Stephen King - O Mestre do Horror Moderno


Escritor americano nascido em 21/09/1947 em Portland (Maine), Stephen Edwin King pode ser considerado como “O Mestre do Horror Moderno”, devido ao seu notável talento em escrever livros e contar histórias recheadas com elementos sobrenaturais. Sua obra literária alcançou um sucesso e reconhecimento tão grande, que foi traduzida para mais de 35 países e dezenas de suas histórias foram adaptadas para o cinema e televisão, tornando-se um dos autores mais filmados na história do cinema de horror, ao lado de outros mestres como Edgar Allan Poe, H. P. Lovecraft e Clive Barker.
No começo de 1959, ele iniciou suas atividades literárias editando um fanzine local chamado “Dave´s Rag” juntamente com seu irmão mais velho David. Com baixa tiragem e utilizando recursos modestos de produção, eles reproduziam o jornal com o auxílio de um mimeógrafo e distribuíam na cidade onde moravam, Derham.
Em 1963, com a ajuda do amigo Chris Chesley, King publicou uma coleção com 18 contos sobrenaturais chamada “People, Places, and Things – Volume I”, vindo um ano depois a publicar de forma amadora o livro “The Star Invaders”. Aos 18 anos de idade, Stephen King teve seu primeiro trabalho publicado, o conto “I Was a Teenage Grave Robber”, na revista “Comics Review”. Em 1967, ele teve sua primeira história vendida, “The Glass Floor”, para a revista “Startling Mystery Stories”.
Em janeiro de 1971, o escritor casou-se com Tabitha Jane Spruce, com quem vive até hoje. Ela foi a responsável pelo marido terminar de escrever o livro “Carrie”, cujo projeto tinha sido abandonado por ele antes da conclusão. Publicado em 1974 e transformado em filme dois anos depois nas mãos do diretor Brian De Palma, a história de uma adolescente com poderes telecinéticos que se vinga mortalmente dos colegas de escola que a desprezavam, foi um grande sucesso de bilheteria e impulsionou de forma avassaladora a carreira de Stephen King, que a partir daí iniciou uma overdose de lançamentos de livros como “A Hora do Vampiro” (1975), “O Iluminado” (1977), “A Dança da Morte” (1978), “Sombras da Noite” (contos, 1978), “Zona Morta” (1979), “A Incendiária” (1980), e muitos, muitos outros mais, com a maioria sendo adaptada e transformada em filmes.
Atualmente, Stephen King vive com sua esposa e três filhos em Bangor, no Maine (Estado americano onde a maioria de suas histórias são ambientadas), e com mais de 300 milhões de livros em publicação pelo mundo, ele continua escrevendo e também emprestando seu talento para o cinema, que já possui uma galeria maldita com dezenas de filmes baseados em sua obra.
Em junho de 1999 ele sofreu um grave atropelamento quando caminhava por uma estrada, mas com muito esforço conseguiu recuperar-se e logo escreveu o roteiro da mini-série para a TV “A Casa Adormecida” (Rose Red, 2002) e o livro “O Apanhador de Sonhos” (Dreamcatcher), que transformou-se em filme para o cinema no início de 2003, perpetuando seu legado de horror e felizmente saciando sua legião de fãs sedentos por histórias sobrenaturais.

FILMOGRAFIA – CINEMA

* Carrie, A Estranha (Carrie, 1976) – Direção de Brian De Palma, com Sissy Spacek, Amy Irving, Nancy Allen e John Travolta.
Notas: História adaptada do livro “Carrie” (1974). Teve uma seqüência em 1999 (“A Maldição de Carrie” / The Rage – Carrie 2), de Katt Shea, e uma refilmagem de 180 minutos para a TV, “Carrie” (2002), de David Carson.

* O Iluminado (The Shining, 1980) – Direção de Stanley Kubrick, com Jack Nicholson.
Notas: História adaptada do livro “O Iluminado” (1977). Inspirou uma mini-série homônima para a TV em 1997.

* Creepshow (Creepshow, 1982) – Direção de George A. Romero, com Leslie Nielsen, Ed Harris, Tom Savini e Fritz Weaver.
Nota: Filme dividido em cinco histórias sobrenaturais, com roteiro de Stephen King homenageando as antigas revistas em quadrinhos de horror dos anos 1950 da editora “EC Comics” (Tales From the Crypt / Weird Science / The Vault of Horror). Stephen King protagoniza um dos episódios, “The Lonesome Death of Jordy Verril”. Teve uma seqüência em 1987, “Show de Horrores”, de Michael Gornick.

* Cujo, o Cão Assassino (Cujo, 1983) – Direção de Lewis Teague, com Dee Wallace Stone e Ed Lauter.
Nota: História adaptada do livro “Cujo” (1981).

* A Hora da Zona Morta (The Dead Zone, 1983) – Direção de David Cronenberg, com Christopher Walken, Anthony Zerbe, Martin Sheen, Herbert Lom e Tom Skerritt.
Notas: História adaptada do livro “Zona Morta” (1979). Inspirou uma série de TV homônima em 2002.

* Christine, o Carro Assassino (Christine, 1983) – Direção de John Carpenter, com Keith Gordon e John Stockwell.
Notas: História adaptada do livro “Christine” (1983).

* Colheita Maldita (em vídeo) / Filhos do Mal (no cinema) (Children of the Corn, 1984) – Direção de Fritz Kiersch, com Linda Hamilton e R. G. Armstrong.
Notas: Adaptação da história “As Crianças do Milharal”, do livro de contos “Sombras da Noite” (Night Shift, 1976/77/78). Originou uma enorme franquia com outros seis filmes produzidos diretamente para o mercado de vídeo até 2001: Colheita Maldita 2 – O Sacrifício Final (The Final Sacrifice, 1993, de David F. Price); Colheita Maldita 3 (Urban Harvest, 1994, de James D. R. Hickox); Colheita Maldita 4 (The Gathering, 1996, de Greg Spence); Colheita Maldita 5 – Campos do Terror (Fields of Terror, 1998, de Ethan Wiley); Colheita Maldita 666 – Isaac Está de Volta (Isaac’s Return, 1999, de Kari Skogland); Colheita Maldita 7 – A Revelação (Revelation, 2001, de Guy Magar).

* Chamas da Vingança (Firestarter, 1984) – Direção de Mark L. Lester, com Drew Barrymore, George C. Scott e David Keith.
Notas: História adaptada do livro “A Incendiária” (1980). Teve uma seqüência em 2002 para a TV (“Vingança em Chamas” / Firestarter 2: Rekindled), de Robert Iscove, com Malcolm McDowell e Dennis Hopper.

* Olho de Gato (Cat’s Eye, 1984) – Direção de Lewis Teague, com James Woods e Drew Barrymore.
Notas: Filme dividido em três episódios, sendo a história “Ex-Fumantes Ltda.” (Quitter´s Inc.) adaptada do livro de contos “Sombras da Noite”.

* A Hora do Lobisomem (Silver Bullet, 1985) – Direção de Daniel Attias, com Gary Busey e Corey Haim.
Notas: História adaptada do livro “A Hora do Lobisomem” (Cycle of the Werewolf, 1984). Foi exibido na televisão como “Bala de Prata”, tradução literal do original. Os responsáveis pela escolha dos títulos no Brasil foram oportunistas e de forma equivocada nomearam o filme “Lone Wolf”, de 1988, dirigido por John Callas e com Dyan Brown, como “A Hora do Lobisomem 2”, não tendo na verdade nenhuma relação com o filme inspirado no livro de Stephen King.

* Comboio do Terror (Maximum Overdrive, 1985) – Direção de Stephen King, com Emilio Estevez.
Notas: Adaptação da história “Caminhões”, do livro de contos “Sombras da Noite”. Único filme dirigido por Stephen King. Teve uma espécie de refilmagem para a TV em 1998 chamada “Trucks”.

* Conta Comigo (Stand By Me, 1986) – Direção de Rob Reiner, com Wil Wheaton, River Phoenix, Corey Feldman, Jerry O’Connell, Kiefer Sutherland e Richard Dreyfuss.
Notas: História adaptada da novela “O Corpo” (The Body), da coleção “Quatro Estações” (Different Seasons, 1982). A história é verídica, foi baseada num fato realmente ocorrido na infância de King. Inclusive, o próprio autor é retratado no filme, no personagem que se torna um escritor quando adulto.

* Show de Horrores (Creepshow 2, 1987) – Direção de Michael Gornick, com Tom Savini e George Kennedy.
Notas: Filme dividido em três histórias sobrenaturais, com roteiro de George A. Romero, homenageando as antigas revistas em quadrinhos de horror dos anos 1950 da editora “EC Comics” (Tales From the Crypt / Weird Science / The Vault of Horror). O episódio “A Balsa” é inspirado em conto de Stephen King, do livro “Tripulação de Esqueletos” (Skeleton Crew, 1985). Teve um filme anterior em 1982, “Creepshow”, de George A. Romero.

* O Sobrevivente (The Running Man, 1987) – Direção de Paul Michael Glaser, com Arnold Schwarzenegger.
Nota: História adaptada do livro “The Running Man” (1982, sob o pseudônimo de Richard Bachman).

* O Cemitério Maldito (Pet Sematary, 1989) – Direção de Mary Lambert, com Fred Gwynne, Dale Midkiff e Denise Crosby.
Notas: História adaptada do livro “O Cemitério” (1983), com roteiro do próprio Stephen King. Teve uma seqüência em 1992 (“O Cemitério Maldito 2” / Pet Sematary Two), também de Mary Lambert, com Edward Furlong.

* A Criatura do Cemitério (Graveyard Shift, 1990) – Direção de Ralph S. Singleton, com Brad Dourif.
Nota: Adaptação da história “Turno do Cemitério”, do livro de contos “Sombras da Noite”.

* Contos da Escuridão (Tales From the Darkside – The Movie, 1990) – Direção de John Harrison, com Christian Slater.
Nota: Produção de George A. Romero, baseada em série homônima de TV, com três episódios sendo um deles, “The Cat from Hell”, adaptado de um conto de Stephen King, que foi publicado nas antologias “Tales of Unknown Horror” (1978) e “Magicats” (1984).

* Louca Obsessão (Misery, 1990) – Direção de Rob Reiner e com James Caan, Kathy Bates e Lauren Bacall.
Notas: História adaptada do livro “Angústia” (1987). Kathy Bates ganhou o “Oscar” de melhor atriz por sua atuação.

* O Passageiro do Futuro (The Lawnmower Man, 1992) – Direção de Brett Leonard, com Pierce Brosnan.
Notas: Adaptação da história “O Homem do Cortador de Grama”, do livro de contos “Sombras da Noite”. Stephen King considerou que o filme não tem nenhuma relação com seu conto e entrou na justiça conseguindo retirar o crédito da história para ele por decisão judicial. Apenas por curiosidade, pois não houve nenhum envolvimento de Stephen King, foi filmada uma seqüência em 1996 (“O Passageiro do Futuro 2” / Lawnmower Man 2: Beyond Cyberspace), de Farhad Mann, com Patrick Bergin.

* Sonâmbulos (Sleepwalkers, 1992) – Direção de Mick Garris, com Mark Hamill e Brian Krause.
Nota: Roteiro original de Stephen King, sem ser baseado em nenhum livro ou história já publicada anteriormente.

* A Metade Negra (The Dark Half, 1993) – Direção de George A. Romero, com Timothy Hutton e Michael Rooker.
Nota: História adaptada do livro “A Metade Negra” (1989).

* Trocas Macabras (Needful Things, 1993) – Direção de Fraser C. Heston, com Max Von Sydow e Ed Harris.
Nota: História adaptada do livro “Trocas Macabras” (1991).

* Mangler – O Grito do Terror (The Mangler, 1994) – Direção de Tobe Hooper, com Robert Englund e Ted Levine.
Notas: Adaptação da história “A Máquina de Passar Roupa”, do livro de contos “Sombras da Noite”. Teve uma seqüência em 2001 para a TV (“Pânico Virtual” / The Mangler 2), de Michael Hamilton-Wright, com Lance Henriksen.

* Um Sonho de Liberdade (The Shawshank Redemption, 1994) – Direção de Frank Darabont, com Morgan Freeman e Tim Robbins.
Nota: História adaptada da novela “Rita Hayworth e a Redenção de Shawshank” (Rita Hayworth & the Shawshank Redemption), da coleção “Quatro Estações”.

* Eclipse Total (Dolores Claiborne, 1995) – Direção de Taylor Hackford, com Kathy Bates e Jennifer Jason Leigh.
Nota: História adaptada do livro “Eclipse Total” (1992).

* A Maldição do Cigano (Thinner, 1996) – Direção de Tom Holland, com Robert John Burke.
Nota: História adaptada do livro “A Maldição do Cigano” (1984, sob o pseudônimo de Richard Bachman).

* Vôo Noturno (The Night Flier, 1998) – Direção de Mark Pavia, com Miguel Ferrer.
Nota: Adaptação de história “O Piloto Noturno”, do livro de contos “Pesadelos e Paisagens Noturnas” (Nightmares & Dreamscapes, 1993), e que também havia sido publicado antes na antologia “Prime Evil” (1988).

* O Aprendiz (Apt Pupil, 1998) – Direção de Bryan Singer, com Ian McKellen, Brad Renfro e Elias Koteas.
Nota: História adaptada da novela “Aluno Inteligente”, da coleção “Quatro Estações”.

* Cain Rose Up (1999) – Direção de David Britten Prior, com Deborah Offner.

* À Espera de Um Milagre (The Green Mile, 1999) – Direção de Frank Darabont, com Tom Hanks, Michael Clarke Duncan, David Morse, Gary Sinise e Barry Pepper.
Notas: História adaptada da mini-série literária “O Corredor da Morte” (1996), a primeira e única já escrita por Stephen King. Somente depois da produção do filme é que os capítulos foram reunidos em um único livro, que no Brasil se chamou “À Espera de Um Milagre”.

* Lembranças de um Verão (Hearts in Atlantis, 2001) – Direção de Scott Hicks, com Anthony Hopkins e David Morse.
Nota: História adaptada do livro “Corações na Atlântida” (1999).

* O Apanhador de Sonhos (Dreamcatcher, 2003) – Direção de Lawrence Kasdan, com Morgan Freeman e Tom Sizemore.
Nota: História adaptada do livro “O Apanhador de Sonhos” (2001).

* A Janela Secreta (Secret Window, 2004) – Direção e roteiro de David Koepp, com Johnny Depp, John Turturro, Timothy Hutton, Maria Bello e Charles Dutton.
Nota: História adaptada do conto “Meia-noite e Dois Minutos: Janela Secreta, Jardim Secreto”, do livro “Depois da Meia-Noite” (From Four Past Midnight, 1990).

* Montado na Bala (Riding the Bullet, 2004) – Direção de Mick Garris, com David Arquette.
Nota: História adaptada da novela “Riding the Bullet”.

* 1408 (1408, 2007) – Direção de Mikael Hafstrom, com John Cusack e Samuel L. Jackson.
Nota: História adaptada do conto “1408”.

* O Nevoeiro (The Mist, 2007) – Direção e roteiro de Frank Darabont.
Nota: História adaptada da novela “The Mist”, da coletânea de contos “Tripulação de Esqueletos”.

FILMOGRAFIA – TELEVISÃO / VÍDEO

* Os Vampiros de Salem (Salem’s Lot, 1979) – Mini-série de 183 minutos com direção de Tobe Hooper e com James Mason e David Soul.
Notas: História adaptada do livro “A Hora do Vampiro” (1975). Teve uma versão reduzida de 112 minutos lançada em vídeo, além de uma seqüência em 1988 (“Retorno a Salem’s Lot” / “A Return to Salem’s Lot”), de Larry Cohen. E em 2004 teve uma outra versão produzida diretamente para a TV com direção de Mikael Salomon, 181 minutos de duração, estrelada por Rob Lowe, Hutger Hauer, Donald Sutherland e James Cromwell, e lançada em DVD no Brasil pela “Warner” como “A Mansão Marsten”.

* O Túnel do Horror (Night Shift Collection)
Notas: Antologia com três episódios curtos de horror, dirigidos por John Woodward, Jack D. Garrett e Damian Harris, respectivamente. As histórias são “Discípulos do Corvo” (Disciples of the Crow, 1983, do conto “As Crianças do Milharal”, filmado também em 1984 como “Colheita Maldita”, inspirada no livro de contos “Sombras da Noite”), além de “O Quarto 321” (The Night Waiter, 1987) e “A Hora da Morte” (Killing Time, 1995), estas não baseadas na obra de King. Foi lançado em VCD no Brasil.

* O Processador de Palavras dos Deuses (The Word Processor of the Gods, 1984) – Episódio da série de TV “Tales From the Darkside”.
Nota: Lançado em vídeo VHS como “Contos da Escuridão 2”, baseado em conto do livro “Tripulação de Esqueletos”.

* Gramma (1985) – Episódio da segunda geração da série de TV “Além da Imaginação” (The Twilight Zone, 1985/1989).
Nota: Com roteiro do escritor Harlan Ellison, baseado em conto do livro “Tripulação de Esqueletos”.

* The Moving Finger (1988) – Episódio da série de TV “Monstros” (Monsters, 1988/1989).
Nota: Primeiro foi escrito o roteiro e depois a história foi publicada na revista “Fantasy & Science Fiction” (Dezembro de 1990).

* It – Uma Obra-Prima do Medo (It, 1990) – Mini-série de 192 minutos, com direção de Tommy Lee Wallace e com Anette O’Toole e Richard Thomas.
Nota: História adaptada do livro “A Coisa” (1986).

* Jovem Outra Vez (The Golden Years, 1991) – Mini-série, com Keith Szarabajka, Ed Lauter e R. D. Call.
Nota: Roteiro original de Stephen King, sem ser baseado em nenhum livro ou história já publicada anteriormente.

* Às Vezes Eles Voltam (Sometimes They Come Back, 1991) – Direção de Tom McLoughlin, com Tim Matheson.
Notas: Adaptação da história “Às Vezes Eles Voltam”, do livro de contos “Sombras da Noite”. Teve outras duas seqüências em 1996 (“Às Vezes Eles Voltam 2” / Sometimes They Come Back... Again), de Adam Grossman e 1998 (“Às Vezes Eles Voltam... Para Sempre” / Sometimes They Come Back... For More), de Daniel Zelik Berk.

* Chinga (1993) – Episódio da série de TV “Arquivo X” (The X-Files, 1993/2002).

* Tommyknockers – Tranquem Suas Portas (The Tommyknockers, 1993) – Direção de John Power, com Jimmy Smits e Traci Lords.
Nota: História adaptada do livro “Os Estranhos” (1988).

* A Dança da Morte (The Stand, 1994) – Mini-série de 366 minutos com direção de Mick Garris e com Gary Sinise.
Nota: História adaptada do livro “A Dança da Morte” (1978).

* Fenda no Tempo (The Langoliers, 1995) – Direção de Tom Holland, com Dean Stockwell e David Morse.
Nota: Adaptação da novela “Os Langoliers”, do livro “Depois da Meia-Noite”.

* The Revelations of Becka Paulson (1995) – Episódio da nova série de TV “Quinta Dimensão” (The Outer Limits, 1995).
Nota: Adaptação da história “The Revelations of Becka Paulson”, publicada na revista “Rolling Stone” (Dezembro de 1979).

* O Iluminado (The Shinning, 1997) – Mini-série de 273 minutos, com direção de Mick Garris e com Rebecca De Mornay.
Notas: História adaptada do livro “O Iluminado” (1977). Teve um filme homônimo para o cinema em 1980, dirigido por Stanley Kubrick e com Jack Nicholson.

* Trucks – Comboio do Terror (Trucks, 1998) – Direção de Chris Thomson, com Brendan Fletcher.
Notas: Adaptação da história “Caminhões”, do livro de contos “Sombras da Noite”. Uma espécie de refilmagem de “Comboio do Terror” (1985), único filme dirigido por Stephen King.

* A Maldição de Quicksilver (Quicksilver Highway, 1998) – Direção de Mick Garris, com Christopher Lloyd.
Notas: Filme dividido em duas histórias de uma série cancelada de TV em forma de antologia. Uma das histórias é de Clive Barker (The Body Politic) e a outra é de Stephen King (“A Dentadura Mecânica” / Chattery Teeth), do livro de contos “Pesadelos e Paisagens Noturnas”.

* A Tempestade do Século (Storm of the Century, 1999) – Mini-série de 288 minutos, com direção de Craig R. Baxley e com Timothy Daly.
Nota: Primeiro foi escrito o roteiro para uma mini-série de TV, e depois a história foi transformada em livro.

* A Casa Adormecida (Rose Red, 2002) – Mini-série de 254 minutos, com direção de Craig R. Baxley e com Nancy Travis e Kimberly J. Brown.
Nota: Roteiro original de Stephen King, sem ser baseado em nenhum livro ou história já publicada anteriormente.

* The Dead Zone (2002) – Série de TV, com Anthony Michael Hall.
Notas: História adaptada do livro “Zona Morta” (1979). Teve um filme homônimo para o cinema de 1983 (“A Hora da Zona Morta”), dirigido por David Cronenberg, com Christopher Walken, Anthony Zerbe, Martin Sheen, Herbert Lom e Tom Skerritt.

* The Diary of Ellen Rimbauer (2003) – direção de Craig R. Baxley e com Lisa Brenner e Steven Brand.
Nota: Os personagens da história foram criados por Stephen King.

* Kingdom Hospital (2004) – Série de TV, com direção de Craig R. Baxley.

* Desespero (Desperation, 2006) – direção de Mick Garris, roteiro de Stephen King e com Tom Skerrit.
* Pesadelos e Paisagens Noturnas (Nightmares and Dreamscapes: From the Stories of Stephen King, EUA / Austrália, 2006) – Mini-série de TV em 8 episódios, com direção de Rob Bowman, Mark Haber, Brian Henson, Sergio Mimica-Gezzan, Mike Robe, Mikael Salomon.
Nota: Episódios baseados nos contos das antologias “Pesadelos e Paisagens Noturnas Vol. 1 e 2”.
* Sede de Vingança (Dolan´s Cadillac, EUA / Inglaterra, 2009) – Direção de Jeff Beesley e com Christian Slater.
Nota: História adaptada da novela “Dolan´s Cadillac”.

Observações:
1: Essa listagem da produção de cinema e TV/Vídeo baseados em histórias de Stephen King pode ser considerada bem completa, abrangendo um período de quase quarenta anos e dezenas de filmes com participação direta ou indireta do “mestre do horror moderno”. Porém, podem ocorrer também omissões de filmes ou falhas de informações. Alguns filmes produzidos como seqüências de franquias foram realizados para a televisão ou vídeo, apesar de constarem como notas na lista de filmes para o cinema, devido aos seus originais terem sido lançados na tela grande.

2: Não constam na listagem alguns filmes de curta metragem lançados em vídeo como: “A Mulher no Quarto” (The Woman in the Room, 1983), “The Night Waiter” (1987), “The Boogeyman” (1995), “O Fantasma” (Ghosts, 1997), “Paranoid” (2000), “Primavera Vermelha” (Strawberry Spring, 2001), “Night Surf” (2002), “Rainy Season” (2002), e outros.

3: Entre os vários projetos anunciados ou em desenvolvimento com participação de Stephen King, teremos para 2008 o lançamento de uma mini-série para a TV inspirada no livro “O Talismã” (The Talisman). Como podemos perceber, o escritor Stephen King continua com seu trabalho bastante requisitado, mostrando que sua obra permanece despertando muito interesse aos executivos da indústria de televisão e cinema.

4: Esse artigo tem recebido constantes atualizações conforme vão surgindo novos filmes e produções em geral envolvendo o nome de Stephen King, porém acompanhar o ritmo de atividades profissionais do escritor é um trabalho difícil e podem ocorrer falhas e erros ao longo do texto (reforçando o que já foi registrado no item 1 das observações).

Stephen King – O Mestre do Horror Moderno
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(postado em 09/03/06)

H. P. Lovecraft

O cultuado escritor Howard Phillips Lovecraft teve algumas das suas obras filmadas, além de várias quadrinizações de seus contos em diversas revistas do gênero. Abaixo seguem alguns exemplos de filmes inspirados em suas histórias.
“O Caso de Charles Dexter Ward” serviu de base para o primeiro filme referenciando o autor: “O Castelo Assombrado” (The Haunted Palace, 1963), com o grande Vincent Price no elenco. Em 1992, houve outro filme baseado nesta mesma história, “Renascido das Trevas” (The Resurrected), com Chris Sarandon.
Já em 1965, tivemos “Morte Para Um Monstro” (Die, Monster, Die!) com Boris Karloff e baseado no conto “A Cor Que Caiu do Céu”. A mesma história foi filmada também num episódio da antologia “Creepshow” (1982), com o famoso escritor Stephen King no papel do fazendeiro Nahum Witley.
Em 1968, os ícones Boris Karloff (em um de seus últimos filmes, uma vez que falecera no ano seguinte) e Christopher Lee, além da musa Barbara Steele, estrelaram “A Maldição do Altar Escarlate” (Curse of the Crimson Altar), baseado na história “Os Sonhos na Casa das Bruxas”.
O conto “The Dunwich Horror” foi filmado em 1969 em “O Altar do Diabo” (The Dunwich Horror), com Dean Stockwell.
Na série de TV “Galeria do Terror” (Night Gallery), criada por Rod Serling, tivemos dois contos filmados em episódios curtos e com ótimas adaptações. São eles: “Vento Frio” (Cool Air) e “O Modelo de Pickman” (Pickman’s Model).
Em meados da década de 80 tivemos dois grandes filmes dirigidos por Stuart Gordon e com Jeffrey Combs e a belíssima Barbara Crampton, “Reanimator – A Hora dos Mortos-Vivos” (Reanimator, 1985), e “Possuídos Pelo Mal / Do Além” (From Beyond, 1986), ambos baseados em contos homônimos. Assim como em 1988 foi a vez da história “The Unnamable” ser filmada em “A Abominável Criatura”, e em 1991 tivemos “Mansão Macabra” (Cthulhu Mansion), baseado nos Mitos de Cthulhu.
Todos os filmes citados, exceto pela série “Galeria do Terror”, foram lançados no Brasil em vídeo VHS, porém tudo está fora de catálogo há muito tempo, principalmente após a popularização da mídia digital do DVD.

“H. P. Lovecraft no Cinema”
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(postado em 07/03/06)

Peter Cushing (1913 / 1994)

Em menos de um ano, o Horror perdeu dois de seus grandes mitos do cinema, vitimados pelo câncer: Vincent Price morreu em 26 de outubro de 1993 e depois, Peter Cushing, que faleceu aos 81 anos de idade no dia 11 de agosto de 1994, em Kent, no sul da Inglaterra. Do grupo de atores lendários no gênero, Bela Lugosi, Boris Karloff, John Carradine, Vincent Price, Peter Cushing e Christopher Lee, somente este último ainda sobrevive, nascido em 1922.
Cushing nasceu em 25 de maio de 1913 em Kent, Surrey, Inglaterra. Estudou arte dramática em Londres e fez sua estréia profissional no palco com a peça “Cornelius”, interpretando depois vários papéis por alguns anos na Inglaterra. No final dos anos 30, viajou para a Califórnia e iniciou carreira em Hollywood fazendo uma ponta em “The Man in the Iron Mask” (1939), dirigido por James Whale (do clássico “Frankenstein”, 1931).
Depois de aparecer em algumas pontas, como em “A Chump at Oxford” (1939) com a dupla de comediantes “O Gordo e o Magro”, ele retornou para a Inglaterra em 1942. Na Europa, sua primeira aparição notável veio em 1948 quando Laurence Olivier o colocou como Orsic na produção de “Hamlet”. Outros papéis importantes no teatro e na televisão se seguiram e ele se tornou um ator popular, ganhando em 1955 o prêmio “Actor of the Year”. Sua aclamada interpretação na versão televisiva de “1984”, de George Orwell, o levou a ser convidado para o papel do barão Frankenstein no clássico da Hammer “A Maldição de Frankenstein” (The Curse of Frankenstein, 1957), dirigido por Terence Fisher e que tinha Christopher Lee como o monstro criado a partir de restos de cadáveres.
A partir daí, sua carreira teve uma ascensão notável, vindo a interpretar diversos papéis para filmes de horror das produtoras inglesas “Hammer” e “Amicus”, tornando-se um mito no gênero.
Em 1958, imortalizou o personagem Dr. Van Helsing no clássico “O Vampiro da Noite” (The Horror of Dracula), novamente com direção de Terence Fisher e onde combate o lendário vampiro interpretado por Christopher Lee (que aliás, foi imortalizado como o principal “Conde Drácula” do cinema), e em 1959, faz o papel de Sherlock Holmes na história de Arthur Conan Doyle, “O Cão dos Baskervilles” (The Hound of the Baskervilles). Nesse mesmo ano, também atuou na versão da “Hammer” para a clássica criatura “A Múmia” (The Mummy), novamente com o rival Christopher Lee como o monstro.
Em 1964, filmou um dos melhores filmes da década de 60 e da história da produtora “Hammer”, “A Górgona” (The Gorgon), novamente lutando contra Christopher Lee (quem mais?), numa história sobre uma criatura mitológica com serpentes na cabeça que transforma as pessoas que a vissem em pedra. Este pequeno clássico da produção “B” era freqüentemente reprisado na televisão brasileira pelo SBT em madrugadas perdidas em dias normais de semana.
Nos anos seguintes de 1965 a 1966, Peter Cushing interpretou o famoso personagem inglês “Dr. Who”, em dois longas de ficção científica juvenil para a televisão, “A Guerra dos Daleks” (Dr. Who and the Daleks) e “Daleks: Invasion Earth 2150 AD.”, ambos dirigidos por Gordon Flemyng.
Na década de 70, o ator apareceu em diversos filmes da “Amicus” que eram divididos em episódios como “A Casa que Pingava Sangue” (The House That Dripped Blood, 70), clássico absoluto do gênero com Christopher Lee participando de um dos episódios; “Asilo Sinistro” (Asylum) e “Contos do Além” (Tales From the Crypt), sendo ambos de 72, e “Vozes do Além” (From Beyond the Grave, 73).
Em 1983, Cushing apareceu em “House of the Long Shadows” (lançado no Brasil em vídeo VHS pela extinta “Globo Vídeo” como “A Mansão da Meia-Noite”) onde atuou ao lado de Vincent Price, Christopher Lee e John Carradine, sendo o único filme na história a reunir esses quatro monstros sagrados do Horror.
Seu último trabalho foi em 1985, “Biggles – Adventures in Time”, época em que já atuava muito pouco devido ao câncer contraído em 1982.
No total foram cerca de 91 filmes, 60 dos quais do gênero fantástico, onde Peter Cushing interpretou vários personagens marcantes, em sua maioria cientistas “loucos” e reprimidos, e cujas performances lhe trouxeram o simpático título de “Gentleman of Horror” (O Cavalheiro do Horror), devido ao seu ar aristocrático e tipicamente britânico.

Quando eu ouvi que meu velho e muito querido amigo Vincent Price havia morrido, eu me alegrei por ele. Ele estava sofrendo dolorosamente com sua saúde durante os últimos anos e estava muito só desde a morte de sua querida esposa Coral Browne. Eles estão reunidos agora, e Vincent deixou para trás um rico legado filmográfico para as futuras gerações desfrutarem. Deus o abençoe. – palavras de Peter Cushing, sobre a morte de Vincent Price em outubro de 1993, na revista “Scarlet Street”.

Filmografia selecionada de Peter Cushing

Observação: Os filmes lançados no Brasil em DVD estão indicados, assim como também aqueles que já foram lançados por aqui em vídeo VHS, e fora de catálogo.

1957 – “O Monstro do Himalaia” (The Abominable Snowman) / “A Maldição de Frankenstein” (The Curse of Frankenstein, com Christopher Lee e direção de Terence Fisher) (DVD)
1958 – “O Vampiro da Noite” (The Horror of Dracula, com Christopher Lee e direção de Terence Fisher) (DVD) / “A Vingança de Frankenstein” (The Revenge of Frankenstein, direção de Terence Fisher e com Michael Gwynn como a criatura).
1959 – “O Cão dos Baskervilles” (The Hound of the Baskervilles, com Christopher Lee e direção de Terence Fisher) (DVD) / “A Múmia” (The Mummy, com Christopher Lee e direção de Terence Fisher).
1960 – “A Carne e o Diabo” (The Flesh and the Fiends, com Donald Pleasence e direção de John Gilling) / “As Noivas do Vampiro” (The Brides of Dracula, direção de Terence Fisher) (DVD)
1964 – “O Monstro de Frankenstein” (The Evil of Frankenstein, direção de Freddie Francis) / “A Górgona” (The Gorgon, com Christopher Lee e direção de Terence Fisher) / “As Profecias do Dr. Terror” (Dr. Terror’s House of Horrors, com Christopher Lee e direção de Freddie Francis) (VHS).
1965 – “A Deusa da Cidade Perdida” (She, com Christopher Lee) / “A Guerra dos Daleks” (Dr. Who and the Daleks) / “A Maldição da Caveira” (The Skull, com Christopher Lee e direção de Freddie Francis).
1966 – “A Ilha do Terror" (Island of Terror, direção de Terence Fisher) / “Daleks: Invasion Earth 2150 AD”.
1967 – “Frankenstein Criou a Mulher” (Frankenstein Created Woman, direção de Terence Fisher) (DVD) / “O Demônio de Fogo" (Night of the Big Heat, com Christopher Lee) / “As Torturas do Dr. Diábolo” (Torture Garden, com Burgess Meredith e Jack Palance, e direção de Freddie Francis) (VHS) / “The Blood Beast Terror”.
1969 – “Frankenstein Tem Que Ser Destruído” (Frankenstein Must Be Destroyed!, direção de Terence Fisher) (DVD) / “Agonia do Terror / Grite, Grite Outra Vez” (Scream and Scream Again, com Vincent Price e Christopher Lee) (VHS).
1970 – “Os Amantes Vampiros / Carmilla, a Vampira de Karnstein” (The Vampire Lovers) (DVD) / “O Soro Maldito” (I, Monster, com Christopher Lee) (VHS) / “A Casa Que Pingava Sangue” (The House That Dripped Blood, com Christopher Lee) / “Incense for the Damned”.
1971 – “As Filhas de Drácula” (Twins of Evil, direção de John Hough) (DVD)
1972 – “Um Grito Dentro da Noite” (Fear in the Night) / “Drácula no Mundo da Mini-Saia” (Dracula A.D. 1972, com Christopher Lee) / “O Expresso do Horror” (Horror Express / Pánico en el Transiberiano, com Christopher Lee e Telly Savalas) (VHS) (DVD) / “Asilo Sinistro” (House of Crazies / Asylum) (VHS) / “A Câmara de Horrores do Abominável Dr. Phibes / A Vingança do Dr. Phibes” (Dr. Phibes Rises Again, com Vincent Price e direção de Robert Fuest) (VHS) / “Terror na Penumbra” (Nothing But the Night, com Christopher Lee) (VHS) / “Contos do Além” (Tales From the Crypt, direção de Freddie Francis) / “A Essência da Maldade” (The Creeping Flesh, com Christopher Lee).
1973 – “Frankenstein and the Monster From Hell” (direção de Terence Fisher) / “Os Ritos Satânicos de Drácula” (The Satanic Rites of Dracula, com Christopher Lee) (DVD) / “Os Gritos Que Aterrorizam” (And Now the Screaming Starts) (VHS) / “Vozes do Além” (From Beyond the Grave, com Donald Pleasence).
1974 – “A Fera Deve Morrer” (The Beast Must Die) (VHS) (DVD) / “A Lenda dos Sete Vampiros” (The Legend of the Seven Golden Vampires) / “A Casa do Terror / A Casa dos Rituais Satânicos” (Mad House, com Vincent Price) (VHS) / “Tender Dracula” / “A Lenda do Lobisomem" (Legend of the Werewolf, direção de Freddie Francis) (VHS)
1975 – “O Carniçal / O Ente Diabólico” (The Ghoul, direção de Freddie Francis e com John Hurt) (VHS)
1976 – “Shock Waves” / “The Devil´s Men”.
1977 – “No Coração da Terra” (At the Earth´s Core) / “Guerra nas Estrelas” (Star Wars) (VHS) (DVD) / “Trama Sinistra / A Maldição dos Gatos” (The Uncanny, com Donald Pleasence e Ray Milland) (VHS, "Trama Sinistra") (DVD, "A Maldição dos Gatos")
1980 – “O Mistério na Ilha dos Monstros” (The Mystery of Monster Island) / “A Casa do Terror” (Hammer House of Horror), série de TV da “Hammer”, episódio “Grito Silencioso” (The Silent Scream) (DVD).
1983 – “A Mansão da Meia-Noite” (House of the Long Shadows, com Vincent Price, Christopher Lee e John Carradine) (VHS). Além de reunir os quatro grandes nomes do horror a partir da metade dos anos 50 até o final dos anos 70, esse filme é o único trabalho em que Peter Cushing e John Carradine (falecido em 1988) fizeram juntos.

“Peter Cushing”

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(postado em 07/03/06)



O Ataque dos Insetos (2003)


Com o advento da Segunda Guerra Mundial e a entrada definitiva de várias nações na era atômica, o cinema fantástico investiu suas energias numa infinidade de filmes de baixo orçamento explorando o tema de insetos mutantes que se tornaram gigantescos devido à exposição de radiação, ameaçando a humanidade. São os chamados filmes do subgênero “Big Bug”, cuja fase iniciou-se com o clássico “O Mundo em Perigo” (Them!, 1954), que apresenta formigas imensas.
O tema de insetos gigantes continuou a ser tratado no cinema nas décadas seguintes e parece que apesar de explorado à exaustão, permanecerá para sempre como base para roteiros de filmes, como novamente exemplificado com a produção canadense diretamente para a televisão “O Ataque dos Insetos” (Bugs, 2003), dirigido pelo desconhecido Joseph Conti, que trabalhou na concepção dos efeitos visuais em filmes como “Homens de Preto” e “Falcão Negro em Perigo”.

No prólogo, um policial está perseguindo um criminoso pelas ruas e ambos vão parar nas escavações do túnel de um metrô. Na escuridão do fosso, o policial é surpreendido e trucidado por um inseto enorme similar a um escorpião. Um agente do FBI, Matt Pollack (Antonio Sabato Jr.), é chamado para liderar as investigações e após encontrar vestígios no cadáver que indicavam um ataque de algum inseto misterioso, o policial solicita ajuda para sua amiga Emily Foster (Angie Everhart), uma entomologista que trabalha no Centro de Controle de Doenças.
Então, o agente e a cientista se unem a um grupo de elite da polícia, fortemente armado e liderado pelo agente Benton (Duane Murray), para uma expedição de reconhecimento no túnel com o objetivo de localizar o inseto predador e eliminá-lo para impedir que venha à superfície. Eles recebem também a ajuda de um engenheiro da equipe do metrô, David Reynolds (R. H. Thomson), que conhece profundamente os trens e as estações, além de trabalhar para um empresário ganancioso, Victor Petronovich (Karl Pruner), que mesmo sabendo da existência de algo desconhecido e mortal nas escavações de sua obra, não pretende interromper o trabalho por interesses comerciais.
A partir daí, a equipe de investigação descobre nos subterrâneos um exército de insetos enormes extremamente violentos, rápidos e mortais, que são oriundos de uma época pré-histórica, e que se libertaram após milhões de anos de hibernação, e após um acidente que bloqueou a entrada do túnel, eles terão que enfrentar as criaturas assassinas e lutar desesperadamente por suas vidas.

O título original “Bugs” não poderia ser mais comum e trivial para uma produção sobre insetos, e o nome recebido no Brasil, “O Ataque dos Insetos”, também é oportunista e totalmente sem criatividade. Quanto ao filme, distribuído pela “Universal”, apesar do tema desgastado, ainda consegue divertir um pouco, pois apresenta efeitos especiais interessantes (na concepção dos insetos pré-históricos), tem bastante ação (com perseguições, correrias e tiroteios desenfreados), e mostra uma generosa dose de violência com cenas sangrentas dos ataques dos insetos predadores nas carnes frágeis dos corpos dos humanos que invadiram seus domínios. Como um destaque que vale ser mencionado, temos uma seqüência onde um trem repleto de investidores importantes da obra é brutalmente atacado pelos insetos, alagando os corredores do veículo com um mar de sangue.
Porém, é inevitável comentarmos alguns detalhes que sempre depreciam esses filmes de insetos tornando-os muito parecidos entre si. O roteiro faz questão de investir em todos os cansativos clichês do estilo, onde não falta o casal de heróis (sempre na figura de um policial valentão e uma bela mulher, geralmente uma cientista especialista em insetos), o vilão inescrupuloso que deve ser castigado por seus atos (nesse caso, o empresário responsável pelo metrô), o funcionário que tem participação decisiva para o desencadeamento do caos e que se arrepende com alguma atitude heróica e de sacrifício (aqui quem faz esse papel é o engenheiro Reynolds), sem contar a idéia mais que manjada de colocar um grupo de pessoas num ambiente escuro e hostil envolto num sentimento perturbador de claustrofobia, enfrentando monstros que querem destroçar seus corpos, ou seja, o eterno duelo entre o Homem e a revolta da Natureza.
E, é claro, com a apresentação de todos esses elementos sempre vistos em filmes similares, o espectador um pouco mais atento já decifra com facilidade os rumos da história e toda a previsibilidade do roteiro. Por isso mesmo que a recomendação para os apreciadores do cinema de horror quando forem ver filmes como esse “O Ataque dos Insetos” é procurar relaxar, não se incomodar com a falta de originalidade e ousadia, e tentar apenas se divertir (mesmo que pouco) com os monstros, os tiroteios e as cenas de mortes sangrentas.

“O Ataque dos Insetos” (Bugs, Canadá, 2003) # 379 – data: 05/03/06 – avaliação: 6 (de 0 a 10)
site: www.bocadoinferno.com / blog: www.juvenatrix.blogspot.com (postado em 06/03/06)

John Russo


O escritor americano John A. Russo é especialista no gênero Horror, tendo publicado vários livros de ficção e outros tantos de pesquisa e referência, além de eventuais colaborações com roteiros para o cinema e até trabalhos atrás das câmeras como diretor. Porém, ele ainda assim é pouco conhecido entre os fãs e apreciadores do gênero, e poucas informações sobre sua vida e carreira estão disponíveis, sendo que geralmente ele é apenas lembrado pela co-autoria do roteiro do clássico de zumbis “A Noite dos Mortos Vivos” (The Night of the Living Dead, 68), em parceria com George A. Romero. Mas, ele também escreveu outros livros interessantes e tem alguma experiência como cineasta.
Entre os livros que escreveu, destacam-se “A Caça aos Demônios”, que virou filme em 82, e o já citado “A Noite dos Mortos Vivos”, e abaixo seguem pequenos comentários sobre ambas as obras.
Outras experiências de John Russo com o gênero fantástico incluem a produção, roteiro e direção de “Santa Claws” (96).

A Caça aos Demônios (Midnight), 1980 – Publicações Europa-América, Coleção Pêndulo # 1, 156 páginas.

“A Caça aos Demônios” é uma excelente história de horror envolvendo missas negras e rituais satânicos, apresentando uma família composta por uma mãe envolvida com magia negra e os quatro filhos. A única filha, Cynthia, e os três irmãos, Luke, Abraham e o gigantesco e retardado mental Cyrus, organizam grandiosas missas sangrentas com sacrifício humano, reunindo satanistas de todo o mundo. Três jovens garotas são então capturadas e utilizadas para o ritual. Uma característica das obras de John Russo, e que se pode notar nesse livro também, é o enredo geralmente trágico, com o Mal celebrando sua vitória sobre o Bem.
O livro deu origem a um filme com o título original homônimo lançado em 1982 e que teve uma continuação em 93, “Midnight 2: Sex, Death and Videotape”, sendo ambos dirigidos e escritos por John Russo.

A Noite dos Mortos Vivos (The Night of the Living Dead) – Publicações Europa-América, Col. Pêndulo # 27, 134 pgs.

Aí vem eles, erguendo-se do fundo dos túmulos, enchendo a noite de gritos, manchando a terra de sangue... Aí estão eles, caminhando ao ritmo da morte, limpando o sangue dos lábios...

Baseado no argumento para o filme de mesmo nome, escrito por John Russo e George Romero, essa é uma história de pessoas mortas que retornam de suas tumbas geladas, caminhando novamente entre os vivos à procura de carne humana fresca. O filme, fotografado em preto e branco e rodado em 1968, tornou-se um clássico e gerou três outras interessantes: “Despertar dos Mortos” (Dawn of the Dead, 78), “O Dia dos Mortos” (Day of the Dead, 85), e “Terra dos Mortos” (Land of the Dead, 2005), sendo todos os filmes dirigidos pelo especialista em horror George Romero, e carregados de interessantes críticas sociais, que vão desde o preconceito racial, o consumismo desenfreado da sociedade contemporânea, passando pela arrogância do militarismo até as injustas diferenças de classes.
Em “A Noite dos Mortos Vivos”, uma sonda espacial enviada à Vênus retorna para a Terra trazendo consigo um altíssimo grau de radioatividade, que em contato com pessoas mortas, as fazem reviver como mutantes que se alimentam de carne humana. A única maneira de deter os monstros é através do desmembramento da cabeça com o resto do corpo. A praga se espalha rapidamente e um grupo isolado de sete pessoas fica preso numa casa de campo, onde tentam desesperadamente sobreviver em meio a um ataque de zumbis famintos por suas carnes e cérebros. É uma excelente história de horror sobre mortos vivos, original na época em que foi escrita, e que serviu de referência para muitas produções similares que vieram no rastro de seu sucesso.
Curiosamente, em 1990 foi lançada uma refilmagem desse clássico de 68, com direção de Tom Savini (mais conhecido como um conceituado técnico em maquiagem), e desta vez com o suporte de excelentes efeitos especiais que realçaram ainda mais a violência e o sangue na história. E em 2004, houve outra refilmagem, agora para o clássico moderno “Despertar dos Mortos”, e que recebeu por aqui o nome de “Madrugada dos Mortos” (Dawn of the Dead), de Zack Snyder, tendo como característica diferencial em relação aos outros filmes da série de zumbis de George Romero, o fato dos mortos vivos terem bastante agilidade nos movimentos, tornando-os ainda mais ameaçadores. Em 1985, John Russo escreveu também um livro especialmente sobre o clássico “A Noite dos Mortos Vivos”, chamado “The Complete Night of the Living Dead Filmbook” (pela Editora “Harmony Books”), com 120 páginas trazendo uma infinidade de informações sobre o filme de George Romero, com fotos, cartazes, notas de produção, curiosidades de bastidores, comentários dos atores e produtores, entre outras coisas interessantes, num produto de grande valor para colecionadores.

Nota: Esse texto foi publicado originalmente no fanzine “Megalon” # 7 (1990), recebendo agora uma revisão e atualização para nova publicação no fanzine “Juvenatrix” e site “Boca do Inferno”.

“John Russo” – data: 05/08/05
site: www.bocadoinferno.com / blog: www.juvenatrix.blogspot.com (postado em 06/03/06)

Boris Karloff (1887 / 1969)

Ao interpretar em 1931 a lendária criatura de Frankenstein, Boris Karloff consagrou-se como um imortal mito do cinema de horror, juntamente com Lon Chaney e Bela Lugosi. Esses ícones do horror marcaram seus nomes na história por suas marcantes interpretações nas décadas de 1920, 30 e 40, e somados a Vincent Price, Peter Cushing, John Carradine e Christopher Lee (único ainda vivo), estes a partir dos anos 50, construíram as bases do gênero as quais permanecerão para sempre.
        Apesar de um pouco menos de um terço de seus mais de 150 filmes (entre mudos e sonoros) serem de horror, Boris Karloff é considerado um personagem eterno do gênero.
Nasceu em 23 de novembro de 1887, no subúrbio londrino de Camberwell. Vindo de uma família de classe média, seu nome de batismo foi William Henry Pratt. Sua família era composta ainda por mais sete irmãos e uma irmã e seus pais morreram ainda na sua infância.
Em maio de 1909 ele foi para o Canadá tentar a carreira de ator. Nessa época criou seu nome artístico e tão conhecido pelo público. Segundo ele, o nome Karloff veio dos ancestrais russos pelo lado de sua mãe e Boris foi escolhido ao acaso.
Trabalhou em teatro e rádio até que finalmente em 1919 fez seu primeiro filme, então com 32 anos de idade, “His Majesty, the American” (United Artists), um filme mudo dirigido por Joseph Henabery, onde Karloff aparece apenas como um figurante numa história de aventura.
A partir daí ele apareceu em outros 48 filmes mudos e 15 sonoros, até consagrar-se em 1931 atuando como o monstro do cientista louco Frankenstein, uma criatura formada a partir de restos de cadáveres humanos, no clássico dirigido por James Whale, “Frankenstein”. Esse filme, que inicialmente seria dirigido por Robert Florey e estrelado por Bela Lugosi (que acabava de atuar em “Drácula”), foi mudado na última hora e chamaram Karloff para o papel do monstro e Florey e Lugosi acabaram fazendo “The Murders in the Rue Morgue”, baseado em história de Edgar Allan Poe.
Contando com a ajuda importante do maquiador da Universal, Jack Pierce, a criatura de Frankenstein tornou-se assustadora e fascinou o público. O filme foi um grande sucesso de bilheteria e arrecadou cerca de 12 milhões de dólares, superando em muito a modesta produção de 250 mil dólares.
Nos anos seguintes Karloff foi muito requisitado, principalmente pela “Universal”, e estrelou diversos outros clássicos como “The Old Dark House” (1932), onde interpretou um mordomo mudo e assassino de um casarão gótico, “A Múmia” (1933), personificando uma múmia egípcia de 3700 anos que revive na Inglaterra, e no mesmo ano atuou em “O Zumbi” (The Ghoul), primeiro trabalho com produção inglesa, interpretando um professor que morre e retorna à vida como um zumbi. Foi só em 1935 que Karloff voltou ao papel do monstro em “A Noiva de Frankenstein”, outro sucesso superando até o original de 1931, fechando a trilogia em 1939 com “O Filho de Frankenstein” (Son of Frankenstein), e nunca mais atuando como a famosa criatura que o imortalizou.
Entre o fim da década de 30 e início dos anos 40, realizou vários filmes pela “Columbia” interpretando “cientistas loucos” em meio as suas macabras experiências, como podemos ver em preciosidades como “O Raio Invisível” (The Invisible Ray, 1936), onde Karloff descobre um raio poderoso que o transformou num assassino, “The Man They Could Not Hang” (1939), sobre um coração mecânico, “The Man With Nine Lives” (1940), com o tema da cura do câncer por congelamento, “Before I Hang” (1940), tratando do rejuvenescimento, “The Devil Commands” (1940), sobre pesquisas das ondas cerebrais de pessoas mortas, e em “The Boogie Man Will Get You” (1942), onde o ator cria uma máquina de transformar super-homens.
Em “A Casa de Frankenstein” (House of Frankenstein, 1944), ele interpretou um “cientista louco” (de novo!) que foge da prisão e ressuscita Drácula (John Carradine), Lobisomem (Lon Chaney Jr.) e a criatura de Frankenstein (Glenn Strange), mostrando um argumento no estilo “crossover” no mínimo curioso.
Ainda na década de 40, Karloff fez uma série de filmes pela “RKO” em parceria com o produtor Val Lewton. O resultado foi uma série de pequenas obras-primas do Horror como “O Túmulo Vazio” (The Bodysnatcher, 1945) com Bela Lugosi e sendo o último trabalho deles juntos, “A Ilha dos Ressuscitados” (Isle of the Dead, 1945) e “Bedlam” (1946).
Os anos 50 foram fracos para o ator com nenhum filme marcante. Ele fez alguns trabalhos de humor negro com a dupla de comediantes Abbott e Costello, e em 1958 interpretou o cientista em “O Castelo de Frankenstein” (Frankenstein 1970), com Mike Lane dessa vez no papel da criatura.
Agora é a vez de Roger Corman e a produtora “American International”, que a exemplo de Val Lewton nos anos 40, fez parceria com Karloff na década de 60 e rodaram juntos vários filmes ao lado de grandes atores como Basil Rathbone, Vincent Price, Peter Lorre e Jack Nicholson. Dessa parceria saíram grandes jóias do humor negro como as produções de 1963 “O Corvo” (The Raven) e “Farsa Trágica” (The Comedy of Terrors), ou ainda “Sombras do Terror / Terror no Castelo” (The Terror), onde neste interpretou um velho barão recluso em sua mansão macabra.
Em 1963 apresentou “Black Sabbath – As Três Máscaras do Terror”, dirigido pelo cineasta italiano especialista em Horror Mario Bava e dividido em 3 episódios onde Karloff também interpretou um deles como um vampiro (“O Wurdulak”). Em 1965 fez “Morte Para Um Monstro” (Die, Monster, Die!) baseado em história de H. P. Lovecraft. Já em 1968 estrelou “Na Mira da Morte” (Targets), fazendo um ator de filmes de horror (seu alter-ego), dirigido por Peter Bogdanovich e um de seus últimos filmes.
    A partir daí, já bastante idoso, o estado de saúde de Karloff declina fortemente, com graves problemas respiratórios que o levaram à morte em 2 de fevereiro de 1969, na Inglaterra, aos 81 anos de idade. Mesmo após a sua morte, vários filmes foram lançados entre 1970 e 1971 e que ele havia filmado em 1967 e 1968. “A Maldição do Altar Escarlate” (The Crimson Cult, 1970) com Christopher Lee e Barbara Steele e história baseada em H. P. Lovecraft, e “Cauldron of Blood” (1971) foram filmados com Karloff preso a uma cadeira de rodas, devido ao precário estado de saúde.
    E em 1971 foram lançados quatro filmes com produção mexicana, onde Karloff filmou sua participação nos Estados Unidos com as cenas sendo montadas posteriormente no México. Dessa série de filmes, que viraram grande raridade e objetos de culto, destaca-se “Serenata Macabra” (House of Evil), onde interpretou um velho milionário que convoca seus parentes para a divulgação de seu testamento. O último trabalho da carreira de Karloff foi na série de TV “The Name of the Game”, com o episódio “The White Birch”, em 29 de novembro de 1968.
    No total foram mais de 150 filmes de vários gêneros ao longo de 50 anos de carreira, além de aproximadamente 90 aparições em 75 programas de televisão diferentes, entre shows e séries. Toda essa vasta filmografia e suas interpretações marcantes contribuíram para a história do cinema fantástico ao longo do século XX, e manterão sempre viva sua imagem de eterno imortal do Horror.

Filmografia selecionada de Boris Karloff


Observação: Os filmes lançados no Brasil em DVD estão indicados, assim como também aqueles que já foram lançados por aqui nos tempos do vídeo VHS.

Frankenstein (Frankenstein, 1931) (DVD) (VHS)
The Old Dark House (32)
A Múmia (The Mummy, 32) (DVD) (VHS)
O Zumbi (The Ghoul (33) (DVD)
O Gato Preto (The Black Cat, 34)
A Noiva de Frankenstein (The Bride of Frankenstein, 35) (DVD)
The Black Room (35)
O Corvo (The Raven, 35)
O Raio Invisível (The Invisible Ray, 36) (VHS)
The Walking Dead (36)
The Man Who Lived Again (36)
Juggernaut (36)
O Filho de Frankenstein (Son of Frankenstein, 39) (DVD)
The Man They Could Not Hang (39)
Before I Hang (40)
The Man With Nine Lives (40)
The Devil Commands (40)
The Boogie Man Will Get You (42)
A Casa de Frankenstein (House of Frankenstein, 44) (DVD)
O Túmulo Vazio (The Bodysnatcher, 45)
A Ilha dos Ressuscitados (Isle of the Dead, 45)
Bedlam (46)
O Castelo do Pavor (The Black Castle, 52)
Monster of the Island (53)
O Castelo de Frankenstein (Frankenstein 1970, 58)
O Corvo (The Raven, 63) (DVD) (VHS)
Sombras do Terror / Terror no Castelo (The Terror, 63) (DVD) (VHS)
Farsa Trágica (The Comedy of Terrors, 63) (VHS)
Black Sabbath – As Três Máscaras do Terror (Black Sabbath – The Three Faces of Fear, 63) (DVD)
Morte Para Um Monstro (Die, Monster, Die!, 65) (VHS)
A Festa do Monstro Maluco (Mad Monster Party, 67) – animação (voz) (DVD)
Na Mira da Morte (Targets, 68) (DVD)
A Maldição do Altar Escarlate (The Crimson Cult, 70) (VHS)
Cauldron of Blood (71)
Serpente do Terror (The Snake People, 71)
Invasão Sinistra (The Incredible Invasion, 71) (VHS)
A Câmara do Terror (The Fear Chamber, 71) (VHS)
Serenata Macabra (House of Evil, 71) (VHS)

Boris Karloff
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(postado em 06/03/06) (revisado em 28/02/12)

Alfred Hitchcock - O Mestre do Suspense

O famoso e cultuado cineasta inglês Alfred Joseph Hitchcock nasceu em 13 de agosto de 1899 em Londres e faleceu aos 80 anos de idade nos Estados Unidos em 29 de abril de 1980, na cidade de Los Angeles, California, devido a problemas renais. Ele é considerado o “Mestre do Suspense”, com uma carreira de quase 70 filmes (veja filmografia principal abaixo), boa parte composta por expressivos clássicos do cinema que tornaram-se referências para toda uma safra de “thrillers” seguintes, além de inspiração para o trabalho de vários outros diretores importantes, como George Romero, Francis Ford Coppola, Dario Argento, Mel Brooks, Brian De Palma e Quentin Tarantino, que homenagearam o cineasta em seus filmes.
Hitchcock iniciou sua filmografia na Inglaterra em 1922 e após várias produções mudas e sonoras de sucesso como “O Homem Que Sabia Demais” (1934) e “A Dama Oculta” (1938), ele migrou para os Estados Unidos em 1939. A partir daí, ele iniciou a fase americana de sua consagrada carreira dirigindo seus principais filmes como “Festim Diabólico” (1948), “Pacto Sinistro” (1951), “Disque M Para Matar” (1954), “Janela Indiscreta” (1954), “Um Corpo Que Cai” (1958), “Intriga Internacional” (1959), “Psicose” (1960), “Os Pássaros” (1963) e “Frenesi” (1972), trabalhando com atores consagrados como Cary Grant, James Stewart, Gregory Peck, James Mason, Paul Newman, Sean Connery, Ray Milland, Grace Kelly, Kim Novak, Ingrid Bergman, Vera Miles, Doris Day, e outros.
O diretor casou-se em 1926 com Alma Reville, num matrimônio que durou 54 anos até a sua morte em 1980. Reville curiosamente nasceu quase no mesmo dia do marido, em 14 de agosto de 1899, vindo a falecer em 6 de julho de 1982, pouco tempo depois da morte de Hitchcock. Ela participou como roteirista e integrante da equipe de produção em dezenas de filmes do cineasta. O casal teve uma filha em 1928, Patricia Hitchcock, que teve sua carreira no cinema lançada pelo pai, chegando a participar com pequenos papéis em filmes como “Pavor nos Bastidores”, “Pacto Sinistro” e “Psicose”, além principalmente de vários episódios de mistério e suspense da série de TV “Alfred Hitchcock’s Presents”, entre os anos de 1955 e 1960, creditada como Pat Hitchcock.
Outra curiosidade é que Hitchcock gostava de aparecer em rápidas e curtíssimas pontas em seus próprios filmes, todas não creditadas e como simples figurante, fato que aconteceu em mais da metade dos filmes que dirigiu. Essa atitude inusitada acabava despertando a atenção do público em tentar localizá-lo em seus filmes. No caso de “Psicose”, por exemplo, ele aparece rapidamente com um chapéu de “cowboy” no lado de fora do escritório imobiliário em que a protagonista principal Marion Crane trabalhava.
Para quem procura mais informações sobre o cineasta, uma sugestão é visitar um interessante site brasileiro no endereço eletrônico www.hitchcock.cjb.net onde poderão ser encontradas muitas biografias e filmografias tanto de Hitchcock quanto de seus colaboradores, atores e membros da equipe de produção que trabalharam com ele, ou ainda detalhes sobre seus filmes, com fichas técnicas, sinopses e curiosidades, além de relação de frases polêmicas de Hitchcock e sobre suas aparições rápidas nos filmes.

FASE INGLESA
* O Locatário (The Lodger – A Story of the London Fog, 1927) – Preto e Branco – Mudo – Com Marie Ault e Arthur Chesney.
* Chantagem e Confissão (Blackmail, 1929) – Preto e Branco – Com Anny Ondra e Sara Allgood.
* Assassinato (Murder!, 1930) – Preto e Branco – Com Herbert Marshall e Norah Baring.
* O Homem Que Sabia Demais (The Man Who Knew Too Much, 1934) – Preto e Branco – Com Peter Lorre e Leslie Banks.
* Os Trinta e Nove Degraus (The Thirty-Nine Steps, 1935) – Preto e Branco – Com Robert Donat e Madeleine Carroll.
* O Marido Era o Culpado (Sabotage, 1936) – Preto e Branco – Com Sylvia Sidney e Oskar Homolka.
* O Agente Secreto (Secret Agent, 1936) – Preto e Branco – Com John Gielgud e Peter Lorre.
* Jovem e Inocente (Young and Innocent, 1937) – Preto e Branco – Com Nova Pilbeam e Derrick De Marney.
* A Dama Oculta (The Lady Vanishes, 1938) – Preto e Branco – Com Michael Redgrave e Margaret Lockwood.
* Estalagem Maldita (Jamaica Inn, 1939) – Preto e Branco – Com Charles Laughton e Horace Hodges.

FASE AMERICANA
* Rebecca, a Mulher Inesquecível (Rebecca, 1940) – Preto e Branco – Com Laurence Olivier, Joan Fontaine e George Sanders.
* Correspondente Estrangeiro (Foreign Correspondent, 1940) – Preto e Branco – Com Joel McCrea e George Sanders.
* Suspeita (Suspicion, 1941) – Preto e Branco – Com Cary Grant, Joan Fontaine e Cedric Hardwicke.
* Sabotador (Saboteur, 1942) – Preto e Branco – Com Robert Cummings e Priscilla Lane .
* A Sombra de Uma Dúvida (Shadow of a Doubt, 1943) – Preto e Branco – Com Joseph Cotten e Teresa Wright.
* Quando Fala o Coração (Spellbound, 1945) – Preto e Branco – Com Ingrid Bergman e Gregory Peck.
* Interlúdio (Notorious, 1946) – Preto e Branco – Com Cary Grant, Ingrid Bergman e Claude Rains.
* Agonia de Amor (The Paradise Case, 1947) – Preto e Branco – Com Gregory Peck e Charles Laughton.
* Festim Diabólico (Rope, 1948) – Com James Stewart e Cedric Hardwicke.
* Sob o Signo de Capricórnio (Under Capricorn, 1949) – Com Ingrid Bergman e Joseph Cotten.
* Pavor nos Bastidores (Stage Fright, 1950) – Preto e Branco – Com Jane Wyman e Marlene Dietrich.
* Pacto Sinistro (Strangers on a Train, 1951) – Preto e Branco – Com Leo G. Carroll e Farley Granger.
* A Tortura do Silêncio (I Confess, 1953) – Preto e Branco – Com Montgomery Clift, Anne Baxter e Karl Malden.
* Disque M Para Matar (Dial M For Murder, 1954) – Com Ray Milland, Grace Kelly e Robert Cummings.
* Janela Indiscreta (Rear Window, 1954) – Com James Stewart e Grace Kelly.
* Ladrão de Casaca (To Catch a Thief, 1955) – Com Cary Grant e Grace Kelly.
* O Terceiro Tiro (The Trouble With Harry, 1955) – Com Cary Grant, Joan Fontaine e Cedric Hardwicke.
* O Homem Que Sabia Demais (The Man Who Knew Too Much, 1956) – Refilmagem de homônimo de 1934, com James Stewart e Doris Day.
* O Homem Errado (The Wrong Man, 1956) – Preto e Branco – Com Henry Fonda e Vera Miles.
* Um Corpo Que Cai (Vertigo, 1958) – Com James Stewart e Kim Novak.
* Intriga Internacional (North By Northwest, 1959) – Com Cary Grant, James Mason e Eva Marie Saint.
* Psicose (Psycho, 1960) – Preto e Branco – Com Anthony Perkins, Janet Leigh, Vera Miles, John Gavin e Martin Balsam.
* Os Pássaros (The Birds, 1963) – Com Tippi Hedren, Rod Taylor, Suzanne Pleshette e Veronica Cartwright.
* Marnie, Confissões de uma Ladra (Marnie, 1964) – Com Tippi Hedren, Sean Connery e Diane Baker.
* Cortina Rasgada (Torn Curtain, 1966) – Com Paul Newman e Julie Andrews.
* Topázio (Topaz, 1969) – Com Frederick Stafford e Dany Robin.
* Frenesi (Frenzy, 1972) – Com Jon Finch e Alec McCowen.
* Trama Macabra (Family Plot, 1976) – Com Karen Black e Bruce Dern.

“Alfred Hitchcock – O Mestre do Suspense”
site: www.bocadoinferno.com.br
blog: www.juvenatrix.blogspot.com.br
(postado em 06/03/06)