elementos associados aos filmes de horror antigos com aquela atmosfera sinistra de um ambiente sombrio, com um castelo imponente no meio de uma floresta, com uma infinidade de cômodos para todos os lados, com direito até a uma masmorra no porão e um poço com crocodilos famintos. Boris Karloff e Lon Chaney Jr. aparecem pouco em cena, com o primeiro sendo um médico criador de um soro que simula a morte, e o segundo sendo um troglodita descerebrado ávido por violência, mas a simples menção de seus nomes no elenco desperta a atenção e agrega um enorme valor ao filme.
“O Castelo do Pavor” (The Black Castle, Estados Unidos, 1952) # 536 – data: 25/10/09
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