Um grupo de soldados
alemães, durante a Segunda Guerra Mundial, está num comboio em alguma região do
norte da África, atravessando o deserto rumo ao mar, carregando um tesouro em
ouro avaliado em seis milhões de dólares. Porém, eles são atacados por soldados
aliados liderados por um comandante americano (Javier Maiza). No conflito,
todos morrem, exceto o comandante, que é resgatado por um sheik (Antonio
Mayans), e se recupera dos ferimentos graças aos cuidados da bela filha do
sheik, Aisha (Doris Regina). Eles se apaixonam e tem um filho, Robert Blabert
(Manuel Gélin), que muitos anos depois está morando na Inglaterra como
estudante. Após saber da morte do pai e da existência de um provável tesouro
perdido num oásis no deserto, ele decide ir à África com três amigos, Ahmed
(Miguel Ángel Aristu), Sylvie (Caroline Audret) e Ronald (Eric Saint-Just), em
busca de aventuras e dinheiro fácil. Lá chegando, eles conhecem o Prof. Konrad
Deniken (Albino Graziani) e sua bela assistente Erika (France Jordan), que
estão trabalhando num documentário dos costumes locais. Todos acabam se
encontrando no oásis amaldiçoado e são obrigados a lutar por suas vidas contra
o ataque de zumbis protetores do tesouro perdido.
Mais uma tranqueira da “Eurociné”,
“Oásis dos Zumbis” (Oasis of the Zombies, 1982) é dirigido e escrito pelo
espanhol Jesus Franco, utilizando os pseudônimos de A. M. Frank e A. L. Mariaux,
respectivamente.
É difícil dizer qual é
pior, esse ou o anterior “O Lago dos Zumbis” (1981), com os mortos-vivos verdes
de Jean Rollin e Jesus Franco. Parece que “Oásis dos Zumbis” é menos ruim,
principalmente pelas maquiagens toscas, mas interessantes, dos mortos-vivos
comedores de carne humana, que emitem ruídos parecendo porcos selvagens. Tem
também algumas cenas bem filmadas como aquela em que os zumbis surgem no
horizonte, do alto das dunas de areia, caminhando lentamente na direção de suas
vítimas. Apesar dos atores péssimos, do roteiro fuleiro com uma enorme
quantidade de situações absurdas, é possível percebermos uma tentativa de se
fazer um filme com um clima sinistro de horror, com zumbis nazistas pútridos
emergindo da areia e massacrando todos que invadem seu território por cobiça,
protegendo um suposto tesouro em ouro.
“Oásis dos Zumbis” foi
lançado em 1982 na França, e no ano seguinte na Espanha com o título “La Tumba de los Muertos
Vivientes”, com algumas pequenas alterações como a troca de atores nos papéis
do caçador alemão de tesouros Kurt e sua esposa. Na versão francesa, eles foram
interpretados por Henry Lambert e Myriam Landson, respectivamente, e na versão
espanhola eles foram substituídos por Lina Romay (falecida em 15/02/12), a
eterna musa de Jesus Franco, e Eduardo Fajardo, que foi o Coronel Kurt
Meitzell.
A versão francesa foi lançada
em DVD no Brasil pela “Vinny Filmes”, na coleção “Clássicos do Terror”, em
Dezembro de 2011. Fazem parte dessa coleção outras pérolas do cinema bagaceiro
da “Eurociné” como “O Lago dos Zumbis” e “A Queda da Casa de Usher”, entre
outros, ambos também do início dos anos 80 do século passado.
“Oásis dos
Zumbis”
(Oasis of the Zombies, França, 1982) # 579 – data: 03/09/12
www.juvenatrix.blogspot.com (postado em 04/09/12)