Filmes abordados:
Bebê
Maldito II, O (The Unborn II, EUA, 1994)
Despertar do Demônio (Bay Cove, EUA, 1987)
Filha de Sarah, A (Sarah´s Child, EUA, 1994)
Ghoulies IV – Eles Estão Próximos! (Ghoulies IV, EUA, 1994)
Maldição
dos Brinquedos, A (Curse of the Puppet Master, EUA, 1998)
Noiva Assassina, A (Praying Mantis, EUA, 1993)
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* O Bebê
Maldito II (1994)
Criado da ciência. Vazio de alma. Nascido para comandar – tagline
promocional do segundo filme do bebê maldito
Lançado em VHS no Brasil pela “California”
e com produção do “Rei dos Filmes B” Roger Corman, “O Bebê Maldito II” (The
Unborn II, 1994) é o típico exemplo do cinema bagaceiro de horror dos anos 90
do século passado, com história tranqueira onde o destaque é o bebê do título,
deformado e assassino, um boneco animatrônico que diverte justamente por ser extremamente
tosco.
A direção é de Rick Jacobson e a história
sucede um original lançado em 1991. Dessa vez, acompanhamos os passos de uma
misteriosa mulher, Linda Holt (Robin Curtis), que possui uma lista com vários
nomes de crianças, as quais são procuradas por ela e brutalmente assassinadas
quando localizadas. Em seu rastro temos um detetive da polícia incompetente,
Tenente Briggs (Leonard O. Turner), que não consegue impedir as ações violentas
da mulher, mesmo matando crianças em locais improváveis como um parque
movimentado e ensolarado, ou dentro de um berçário numa maternidade.
Uma das crianças procuradas é Joey, um
bebê de seis meses cabeçudo e deformado, que está sendo protegido pela mãe,
Catherine Moore (Michele Greene), uma escritora de livros infantis que está
sempre se mudando de casa e escondendo o filho esquisito de todos a sua volta.
O que não impede de ter que enfrentar uma dupla de assistentes sociais que
querem investigar sua conduta como mãe, depois de uma denúncia de mais tratos
dos novos vizinhos intrometidos, Artie e Marge Philips (Darryl Henriques e
Caroline White, respectivamente), pais da adolescente Sally Anne (a alemã
Brittney Powell). Para ajudá-la a esconder o bebê maldito, surge um misterioso
homem inicialmente amigável, John Edson (Scott Valentine), que tem objetivos
sinistros e é a principal ligação com o filme original.
A história não é original, lembrando
elementos de outra franquia, “Nasce Um Monstro” (It´s Alive), que teve 3
filmes. Não desperta muita atenção e têm diversas situações exageradas,
principalmente os tiroteios intermináveis e barulhentos, que não soam
convincentes. O que realmente vale a pena no filme é o bebê maldito em cena,
tosco ao extremo, que come carne crua e arranca pedaços de suas vítimas com os
dentes afiados, além dos grunhidos animalescos para se comunicar. Ele é o
resultado de testes genéticos de fertilização mal sucedidos, os quais geraram
crianças demoníacas, deformadas e agressivas, que ainda tem o poder de
controlar a mente das pessoas para seu benefício (reforçando a ideia da tagline
promocional reproduzida no início do texto). Tudo obra de um “cientista louco”,
Dr. Richard Meyerling, do original, e que é citado rapidamente nessa
continuação para reforçar a conexão entre os filmes.
O desfecho em aberto, como sempre acontece
nas franquias intermináveis em busca de lucros, mesmo que pequenos, possibilita
uma eventual sequência, um truque comum dos produtores caso decidam a
viabilidade de continuar a história. Porém, isso não aconteceu, e o bebê maldito
parou nessa segunda parte.
(RR – 22/06/17)
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* Despertar
do Demônio (1987)
O mercado brasileiro de vídeo VHS foi
bastante movimentado entre os anos 80 e 90 do século passado, com muitos
lançamentos de filmes de horror. “Despertar do Demônio” (Bay Cove) é de 1987 e
foi lançado por aqui pela “Globo Vídeo”, sendo uma produção especialmente para
a televisão dirigida por Carl Schenkel, e com a curiosidade da participação no
elenco de um jovem Woody Harrelson, em início de carreira. Dentre uma
infinidade de atores e atrizes que aparecem em centenas de filmes de todos os
estilos e para todos os lados, apenas alguns poucos conseguem sucesso efetivo
na carreira. Harrelson é um deles, sempre atuante e participando de grandes
projetos como a franquia “Jogos Vorazes”.
Um jovem casal sem filhos, Jerry Lebon
(Tim Matheson) e a esposa Linda (Pamela Sue Martin), decide se mudar e sair do
aluguel, comprando uma casa afastada da cidade, localizada num pequeno vilarejo
de uma ilha pouco habitada. O lugar é chamado de “Bay Cove” (do título
original) e a comunidade local tem mais de 300 anos de história. Eles primeiramente
são recebidos com entusiasmo e cordialidade pelos novos vizinhos, como a idosa
Beatrice Gower (Barbara Billingsley), antiga proprietária da casa vendida para
eles, e pelos casais Josh (Jeff Conaway) e Debbi McGwin (Susan Ruttan), e os
misteriosos Nicholas (James Sikking) e Matty Kline (Inga Swanson).
Porém, uma série de acontecimentos
bizarros e sinistros transforma seus novos vizinhos em pessoas extremamente
estranhas. Como a ocorrência de acidentes misteriosos e trágicos envolvendo um
amigo de Linda, Slater (Woody Harrelson), que veio à ilha para visitá-la, e
também o cachorro de estimação da moça, passando pelo comportamento nada
infantil das poucas crianças do lugar, e pelos avisos de alerta para o perigo
de um velho recluso numa cadeira sempre observando os movimentos de uma janela
num sótão. Além de um cântico assustador ecoando pela ilha e a descoberta de
uma caverna escondendo um ambiente preparado para a realização de cultos
demoníacos, com um enorme pentagrama no chão e iluminação por tochas de
fogo.
O nome nacional “Despertar do Demônio” é
oportunista e já entrega a temática do roteiro com uma conspiração satânica.
Uma vez sendo uma produção para a televisão, quase não há violência e sangue, e
o foco está na construção de uma atmosfera de suspense e mistério que lembra
situação similar do clássico “O Bebê de Rosemary” (1968, de Roman Polanski).
Apesar dos velhos clichês de filmes com seitas demoníacas e covil de
feiticeiros, e da presença inevitável de previsibilidade nos eventos, temos
aqui uma história que ainda consegue envolver o espectador com um clima de
tensão crescente. Que ocorre na medida em que Linda desconfia do comportamento
estranho dos habitantes da ilha, e decide investigar a história sinistra do
lugar, descobrindo aos poucos a obscura verdade e reais intenções de seus
moradores envolvidos com bruxaria.
“Se um mortal vir o local, deve ser
sacrificado na primeira noite de lua cheia. Se o sacrifício não ocorrer à
meia-noite, então qualquer pacto com Satanás será destruído.”
(RR –22/05/17)
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* A Filha de
Sarah (1994)
Entre 1996 e 1997 foi exibida na TV
Bandeirantes a lendária sessão de cinema de horror “Cine Trash”, apresentada
por “Zé do Caixão”. Entre as dezenas de filmes, “A Filha de Sarah” (Sarah´s
Child, 1994), com direção de Ron Beckstrom, é um thriller sonolento que conta a
história de uma mulher infértil e obcecada para ser mãe. Também foi lançado em
vídeo VHS por aqui pela “Company”.
Sarah LaMere (Mary Parker Williams) é
casada com Michael (Michael Berger) e eles decidem se mudar de uma cidade
grande para uma pequena, morando de aluguel numa bela casa de arquitetura
antiga, de propriedade da Sra. Margareth Franklin (Ruth Hale). Sarah é pintora
de aquarelas e seu marido é um agente de seguros de carros, que abre um
escritório na cidade representando uma grande empresa. O casal vive bem e é
relativamente feliz, porém Sarah deseja ter filhos para aumentar a família e
uma vez não tendo sucesso em seus planos, fica desesperada ao descobrir que
sofre de infertilidade.
Seu relacionamento com o marido começa a
se desgastar pela dificuldade em aceitar a impossibilidade de gerar filhos e as
coisas complicam ainda mais depois que surge entre eles uma misteriosa criança
chamada Melissa (Meagen Addie), que tem um comportamento estranho, não fala,
não se sabe de onde veio e freqüenta a casa conturbando o ambiente, principalmente
depois da ocorrência de acidentes mal explicados com o cachorro de estimação e
com a Sra. Franklin. Sarah foi educada de forma rígida e religiosa aprendendo
que a missão da mulher é procriar, e sua condição de infertilidade interfere em
sua percepção da realidade mergulhando num pesadelo de insanidade, mesmo com as
tentativas de ajuda do marido e apoio médico do psiquiatra Dr. Perry (Bryce
Chamberlain).
“A Filha de Sarah” tem uma hora e meia de
duração que se arrasta num ritmo lento e história pouco inspirada que não
consegue manter o interesse do espectador. Os elementos de horror são muito
sutis, representados pela figura misteriosa da criança que surge para
influenciar no clima de tensão crescente entre o casal sem filhos. As poucas
coisas que poderiam gerar algum interesse, na exploração de um mistério,
demoram tanto para acontecer e ainda mais com um resultado tão trivial, que
qualquer tentativa de apresentar elementos supostamente sobrenaturais perde seu
efeito. E não poderíamos deixar de citar uma tentativa de humor forçado
totalmente fora de contexto, envolvendo um enfermeiro patético que dança e faz
palhaçadas no hospital onde Sarah fica internada. A cena tem um resultado
estranho que não se encaixa na história.
(RR
–29/05/17)
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* Ghoulies
IV – Eles Estão Próximos! (1994)
Um pouco de magia negra, um pouco de couro preto... e muito humor negro –
tagline promocional do quarto filme da franquia “Ghoulies”
Os ghoulies são pequenas criaturas
bizarras oriundas de um universo sombrio paralelo e que acidentalmente entraram
em nosso mundo. Remetendo-nos diretamente aos filmes das saudosas décadas de 80
e 90 do século passado, a ideia de criação desses pequenos demônios utilizou
elementos similares de outros monstrinhos de divertidas franquias como
“Gremlins” (que teve 3 filmes) ou “Critters” (com 4 filmes).
“Ghoulies” por sua vez teve 4 partes, sendo
a primeira lançada em 1984 pela extinta produtora “Empire”, de Charles Band,
seguida em 1988 por “Ghoulies 2” e em 1991 por “Os Ghoulies Vão Ao Colégio”
(Ghoulies III: Ghoulies Go To College). Em 1994 foi lançado diretamente para o
mercado de vídeo VHS o quarto episódio, que recebeu o nome nacional “Ghoulies
IV – Eles Estão Próximos!” (distribuído pela “Warner” com um subtítulo
totalmente desnecessário), dirigido pelo especialista em bagaceiras Jim
Wynorski, dono de um currículo produtivo com mais de 100 filmes.
Nessa comédia com elementos de fantasia e
horror, um ex-praticante de magia negra e agora detetive da polícia, Jonathan
Graves (Peter Liapis), é o elo de ligação com o universo ficcional da franquia,
sendo o mesmo personagem e ator do filme original de 1984. Ele tem em seu poder
uma pedra vermelha mágica, a “joia do conhecimento”, procurada desesperadamente
pela entidade maligna Fausto, que na verdade é a manifestação de seu lado
negro, para poder entrar em nosso mundo.
Para alcançar seu objetivo, a criatura
demoníaca utiliza os serviços da bela Alexandra (Stacie Randall), uma antiga
namorada do policial que está vestindo roupas sensuais de couro preto, além de
ter habilidades especiais em lutas e manuseio de armas, e que fugiu de um
manicômio para roubar a pedra mágica. Ela enfrenta em seu caminho uma dupla de
ghoulies trapalhões, interpretados pelos anões Tony Cox e Arturo Gil, que
entraram acidentalmente em nosso mundo através da abertura de um portal
dimensional. Para ajudar o policial e antigo ocultista surge também outra
ex-namorada e parceira na polícia, a bela capitã Kate (Barbara Alyn Woods), e
juntos eles tentam combater Alexandra e os planos maquiavélicos de seu mestre
Fausto. Além de salvar a atual amante do policial, a prostituta Jeanine (Raquel
Krelle), que tem a pedra mágica num colar pendurado no pescoço e por isso corre
perigo de vida como vítima de um ritual satânico de sacrifício humano, e
resgatar do limbo o também policial Scotty (Bobby Di Cicco), atual parceiro de
Graves e que foi possuído pelas forças do além.
O roteiro de Mark Sevi é uma salada
indigesta com tanta bobagem misturada que inevitavelmente contribui para o
desinteresse e afastamento do espectador de qualquer tipo de entretenimento.
Existem os filmes bagaceiros que divertem e tem também aquelas tranqueiras que
entediam, sendo que essa quarta parte de “Ghoulies” se enquadra no segundo
caso. Tem muitos momentos de comédia pastelão e não é todo mundo que aprecia
isso, mesmo sendo um filme com elementos propositais de humor negro (reforçado
na tagline promocional do filme, reproduzida no início desse texto).
Principalmente nas cenas com os ghoulies patetas, que de bonecos com
comportamentos malignos nos filmes anteriores, passaram para criaturas de boas
condutas interpretadas por atores anões com máscaras extremamente toscas (eles
falam, mas suas bocas praticamente não se mexem). Aliás, eles também andam
tranquilamente pelas ruas de Los Angeles sem serem notados ou importunados,
simulando de forma inverossímil que se escondem das pessoas, ou não despertando
estranheza quando descobertos. Apenas nesse filme da franquia os ghoulies foram
interpretados por atores, porque a produtora “Cinetel” não conseguiu utilizar
os bonecos originais dos filmes anteriores.
Curiosamente, existem algumas cenas do
filme original de 1984 apresentadas em flashback, e o desfecho de “Ghoulies IV”
apresenta um gancho proposital onde as criaturas convidam o espectador para
conferir a próxima aventura deles, mas o anunciado quinto filme da franquia nunca
foi filmado.
(RR – 19/06/17)
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* A Maldição
dos Brinquedos (1998)
Charles Band nasceu em 1951 nos Estados
Unidos. Roteirista, diretor e produtor, ele fez parte, junto com seu pai Albert
Band, da extinta produtora “Empire Pictures”, que foi a responsável por várias
preciosidades como “A Hora dos Mortos-Vivos” (Re-Animator, 1985) e “Do Além” /
“Possuídos Pelo Mal” (From Beyond, 1986), ambos baseados em histórias de H. P.
Lovecraft. Após o encerramento das atividades da “Empire”, ele fundou a
produtora “Full Moon Entertainment” e continuou lançando suas pérolas de horror
e ficção científica como a imensa franquia “Puppet Master”.
“A Maldição dos Brinquedos” (Curse of the
Puppet Master, 1998) é o sexto filme da franquia e foi lançado no mercado
brasileiro de vídeo VHS pela “Play Time”. Com direção de David DeCoteau,
creditado como Victoria Sloan, a história é sobre o “cientista louco” Dr.
Magrew (George Peck), que utiliza os conhecimentos de Andre Toulon, o famoso
“mestre dos brinquedos” dos filmes anteriores, e mantém em cativeiro um grupo
de bonecos vivos assassinos, apresentando-os num show bizarro como se fossem
marionetes que se movimentam sozinhas misteriosamente.
Ele é obcecado em fazer experiências
tentando transferir a alma das pessoas para dentro de bonecos, criando
“brinquedos humanos” (daí a ideia da tagline “...A Experiência Humana”). Para
isso, ele encontra o jovem Robert “Tank” Winsley (Josh Green), um rapaz tímido
e sem família, que viveu num orfanato e trabalha num posto de gasolina. Ele
sempre tem pesadelos e é constantemente ridicularizado por seus colegas, até
ser convidado para trabalhar com o cientista depois de revelar que é um
talentoso escultor de bonecos em madeira. Tank logo se apaixona pela bela filha
do cientista, Jane Magrew (Emily Harrison), não imaginando os planos
maquiavélicos de seu novo patrão. Enquanto isso, em paralelo o xerife Garvey
(Robert Donavan) e seu assistente Wayburn (Jason-Shane Scott), estão
desconfiados do trabalho sinistro do cientista e investigam o desaparecimento
suspeito de seu antigo empregado.
O filme até diverte um pouco justamente
pelos bonecos toscos e as cenas de mortes sangrentas, mas eles e os
assassinatos somente entram em cena para valer a partir da metade da projeção.
O roteiro tem muitos furos que podem ser notados sem esforço, validando o fato
de que os realizadores não estão se importando muito com os espectadores e a
qualidade da história. Quando Tank é apresentado para os bonecos vivos, ele não
parece admirado com algo tão incomum. E o desfecho abrupto gera um inevitável
desconforto, onde não esperávamos o corte brusco para os créditos finais. “A
Maldição dos Brinquedos” foi filmado às pressas em apenas 8 dias e com a grande
maioria das cenas dos fantoches sobrenaturais aproveitadas dos filmes
anteriores, fazendo desse sexto capítulo da franquia apenas mais um produto
comum e de fácil esquecimento.
Curiosamente, entre os bonecos assassinos
que aparecem nesse capítulo da franquia, temos “Blade” (dublado no Brasil como
“Lâmina”, que tem uma faca e um gancho no lugar das mãos) e “Six-Shooter”
(“Seis Tiros”, um pistoleiro do velho oeste habilidoso com os revólveres). Além
de “Pinhead” (“Cabeça de Alfinete”, que tem uma cabeça muito pequena e
desproporcional ao tamanho do corpo, com sua força concentrada nas mãos
enormes), “Tunneler” (“Tonelada”, que tem uma broca na cabeça e gosta de furar
suas vítimas em imensos banhos de sangue), “Jester” (um comediante fantasiado
como “o bobo da corte”), e “Sugismunda” (“Leech Woman”, uma mulher que tem
sanguessugas na boca).
A imensa franquia começou em 1989 com
“Bonecos da Morte” (Puppetmaster) e teve mais dez filmes. Alguns foram lançados
no Brasil e os títulos nacionais ruins contribuíram para uma enorme confusão e
dificuldade num trabalho de catalogação. São eles: “O Mestre dos Brinquedos”
(Puppet Master II, 1990), “A Volta do Mestre dos Brinquedos” (Puppet Master
III: Toulon´s Revenge, 1991), “Bonecos em Guerra” (Puppet Master 4, 1993) e
“Bonecos em Guerra – O Capítulo Final” (Puppet Master 5, 1994). Depois de 4
anos veio o filme analisado rapidamente nesse texto, seguido de “Retro Puppet
Master” (1999), “Puppet Master: The Legacy” (2003), “Puppet Master: Axis of
Evil” (2010), “Puppet Master X: Axis Rising” (2012), e “Puppet Master: Axis
Termination” (2017).
(RR – 08/06/17)
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* A Noiva
Assassina (1993)
Existe uma infinidade de filmes com
histórias tão banais e comuns que assisti-los é um desgastante exercício de
paciência. “A Noiva Assassina” (Praying Mantis, 1993) é uma produção para a
televisão apenas recomendada para aqueles que estão dispostos a ver filmes
ruins de suspense como simples curiosidade ou para conhecer tudo dentro do
gênero, mesmo as porcarias que não divertem.
Com direção de James Keach, é um thriller
básico, com história clichê e entediante, que foi lançado no Brasil em vídeo
VHS pela “CIC” e lembra os tipos de filmes ruins exibidos na sessão “Supercine”
da TV Globo. Uma suposta escritora, Linda Crandell (Jane Seymour), conhece um
homem viúvo, Don McAndrews (Barry Bostwick), dono de uma rede de livrarias, e
pai do adolescente Bobby (Chad Allen). Eles se apaixonam e decidem inicialmente
morar juntos, e depois se casar, para o descontentamento da cunhada Betty
(Frances Fisher), que desconfia do caráter da nova mulher.
Paralelamente, uma dupla de detetives do
FBI, Johnson (Colby Chester) e Broderick (Michael MacRae), estão investigando
uma série de assassinatos de homens logo após seus casamentos, e suspeitam que
a autora dos crimes é sempre a mesma mulher, conhecida como “A Noiva Assassina”
(do título nacional). Ou “Praying Mantis” (do título original), cuja tradução
do inglês é o inseto “louva-a-deus”, que tem o hábito incomum das fêmeas
matarem e devorarem os machos logo após o acasalamento. Enquanto os agentes da
polícia tentam encontrar o rastro da assassina, a família de Don recebe sua
nova namorada não imaginando o perigo e a ameaça mortal que se instalaria em
sua casa.
O filme, carregado de clichês e situações
previsíveis, não apresenta nada que já não se tenha visto antes em filmes de
suspense com mulheres assassinas que demonstram perturbação, agressividade,
ciúme exagerado e poder de manipulação, com um passado trágico na infância que
influenciaria em sua personalidade doentia. Enganando todos a sua volta com
falsas impressões de educação e bom caráter, e eliminando as pessoas inocentes
que tiveram o infortúnio de cruzarem seu caminho, atrapalhando seus planos de
vingança pessoal contra os homens. Dispensável.
Curiosamente, os atores Jane Seymour,
Barry Bostwick e Frances Fisher são agora veteranos com extensas filmografias e
carreiras bem sucedidas no cinema.
(RR – 04/06/17)