Escravos da Noite (Night Slaves, EUA, 1970)

 


“A manhã traz negações da misteriosa jornada noturna de uma cidade inteira... Uma força misteriosa que controla todos à noite e Clay Howard precisa descobrir o que é para salvar sua sanidade...”

 

Escravos da Noite” (Night Slaves, EUA, 1970) foi dirigido por Ted Post e estrelado por atores expressivos como James Franciscus (“De Volta ao Planeta dos Macacos”, 1970), Lee Grant (“Damien: A Profecia II”, 1978) e Leslie Nielsen (“Planeta Proibido”, 1956), que se especializou depois em comédias populares como “Apertem os Cintos, o Piloto Sumiu” (1980) e “Corra Que a Polícia Vem Aí!” (1988).

Foi exibido por aqui nas telinhas e está disponível no “Youtube” em versão original em inglês, com a opção de tradução simultânea e legendas em português.

É uma produção direto para a televisão, com metragem menor (72 minutos) apresentada no programa “ABC Movie of the Week”, série semanal que foi ao ar na rede de TV americana “ABC” (American Broadcasting Company) entre 1969 e 1975, apresentando filmes de temáticas variadas, muitos deles com elementos de ficção científica, suspense, mistério e horror.

 

Clay Howard (James Franciscus) decide romper os negócios com seu sócio Matt Russell (Scott Marlowe) e sai para comemorar sofrendo um grave acidente de carro. Uma vez no hospital ele recebe o implante de uma placa de aço na cabeça. Depois de um tempo para se recuperar e em crise conjugal com a esposa Marjorie (Lee Grant), eles fazem uma viagem de férias percorrendo de carro as estradas desertas do interior da Califórnia. Acabam parando em Eldrid, uma típica cidadezinha com poucos habitantes como o xerife Henshaw (Leslie Nielsen), seu ajudante Spencer (Cliff Carnell), o dono do posto de combustível Sr. Hale (Morris Buchanan), a proprietária do hotel Sra. Crawford (Virginia Vincent), um rapaz com problemas mentais, Fess Beany (Andrew Prine), o dono do restaurante Sr. Fletcher (John Kellogg), entre outros.

No meio da noite Clay acorda e descobre que os habitantes da cidade estão caminhando como zumbis, entrando em caminhões e saindo da cidade, incluindo sua própria esposa. Para aumentar o clima de mistério surge do nada a jovem Annie (Tish Sterling), que assim como ele, também não é influenciada pelo controle mental responsável pelo comportamento noturno estranho dos habitantes sonâmbulos.

No dia seguinte pela manhã, ele decide investigar, pedindo ajuda ao xerife, mas ninguém se lembra do ocorrido, e com o fato se repetindo nas noites seguintes, Clay precisa lidar com o mistério antes de perder a sanidade, sendo desacreditado por todos, enquanto precisa também administrar a atração amorosa inevitável que sente pela jovem Annie.  

  

“Escravos da Noite” possui interessantes elementos de ficção científica e mistério, e é um daqueles casos de filme que precisa ter um cuidado especial na descrição da sinopse para não revelar “spoilers” que certamente comprometeriam a experiência do espectador.

Não é nenhum um filme especial, cultuado ou marcante para a história do gênero, mas é divertido e lembrado por aqueles que tiveram a oportunidade de ver na época da televisão de tubo, ao lado de outras preciosidades do programa “ABC Movie of the Week” como “Encurralado” (1971), “A Força do Mal” (1972) e “Triângulo do Diabo” (1975), entre outros.

Como um filme voltado para exibição na televisão com sua imposição de limites, não há violência ou sangue, e sendo uma produção de baixo orçamento os poucos efeitos práticos são precários, reforçando suas qualidades através de uma boa história, de co-autoria de Jerry Sohl (de bagaceiras divertidas como “Morte Para Um Monstro”, 1965, e “A Maldição do Altar Escarlate”, 1968), além do desenvolvimento dos personagens e construção de um clima de mistério que prende a atenção até um desfecho memorável.    

 

(RR – 26/03/25)








De Volta ao Planeta dos Macacos (Return to the Planet of the Apes, EUA, 1975, série de animação)

 


“Um macaco livre é aquele que não teme de chegar ao término de seu pensamento.” – orangotango Dr. Zaius

 

A franquia de Ficção Científica “O Planeta dos Macacos” é popular e cultuada por uma base fiel de fãs, sendo sempre lembrada e reverenciada ao lado de outras mais famosas como “Star Wars” e “Star Trek”. São incontáveis filmes para o cinema, com duas fases, uma com filmes entre o final dos anos 60 e meados da década de 70 do século passado (5 filmes), e outra mais atual após os anos 2000, com o filme de Tim Burton em 2001 e a nova série iniciada em 2011.

Ainda tem livros, quadrinhos, séries de TV, uma com atores reais (live-action) em 1974, e outra em desenho animado chamada “De Volta ao Planeta dos Macacos” (Return to the Planet of the Apes, EUA, 1975), com 13 episódios curtos de aproximadamente 24 minutos, que foi exibida em nossas telinhas e está disponível completa no “Youtube” dublada na “versão brasileira Tecnisom Rio de Janeiro”, além também de ter sido lançada por aqui em vídeo DVD, pela “1films” (Darkflix).

O universo ficcional é inspirado no livro do francês Pierre Boulle e a história da animação utiliza principalmente elementos dos primeiros filmes, que apresentavam os macacos como raça dominante no planeta, ainda que vivendo numa sociedade mais primitiva e agrária. O diferencial para o desenho animado é que aqui os macacos vivem numa cidade mais moderna e avançada, tanto em cultura quanto arquitetura, com tecnologias para seu conforto, dirigindo carros, morando em casas estruturadas e assistindo televisão, além de terem um exército bem equipado, entre outras coisas que os aproximam mais da própria sociedade dos humanos do passado.

Na animação, com direção de Doug Wildey (o criador de “Jonny Quest”), os 13 episódios são interligados entre si, com uma única história conectada que vai sendo apresentada em sequência, e devido ao baixo custo de produção a qualidade técnica é bem inferior, com muitas imagens estáticas. Mas, o que realmente importa, independente da animação bagaceira, são as histórias dentro do universo ficcional de “Planeta dos Macacos” e principalmente a nostalgia para quem teve a sorte e o privilégio de ver a série na telinha nos anos 1970 e 80.

 

“Os únicos humanoides bons são os enjaulados... ou melhor, os mortos.” – gorila General Urko

 

Atenção: as informações abaixo contém “spoilers”.

 

Chamas do Destino” (Flames of Doom)

Três astronautas americanos, dois homens, Bill Hudson e Jeff Carter, e uma mulher, Judy Franklin, estão viajando na espaçonave Venturer em 1976, quando de repente entram no campo gravitacional de um planeta e iniciam um processo de queda. A partir daí eles avançam no tempo para o longínquo futuro de 3979 até caírem num lago.

Sobrevivendo à queda, eles exploram o lugar desértico com dificuldades por causa do calor escaldante, e se deparam com estranhos eventos da natureza como tempestades isoladas e muralhas de “chamas do destino” aleatórias, além de encontrarem ruínas no caminho que seriam vestígios de uma antiga civilização. Ocorre um acidente com Judy, que cai numa fenda aberta no chão após um tremor de terra, e Bill e Jeff encontram uma tribo de humanos selvagens que não falam, exceto por uma mulher, Nova, que faz amizade com os astronautas recém-chegados.

Após um tempo, todos são surpreendidos e perseguidos por um grupo de gorilas uniformizados como soldados, liderados pelo tirano General Urko, bem equipados e armados, com jipes, tanques e metralhadoras. Os gorilas consideram os humanoides como animais que devem ser caçados e eliminados, em oposição aos chimpanzés cientistas como o casal Dr. Cornelius e Dra. Zira, que querem estudá-los, com o apoio dos líderes governantes orangotangos como o Dr. Zaius.

Jeff consegue escapar da caçada com a ajuda de Nova, mas Bill é capturado e preso numa carroça com destino à Cidade dos Macacos.       

 

Fuga da Cidade dos Macacos” (Escape From Ape City)

As feras humanoides são capturadas para diversas funções na sociedade dos macacos, com uma parte servindo de alvos para jogos de guerra de Urko. Por outro lado, Zira e Cornelius requisitam Bill para estudos de comportamento em seu laboratório, chamando-o de “olhos azuis”. Após os resultados bem-sucedidos em vários testes, Bill não consegue manter a discrição e revela o fato de ter a capacidade de falar, surpreendendo os chimpanzés cientistas.

Quando o Dr. Zaius descobre o fato incomum através de um macaco sentinela informante, ele considera Bill uma ameaça e decide matá-lo, por saber de segredos obscuros do passado da humanidade, que destruiu o planeta por ganância e insensatez através de uma guerra catastrófica.

Mas Bill consegue fugir do laboratório, sendo perseguido pelos soldados gorilas, que representam a força bruta da sociedade símia. Na “fuga da cidade dos macacos”, ele encontra Jeff e Nova nos arredores e juntos tentam libertar os humanoides encarcerados pelos gorilas, rumando para as cavernas e planejando um meio de defesa contra seus perseguidores.

 

A Misteriosa Profecia” (The Unearthly Prophecy)

Bill e Jeff estão explorando a Zona Proibida quando são surpreendidos pelo exército de Urko, e surgem imagens estranhas de montanhas que depois desaparecem como miragens. Os astronautas conseguem escapar da fúria dos gorilas entrando numa abertura no chão que os leva para um mundo subterrâneo com vastas galerias cheias de máquinas tecnológicas movidas por um imenso refletor de energia.

Explorando o lugar eles encontram ruínas de uma antiga civilização e descobrem que avançaram 2000 anos no futuro e que estão na Terra devastada e agora dominada pelos macacos na superfície e por uma raça de humanos evoluídos que emitem raios de calor pelos olhos e são liderados por Krador, que tem a capacidade mental de criar grandes ilusões, como as montanhas no início do episódio.

Bill e Jeff encontram Judy, que está sob o controle mental dos subterrâneos, os quais idolatram uma estátua de sua imagem e por isso a consideram valiosa para a “misteriosa profecia”, que permitiria a possibilidade de poder retornar a viver acima da superfície num confronto com os macacos.

Os três juntos tentam fugir da cidade subterrânea, mas Judy é novamente capturada pelo poder mental de Krador.   

 

Túnel do Medo” (Tunnel of Fear)

Urko está planejando um ataque aos humanoides indefesos e refugiados nas cavernas para tentar recuperar o prestígio de seu exército perante os governantes orangotangos e população em geral de macacos.

Bill e Jeff estão preocupados com a segurança dos humanoides e pedem ajuda para Zira e Cornélius na Cidade dos Macacos, na tentativa de encontrarem um local seguro longe dali para viverem sem a ameaça constante dos gorilas. Na cidade, eles fogem de uma patrulha de soldados e entram nos esgotos, onde são atacados por uma aranha gigantesca no “túnel do medo”.

Após conseguirem o contato de ajuda dos cientistas símios, os astronautas tentam encontrar o local indicado por Cornélius e percorrem o trajeto através de um rio subterrâneo ainda inexplorado abaixo das montanhas, onde se deparam no caminho com os restos de uma civilização destruída, incluindo a carcaça de um carro. Traídos pela perigosa e forte correnteza da água, eles lutam pela sobrevivência conseguindo escapar da morte chegando até as cavernas dos humanoides.     

 

A Lagoa do Perigo” (Lagoon of Peril)

Depois que um soldado gorila retorna da Zona Proibida dizendo que viu uma nave espacial, o político Dr. Zaius e o General Urko organizam uma expedição para localizar a nave e destruí-la, além de caçar seus ocupantes, os humanoides inteligentes. Os cientistas chimpanzés Zira e Cornélius tentam localizar Bill e Jeff para avisá-los sobre o movimento do exército gorila, e os astronautas decidem explodir a nave com um dispositivo de autodestruição antes que seja descoberta, tentando recuperar ainda uma pistola de raios laser dentro da nave que está num lago. Os soldados de Urko são ameaçados no caminho por estranhas manifestações como paredes de fogo, tempestades magnéticas e um imenso crânio de macaco no céu cuspindo fogo, que o Dr. Zaius informa serem ilusões.

O plano dos humanos que vieram do espaço é bem-sucedido e a nave é destruída, porém eles são atacados por uma imensa serpente aquática, travando uma batalha para sobreviverem, enquanto os macacos chegam ao destino e são convencidos que não existe nave espacial, que foi confundida com o monstro da “lagoa do perigo”.    

 

Terror na Montanha” (Terror on Ice Mountain)

Cornélius encontra um livro em escavações arqueológicas chamado “Um Dia no Zoológico”, de 2000 anos, que prova que os humanoides tinham a capacidade de leitura e escrita e que precederam os macacos no domínio do planeta. Receoso que o livro seja descoberto pelo General Urko, ele decide esconder esse artefato raro numa montanha gelada onde vivem macacos monges que pregam a paz entre as espécies. Com um projeto incompleto em mãos para a construção de um balão que poderia servir de transporte na viagem, Cornélius e Zira pedem ajuda para Bill e Jeff para completar o sistema de navegação.

Bill e Cornélius partem no balão na jornada para esconder o livro e no caminho enfrentam tempestades e ventos fortes, ocorrendo um acidente obrigando-os a seguir a pé e desmaiando de fadiga em seguida por causa das baixas temperatura do ambiente hostil. Eles são resgatados e salvos pelos monges que idolatram Kigor, um macaco gigante congelado.

Enquanto isso, os soldados gorilas estão por perto na região no encalço dos humanoides como uma ameaça constante instaurando o “terror na montanha”, sendo combatidos por Kigor, que está vivo e se descongela para tornar-se o guardião protetor do livro.

 

Rio de Chamas” (River of Flames)

Judy está presa com Krador no mundo subterrâneo (eventos do episódio “A Misteriosa Profecia”). Uma projeção sua aparece para Bill e Jeff numa caverna na Zona Proibida, pedindo ajuda e chamando-os para ir até ela com a pistola de raios laser. Pois, um vulcão que estava supostamente inativo entrou em erupção e agora ameaça explodir uma sala com equipamentos tecnológicos causando a destruição da civilização subterrânea.

Enquanto isso, existe uma contante disputa entre armas e ciência, através da rivalidade entre o General Urko e os cientistas Zira e Cornélius, para atrair a atenção do Dr. Zaius com a liberação de verbas.

Os astronautas vindos do passado aceitam ajudar o pedido de Judy para ajudar Krador e seu povo telepata, mas os soldados gorilas se apossam da arma laser, que tinha ficado escondida embaixo de uma pedra no deserto. Depois de conseguirem recuperá-la novamente, Bill e Jeff usam a pistola para abrir uma fenda na montanha escoando a lava e desviando do abrigo dos mutantes.

O revoltado gorila Urko decide então disparar sua artilharia com canhões contra o vulcão criando um “rio de chamas” que é direcionado contra seu próprio exército, destruindo os jipes, tanques e todo o equipamento militar, em mais uma campanha fracassada.  

 

O Grito das Asas” (Screaming Wings)

Bill, Jeff e Judy estão nas montanhas e são surpreendidos pelo ruído de um antigo avião da Segunda Guerra Mundial, que foi encontrado pelo General Urko e restaurado pelo cientista Dr. Likis, uma relíquia do passado de guerras da humanidade.

Como existe uma disputa política de poder na Cidade dos Macacos entre o governante Dr. Zaius e Urko, este último pretende utilizar o avião de guerra como uma arma secreta, fortalecendo seu poder militar, com a ideia de replicar os aviões com tecnologia reversa.

Ele organiza uma apresentação pública para impressionar o Dr. Zaius e seus aliados, mas que não é bem-sucedida depois que os astronautas humanos conseguem roubar o avião e imobilizar o piloto macaco Largo, trocando seu lugar para Judy. Ela consegue sabotar a apresentação com manobras inseguras, prejudicando novamente os planos de Urko, principalmente depois que Bill e Jeff conseguem explodir o galpão onde o Dr. Likis trabalhava com as réplicas de aviões. Urko fica furioso e ansioso por vingança e por recuperar o avião novamente, agora escondido numa caverna.    

 

Rumo ao Desconhecido” (Trail to the Unknown)

Os três astronautas do passado lideram os humanoides para fugirem das cavernas com destino ao Vale Novo indicado por Cornélius, viajando pelo rio em jangadas “rumo ao desconhecido”. No caminho são atacados por morcegos.

O Conselho Supremo (orangotangos) e o Exército (gorilas) estão em constante confronto político por disputa de poder na sociedade símia. O General Urko está furioso e tenta descobrir quem roubou o avião no episódio anterior. Para reestabelecer sua reputação como líder militar, ele lidera uma expedição para capturar os humanoides, que continuam agora sua jornada a pé por uma região deserta enfrentando a sede, temperaturas altas e ventos fortes com tempestades de areia.

Eles encontram no caminho os destroços de outra nave espacial americana, dessa vez pilotada pelo Coronel Ronald Brent, que partiu da Terra em 2109 caindo também no planeta, porém bem antes de Bill e seus companheiros. Ele viveu inicialmente com uma tribo de nômades humanoides e conheceu Nova ainda criança. Porém, depois de se perder do grupo, viveu sozinho e isolado por muitos anos.

Todos juntos agora constroem abrigos com pedras para os humanoides utilizando a pistola de raios laser e explodem o acesso ao Vale com um dispositivo de autodestruição da nave de Brent, impedindo temporariamente a invasão pelo exército de Urko.

 

O Ataque das Nuvens” (Attack From the Clouds)

A Cidade dos Macacos é atacada por um enorme dinossauro voador e o exército de gorilas é acionado para combater a fera, enquanto Bill e Judy tentam recuperar o avião escondido nas cavernas.

O monstro alado também ameaça os humanoides e um rebanho de bois, justificando o “ataque das nuvens” do título, e Judy assume o controle do avião.

Em paralelo, Urko está o tempo todo desconfiado da existência de alguma conspiração para tirá-lo do poder, depois de várias manobras militares serem fracassadas.

O ápice do episódio é uma batalha nos ares entre o avião pilotado por Judy e a ave monstro, que é derrotada temporariamente.

 

Missão de Piedade” (Mission of Mercy)

A batalha no céu do episódio anterior com o monstro alado quase acabou com o combustível do avião pilotado por Judy, obrigando Bill e Jeff irem de caminhão até a Cidade dos Macacos, numa jornada perigosa, para conseguirem combustível numa antiga fábrica de aviões.

Enquanto isso, Nova fica terrivelmente doente e precisa urgente de medicamentos para combater uma infecção mortal e contagiosa, obrigando Judy a procurar ajuda com Zira e Cornélius, utilizando o resto de combustível do avião numa jornada ao laboratório dos cientistas chimpanzés.

Com combustível insuficiente, Judy aterrissa o avião numa fazenda abandonada onde encontra seus amigos astronautas. Ela segue a pé até o laboratório em busca de um soro preparado por Cornélius e seus amigos vão para a fábrica de aviões atrás de combustível. A “missão de piedade” é bem-sucedida e Nova é salva, impedindo que a doença se espalhe entre os humanoides.

 

 A Invasão Subterrânea” (Invasion of the Underdwellers)

Uma série de roubos de itens valiosos ocorre na Cidade dos Macacos, supostamente realizada pelos subterrâneos. Porém, os verdadeiros responsáveis são os gorilas disfarçados, num plano maquiavélico do General Urko em persuadir os governantes orangotangos a autorizarem uma guerra contra os habitantes do subsolo, enganando a população símia que pensa estar acontecendo uma “invasão subterrânea”.

Então Zira e Cornélius vão até o Vale Novo pedir ajuda para evitar a guerra. Bill, Jeff e Judy são contatados por Krador, o líder dos subterrâneos, e juntos eles tentam impedir o confronto com os gorilas.

Urko escondeu os objetos dos saques no cemitério da cidade, num local de homenagem chamado “Tumba do Macaco Desconhecido”. Sua intenção é explodir a entrada de um túnel com um rio que leva ao mundo dos subterrâneos, inundando suas instalações tecnológicas.

Porém, Bill e Jeff conseguem reverter o curso da balsa com explosivos e o plano de Urko é fracassado novamente, sendo punido com afastamento do cargo. 

 

Batalha de Titãs” (Battle of the Titans)

Pelos vários erros cometidos à frente das tropas do exército de gorilas, o General Urko foi punido pelo Senado com afastamento de 3 meses do comando, passando o posto para o Coronel Rotok. Mas, Urko ainda está agindo nos bastidores e planeja um ataque em grande escala contra os humanoides, sempre pensando em recuperar o prestígio como líder militar e aplicar um golpe para tomar o poder na sociedade símia.

Em paralelo, Cornélius tinha encontrado um livro antigo em escavações (do episódio “Terror na Montanha”), que provava que os humanoides eram civilizados e dominavam o planeta anteriormente, antes da ascensão dos macacos. O livro está escondido no alto de uma montanha gelada, guardado por uma seita de monges chimpanzés. Cornélius quer recuperar o livro para apresentar aos governantes orangotangos e decide ir ao Vale Novo para obter ajuda de Bill e seus amigos nessa jornada perigosa.

Ele e Bill viajam no mesmo balão de uma aventura anterior e durante o percurso eles são atacados pelo mesmo dragão alado do episódio “Ataque das Nuvens”, que ressurgiu de um lago, e após um confronto tenso, o balão consegue escapar do monstro se escondendo numa nuvem.

Enquanto isso, o exército gorila está se preparando para o ataque, com sua frota de artilharia e infantaria.

Cornélius e Bill chegam à montanha habitada pelos monges e que é protegida pelo imenso macaco congelado Kigor, considerado uma divindade símia. Eles recuperam o livro raro da história humanoide e são testemunhas de um confronto brutal entre o monstro voador e Kigor, numa “batalha de titãs”.

 

No Brasil os episódios foram exibidos na sequência correta com as histórias interligadas na cronologia de eventos. Mas, curiosamente, conforme o guia de episódios do site “IMDb” (Internet Movie Database), com as respectivas datas originais de lançamento, alguns episódios estão fora de ordem, o que causaria confusão para o espectador, nas histórias envolvendo a personagem Judy quando é raptada pelo líder de um mundo subterrâneo, e nos episódios com Cornélius e seu achado arqueológico de um livro humanoide raro, envolvendo os monges da montanha gelada e a divindade símia Kigor. 

 

(RR – 16/03/25)








Abelhas Assassinas (Killer Bees, EUA, 1974)

 


“Ela controla as abelhas. Elas matarão por ela – e morrerão por ela. Ela é a rainha delas... e viverá para sempre.

 

Abelhas Assassinas” (Killer Bees, 1974) é um filme produzido diretamente para a televisão, com apenas 71 minutos, apresentado no programa “ABC Movie of the Week” da rede de TV americana “ABC”, sendo o número 56 da temporada 5.

O filme foi dirigido por Curtis Harrington, conhecido por bagaceiras divertidas como “O Planeta Pré-Histórico” (1965) e “Planeta Sangrento” (1966), e está disponível dublado no “Youtube” com a “versão brasileira Herbert Richers”. No elenco temos Kate Jackson, uma das panteras da série de TV “As Panteras” (1977 / 1981), a veterana Gloria Swanson (1899 / 1983), em sua estreia na televisão e curiosamente sendo um de seus últimos filmes da carreira que teve grande reconhecimento no cinema, iniciada na época dos filmes mudos, e Craig Stevens, um rosto conhecido nas telinhas.

A história aborda um tema muito explorado no cinema de horror, com insetos se voltando contra a humanidade, no caso as temíveis abelhas africanas assassinas, que além desse filme de 1974 para a televisão já tivemos vários outros similares como “A Picada Mortal” (The Deadly Bees, 1966), “Abelhas Selvagens” (The Savage Bees, 1976) e sua sequência “O Terror Que Vem do Céu” (Terror Out of the Sky, 1978), “Ataque Final” (The Bees, 1978), “O Enxame” (The Swarm, 1978), “Invasão Mortal” (Deadly Invasion: The Killer Bee Nightmare, 1995), o homônimo “Abelhas Assassinas” (Killer Bees, 2002) e “Enxame Negro” (Black Swarm, 2007). 

 

A reclusa família van Bohlen, de origem europeia, é conhecida e temida numa pequena cidade do interior dos Estados Unidos na região da Califórnia, atuando no ramo de negócios com plantação de uvas. Eles são proprietários de grandes vinhas com mudas oriundas da África do Sul, que vieram acompanhadas das abelhas.

A matriarca da família é a Madame Maria van Bohlen (Gloria Swanson), que comanda os negócios com austeridade e exerce grande domínio sobre seu filho Rudolf (Craig Stevens) e os netos Dr. Helmut (Roger Davis), Mathias (Don McGovern) e Edward (Edward Albert), sendo que este último foi embora para São Francisco para estudar e se tornar advogado. Porém, Edward é obrigado contra a vontade a retornar para sua cidade para apresentar sua noiva Vitoria Wells (Kate Jackson), que queria conhecer a família.

A moça é recebida com desconfiança por uma família exageradamente tradicional, enquanto em paralelo ocorrem vários incidentes trágicos próximos das plantações com mortes violentas e envolvendo as abelhas africanas, conhecidas como assassinas e que voam à noite, além do fato de estranhamente serem obedientes e controladas pela Madame van Bohlen, despertando a atenção da polícia na investigação do xerife Sargento Jeffreys (John S. Ragin). 

 

“Abelhas Assassinas” é um filme de baixo orçamento e roteiro simples, com horror moderado para se adequar ao formato de exibição na televisão. Seu maior interesse está no saudosismo da dublagem dos anos 70 e no elenco com Gloria Swanson e Kate Jackson em grandes performances. A primeira no papel da rígida anciã da família van Bohlen e que tem a capacidade de controlar as abelhas (justificando o slogan promocional reproduzido no início desse texto). E a segunda, bem mais jovem, interpretando a futura nova integrante da família, que tem que superar várias barreiras de desconfiança e ainda lidar com eventos misteriosos e acidentes trágicos envolvendo as abelhas mortais.  

Por curiosidade, nos créditos da equipe técnica aparece o nome Joel Schumacher (1939 / 2020) como o responsável pelo Desenho de Produção. Ele que seria mais tarde reconhecido como diretor de filmes importantes como “Os Garotos Perdidos” (1987), “Linha Mortal” (1990), “Um Dia de Fúria” (1993), “Batman Eternamente” (1995), “Batman & Robin” (1997), “8 mm: Oito Milímetros” (1999), “Número 23” (2007), e outros.

 

(RR – 24/02/25)






Grito de Pânico (Cry Panic, EUA, 1974)

 


Grito de Pânico” (Cry Panic, 1974) é um filme produzido diretamente para a televisão, com apenas 74 minutos, apresentado no programa “ABC Movie of the Week” da rede de TV americana “ABC”, sendo o número 50 da temporada 5.

A direção é de James Goldstone, o roteiro é de Jack B. Sowards, a produção é da dupla Leonard Goldberg e Aaron Spelling (da série de TV “As Panteras”, 1976/1981), e o elenco principal tem rostos conhecidos da telinha como John Forsythe (o Blake Carrington nos 220 episódios da série “Dinastia, 1981/1989), além de Earl Holliman, Ralph Meeker e Anne Francis (do clássico de FC “Planeta Proibido”, 1956).

 

Disponível dublado no “Youtube” com a “versão brasileira BKS”, o filme conta a história de David Ryder (John Forsythe), que está viajando cansado por uma estrada vicinal deserta a caminho de São Francisco, Califórnia, para uma entrevista de emprego, quando no início da manhã acidentalmente atropela um homem que surge de repente no meio da pista. Com o carro avariado e a vítima morta no fundo de um barranco, ele tenta obter ajuda procurando por um telefone numa casa próxima, onde é recepcionado por uma mulher misteriosa, Julie (Anne Francis).

Seus problemas pioram progressivamente quando o xerife Ross Cabot (Earl Holliman) atende o chamado de socorro e eles descobrem que o cadáver do homem atropelado desapareceu misteriosamente, iniciando uma série de eventos estranhos, com o quarto do hotel onde David se hospedou invadido e todo revirado, sua história sendo desmentida pela Sra. Ethel Hanson (Claudia McNeil), que é a governanta da casa onde procurou ajuda, entre outras bizarrices, além de descobrir que o morto é na verdade Norman Gaines, um rico e influente empresário na cidade.

David percebe então que está no meio de uma conspiração com o sumiço do corpo do homem atropelado e várias pessoas corruptas tentando confundir os fatos com interesses obscuros, como o agressivo dono da oficina mecânica Chuck Braswell (Ralph Meeker), o tradicional médico rural Doc Potter (Norman Alden), o advogado Dozier (Eddie Firestone), o dono do frigorífico Jackson (Harry Basch), o dono do motel, um funcionário dos correios e outros como o próprio xerife. Para David, só resta encontrar provas de sua inocência ou desmascarar a trama de corrupção, procurando ajuda com o Sargento Lipscombe (Gene Tyburn), policial de uma cidade vizinha.

 

Com uma produção de baixo orçamento, “Grito de Pânico” é um divertido thriller de mistério com aquelas características dos filmes feitos diretamente para a televisão nos anos 70 do século passado, exibido por aqui nos bons tempos da TV de tubo.

O espectador é convidado a acompanhar o drama do personagem principal que se envolve num atropelamento mortal, algo que já é extremamente trágico e perturbador, e ainda se torna vítima de uma conspiração que ameaça sua sanidade e segurança.

John Forsythe está ótimo com uma performance convincente como a vítima da rede de intrigas e Anne Francis, belíssima como sempre, também está muito bem como uma mulher misteriosa e amargurada que conhece os segredos da cidade e está no centro de uma turbulência com o xerife e a vítima de atropelamento.

Como destaque, além de toda a atmosfera estranha de uma cidade cheia de segredos, é uma cena com David se escondendo de seus algozes numa câmara frigorífica com uma revelação perturbadora.    

 

(RR – 22/02/25)






Rasputin: O Monge Louco (Rasputin: the Mad Monk, Inglaterra, Hammer, 1966)

 


"Rasputin: O Monge Louco" (Rasputin: the Mad Monk, 1966) é uma produção inglesa do cultuado estúdio “Hammer” e com o ícone do horror Christopher Lee no papel principal, numa história inspirada na vida real de Rasputin, um monge com supostos poderes místicos, e que conseguiu se infiltrar no alto escalão da política na Rússia no início do século XX.


No filme, Grigori Rasputin (interptetado por Lee), é expulso de um monastério por causa de seu comportamento devasso, sempre envolvido com mulheres e bebida alcoólica. Porém, devido seus supostos poderes de cura e hipnose, conseguiu conquistar a confiança da czarina (Renée Asherson) e se infiltrou no poder político da Rússia, ganhando inimigos e detratores interessados em sua morte. 


Com a típica ambientação dos filmes da Hammer, não faltando tabernas cheias de bêbados e castelos imponentes, o grande destaque certamente é a atuação de Christopher Lee, mais conhecido pelos papéis do conde vampiro Drácula. Porém, dessa vez ele mostra outro lado de seu talento artístico, fazendo o papel de um homem misterioso que exagera na bebida, dança com habilidade, conquista mulheres e é temido pelos homens.


(RR – 26/12/13)

A Casa dos Horrores Mortais (The Strange and Deadly Occurrence, EUA, 1974)

 


Os anos 70 do século passado foram bastante produtivos para os filmes com elementos fantásticos produzidos especialmente para a televisão, e muitos deles foram exibidos por aqui nos bons tempos da TV de tubo. “A Casa dos Horrores Mortais” (The Strange and Deadly Occurrence, EUA, 1974) é um exemplo com história explorando suspense, mistério e atmosfera de horror moderado. Com distribuição da “NBC” (National Broadcasting Corporation), o filme está disponível no “Youtube” com a dublagem original da época (“versão brasileira Herbert Richers”) e também foi lançado no Brasil no formato em vídeo VHS, do nostálgico tempo das locadoras.

 

Dirigido por John Llewellyn Moxey, especialista na telinha, a história é sobre a família Rhodes que se muda para uma casa de campo mais afastada da cidade grande (Los Angeles), formada pelo advogado Michael (Robert Stack, da série de TV “Os Intocáveis”), sua esposa Christine (Vera Miles, de “Psicose”) e a filha de 16 anos Melissa (Margaret Willock).

Nos primeiros seis meses tudo estava indo bem, e depois de descobrirem que o local foi palco de uma tragédia em 1834 com uma missão espanhola, gerando lendas sobre assombração, e também que o morador anterior foi um padre que morreu afogado na piscina, somado com o surgimento de eventos misteriosos (a tal ocorrência estranha e mortal do título original), com blecautes, barulhos noturnos, gritos, portas trancadas, infestação de ratos, assassinato do cachorro de estimação, entre outras bizarrices, a família fica extremamente assustada tendo que lidar com a atmosfera sinistra que envolve sua nova moradia e ameaça sua segurança.

Para aumentar ainda mais o clima de mistério surge o Dr. David Gillgreen (Ted Gehring), médico de uma penitenciária, com a insistência em comprar a casa, enquanto o xerife local Berlinger (L. Q. Jones), sempre demonstra descaso quando é acionado nas investigações, minimizando as ocorrências estranhas e justificando com explicações lógicas.  

 

“A Casa dos Horrores Mortais” é um título nacional meio exagerado e certamente apelativo para chamar a atenção, e o filme não consegue sustentar esse nome sonoro, mesmo com as tais “ocorrências estranhas”. Tem até um clima de mistério que levanta a possibilidade de alguma assombração sobrenatural em atividade no local, especulando sobre espíritos perturbados que querem tirar o sossego da nova família de moradores. Mas, a história tem uma narrativa cadenciada em seus apenas 78 minutos e os elementos de horror e suspense são bem sutis e sem sangue, para atender o formato de produção para a televisão.

Ainda assim o filme tem seus momentos interessantes, como a cena da adolescente Melissa envolvendo um manequim sem cabeça, e os sons sinistros durante a noite no lado de fora da casa, aterrorizando a família e mantendo todos em estado de tensão constante.

Provavelmente não deverá agradar ao público mais contemporâneo e acostumado com correrias, sustos exagerados e mortes sangrentas, mas vale assistir pela diversão rápida, o bom elenco com nomes de peso como Robert Stack e Vera Miles, pela dublagem clássica dos anos 70 e 80 na versão disponível no “Youtube” e pela nostalgia daqueles que viveram intensamente o saudoso período das locações de fitas de vídeo VHS.

 

(RR – 20/02/25)






Desafio ao Além (The Haunting, Inglaterra / EUA, 1963, PB)

 


“Uma casa má e velha, do tipo que algumas pessoas chamam de assombrada. É como um país não descoberto esperando ser explorado. Hill House se manteve por 90 anos e poderá se manter por mais 90. O silêncio cobre sólido a madeira e a pedra de Hill House, e seja o que for que andou lá, andou sozinho”. 


Esse é o prólogo de “Desafio ao Além” (The Haunting, Inglaterra / EUA, 1963), produção em preto e branco dirigida por Robert Wise, o mesmo cineasta de “O Túmulo Vazio” (45), “O Dia Em Que a Terra Parou” (51) e “O Enigma de Andrômeda” (71), entre outros. O roteiro de Nelson Gidding é baseado no livro “Assombração na Casa da Colina” (The Haunting of Hill House), escrito em 1959 por Shirley Jackson.


O antropólogo Dr. John Markway (Richard Johnson) aluga uma misteriosa e imensa mansão chamada “Hill House” por alguns dias, com o objetivo de realizar estudos e pesquisas sobre os estranhos fenômenos que dão fama de assombrada para a casa. Ele convida duas mulheres para participar da missão, Eleanor Lance (Julie Harris), que tem alguns distúrbios psicológicos decorrentes de muitos anos de sofrimento ao cuidar de sua mãe doente, e Theodora (Claire Bloom), que possui poderes extra-sensoriais. Completa o time o herdeiro da mansão, o jovem Luke Sanderson (Russ Tamblyn), cético e piadista, cujo único interesse é conhecer melhor o imóvel que fará parte de seu patrimônio. A ideia do cientista é coletar informações e provas da existência do sobrenatural, mas não imaginava que o grupo teria que lutar para manter a sanidade no ambiente sombrio da mansão, conhecida por sua história de tragédias, mortes e loucura.


Não falta o casal de sinistros caseiros, o Sr. Dudley (Valentine Dyall) e esposa (Rosalie Crutchley), que alerta os visitantes do perigo noturno de Hill House, algo que se transformaria num clichê muito explorado posteriormente. As hipóteses que poderiam explicar as perturbações da casa como o movimento de águas subterrâneas, eletricidade, pressão do ar, manchas solares, tremores de terra, foram substituídas por batidas grotescas e aterradoras nas paredes e portas, gritos e sussurros, além de ambientes misteriosamente frios e tétricos. “Desafio ao Além” é um exercício de puro horror insinuado, onde não se vê os fantasmas ou uma única gota de sangue, mas os efeitos de luz e sombra, sons sinistros e a cena da “porta.que respira”, que tornou-se famosa, promovem um perturbador estado de desconforto, acentuado pela ótima performance do elenco aterrorizado, principalmente a dupla de mulheres convidadas pelo cientista.


Curiosamente, tivemos uma refilmagem em 1999 com Liam Neeson, Catherine Zeta-Jones e Owen Wilson, que recebeu o título nacional de “A Casa Amaldiçoada”. Sua história abandonou o horror psicológico e sugerido do clássico de 1963, priorizando as cenas gráficas com mortes violentas e sangue. E em 1973 foi lançada a preciosidade “A Casa da Noite Eterna” (The Legend of Hell House), com roteiro do especialista Richard Matheson baseado em sua obra homônima, e com Roddy McDowall liderando o elenco. A história é bem similar à obra-prima de Robert Wise, porém com um horror mais explícito. Mas, o resultado é igualmente interessante e recomendável, juntando-se ao clássico dos anos 60 e situando-se entre os mais representativos filmes do sub-gênero de casas assombradas de todos os tempos.


(RR – 03/01/15)